Cheri Cheri Lady;

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Em algum lugar do espaço tempo

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Em algum lugar do espaço tempo

Senti um repuxão brusco e um turbilhão de luzes girando ao meu redor. O mundo parecia se desintegrar e se recompor em uma dança caótica enquanto eu era jogado através das camadas do tempo. A sensação era ao mesmo tempo vertiginosa e emocionante, como se meu corpo estivesse sendo empurrado por uma força invisível.

Quando a máquina finalmente parou de balançar, fui jogado ao chão com força, gemendo de dor. O interior da máquina estava danificado, faíscas saltando de fios expostos. Com dificuldade, me levantei e abri a porta, respirando o ar fresco e ensolarado que entrava.

Ao sair, me vi cercado por árvores altas e frondosas. O sol brilhava intensamente, e ao longe, ouvi risadas de crianças. Com passos trôpegos, comecei a me afastar da máquina, agora claramente quebrada e inutilizável.

Caminhei, ainda atordoado, seguindo as risadas que se tornavam mais altas. Avancei entre as árvores até avistar casas e várias crianças correndo pelas ruas, segurando pipas, andando de skate e soltando bolhas de sabão. A cena era incrivelmente diferente de 2124, quase surreal.

Continuei andando pelo bairro, observando as casas de estilo americano antigo, com suas cercas brancas e jardins bem cuidados. Mulheres conversavam animadamente nos quintais, usando vestidos florais e aventais, enquanto homens se reuniam em rodas, rindo e assando carnes e salsichas. Tudo parecia tão pacífico, tão diferente do meu mundo.

Vi uma criança brincando de bola com seu cachorro em um quintal. Sua mãe o chamou para almoçar, e ele correu para dentro de casa, deixando-me com um sorriso nostálgico no rosto. A realidade do que estava acontecendo começava a me atingir: isso definitivamente não era minha época.

Desnorteado, parei em uma calçada onde dois idosos jogavam conversa fora. Eles eram gentis, com expressões amigáveis que me deram uma sensação de segurança.

— Com licença, senhor — perguntei, tentando soar calmo. — Em que ano estamos? E que cidade é esta?

Os idosos se entreolharam, confusos mas solícitos.

— Estamos em 1985, jovem. E estamos em Nova York, é claro.

Senti meu corpo paralisar ao ouvir aquelas palavras. A máquina havia funcionado mesmo. Aquilo tudo era real.

— Obrigado — murmurei, ainda em choque.

Precisava pensar rápido. Estava realmente nos anos 80, mas o que fazer agora? Decidi que a melhor opção seria ir para o centro de Nova York, onde poderia encontrar mais informações e, talvez, algum modo de contatar meu tio-avô.

Andei até a beira da calçada, tentando lembrar como se chamava um táxi. Observei as ruas por um momento, vendo carros passarem lentamente. Modelos antigos, quadrados, com pinturas brilhantes. Finalmente, levantei a mão, acenando timidamente, até que um táxi amarelo finalmente parou ao meu lado.

Poison Boy  - jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora