sᴏᴄɪᴀʟ ᴍᴇᴅɪᴀ - sʜᴀᴡɴ ᴍᴇɴᴅᴇs

013

— Obrigado por vim — ele agradeça assim que cruzo a porta do seu imenso apartamento.

Dou uma olhada ao redor, aquilo sem dúvidas custava muito mais do que meu salário durante o ano todo.

— Eu só não entendi por que esse suspense todo.

Shawn suspira.

— Eu já disse Camila, ser famoso me dá desvantagens e uma delas é não poder me encontrar com uma amiga em lugares públicos, sem que criem histórias.

Reviro os olhos.

— Tá, tá, mas o que quer de mim? — afago meus braços, aquela casa era tão fria.

— Ajuda !

— Em?

Shawn passa a mão no cabelo nervoso.

— Eu não sei mais disfarça, não aguento mais esse contrato.

Me sento no seu imenso sofá preto, quase afundo com a amaciez do tecido.

— Tá dizendo de Shawnmila?

Ele assenti.

— Uê, você não a ama?

Ele se senta ao meu lado.

— Ela é minha melhor amiga, lógico que eu a amo, mas...

— Não dá maneira que querem que você a ame.

Ele me olha com alívio, talvez ele realmente tivesse sobre pressão.

— O que acontece se você quebrar o contrato?

— Señorita perderá os meus direitos autorais, eu não ganharia nada a cada vez que minha música fosse usada.

Faço um barulho qualquer com a boca.

— Pelo jeito você está mais preocupado com o dinheiro do que com o que sente.

— Você acha isso mesmo, acha que eu tô ligando para esse maldito dinheiro, pelo jeito você não é tão minha fã quanto eu pensava.

— Já faz um tempo que suas fãs de verdade não te conhecem, você mudou, não só fisicamente, mais profissionalmente.

— Você diz isso como algo ruim.

Reviro os olhos.

— Esquece isso, como você quer que eu te ajude?

— Finja estar apaixonado por mim?

Minha garganta trava, naquela altura eu já não tinha mais saliva.

— Fin...jir?

Ele assenti.

— Você pode ser o motivo pelo qual eu posso quebrar o contrato, sem perder os meus direitos.

Nego.

— Eu preciso disso.

— Não, você não precisa.

— Camila!

— Shawn!

— Eu te recopenso.

— Não.

Me levanto. Ele também.

— Faça isso por mim.

— Não.

Digo seca.

— Eu faço qualquer coisa, só me ajuda.

— Por que o dinheiro te intereca tanto? Você já não tem o suficiente.

— Esse dinheiro não é para mim.

— É para quem, então?

— Para um projeto.

— Que projeto?

— Não posso dizer.

— Então não posso te ajudar.

Ele suspira, apenas cruzo os braços.

— O.K. Vem comigo.

Ele pega na minha mão, me arrastando pela imensa sala.

— Para onde estamos indo?

— Vou te mostrar o que você queria ver.