Viro-me para encarar a pessoa a minha frente, ainda assustada e com medo de que seja aquele idiota. Vejo que é Paulo, o mesmo estava com um sorriso no rosto, mas este se desfez, dando espaço para uma feição preocupada, quando ele percebeu que estou chorando.
- O que houve, Sofia?- ele pergunta, visivelmente preocupado.- Por que está chorando?- ele se aproxima ainda mais de mim, levando a mão em meu rosto, limpando as lágrimas que caiam.
Não respondo nada, apenas o abraço. Paulo retribui o abraço, fazendo carinho na minha cabeça e fala baixo no meu ouvido.
- Ta tudo bem! Não precisa chorar! Me conta o que aconteceu, para uma mulher tão linda, com um sorriso tão lindo e cativante está chorando desse jeito?- Me afasto dele e o encaro. Paulo limpa minhas lágrimas e me olha esperando por uma resposta.
Respiro fundo e olho para cima, tentando encontrar coragem para contar o que houve.
- Pode confiar em mim, pequena!- ele coloca uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha.
O encaro novamente e percebo, em seu olhar, que o mesmo está preocupado comigo.
Vou andando até um banco e me sento. Paulo vem atrás de mim e se senta ao meu lado. Começo a contar o que aconteceu e a cada palavra que falo, a cada pedaço que conto, percebo seu olhar mudar de preocupado para indignado, misturado com raiva.
Ele fecha as mãos em punho e fecha os olhos, enquanto eu continuo contando o porque estou chorando. Quando acabo de contar, Paulo se levanta, em um ato de raiva, e eu me levanto também.
- Como esse desgraçado teve coragem de fazer isso?- ele diz visivelmente nervoso.- E você contou isso para Jasmim?
Abro a boca para responder, mas antes de eu disser algo, escuto dona Jasmim me chamar. E pela sua voz ela parece furiosa.
Eu me viro para encara-la e a mesma acerta um tapa no meu rosto, o fazendo virar. Olho-a segurando onde acertou, sem entender nada. Paulo me abraça por trás, colocando uma das mãos no meu braço e a outra ele leva a minha, a tirando de minha cara e olhando onde dona Jasmim acertou.
- Sua vagabunda! Eu não disse para você ficar longe do Senhor Heitor?!- Ela diz alterada.- Você é mesmo filha da sua mãe...
Ela diz, visivelmente, alterada.
- Você merece mesmo a mãe que tinha.- ela diz me encarando séria.
Nesse momento eu estava chorando, mas não só por causa do que aconteceu, também pelo fato dela está falando da minha mãe.
- Chega, Dona Jasmim!- diz Paulo parando do meu lado.- Ela não teve culpa!- Ele diz sério a encarando.
Dona Jasmim olha o mesmo e volta a me encarar.
- Além de ficar dando em cima do senhor Heitor, agora está se insinuando para o doutor Paulo?- Ela diz e acerta outro tapa no meu rosto, o fazendo virar.
Paulo olha meu rosto preocupado e se vira para dona Jasmim.
- Sófia não estava se insinuando para mim. Ela somente estava me contando que aquele velho nojento tentou abusar dela.- ele diz sério e dona Jasmim rir irônica. - E mesmo se a mesma estivesse comigo, qual o problema?- o encaro rapidamente e volto a olhar para dona Jasmim.- A senhora e nem ninguém tem o direito de bater nela desse jeito! Ainda mais por algo que ela não fez!.- O abraço, chorando, e ele retribui.
- Obrigada.- digo bem baixo, quase que para mim mesma.
Dona Jasmim me encara com ódio e me puxa com força me soltando de Paulo.
- Você é mesmo filha da sua mãe, até a pouca vergonha herdou da mesma.- diz séria apertando meu braço.
Paulo se aproxima e coloca a mão em seu braço.
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Querido Médico
RomanceSófia é uma garota linda, gentil e inteligente, que sonha em crescer na vida e ter seu próprio dinheiro. De família humilde, Sófia nunca teve muitos mimos e desde nova trabalha para ajudar sua mãe, Mariana, sua única família. E Desde que a mãe morre...