Cap 06

1.2K 93 10
                                    

P.O.V Voltan

Já era por volta das 23:55 quando chegamos na mansão ontem, eu estava toda abobalhada, eu havia beijado ela e ela quis também, meu Deus!
Eu estava feliz? Eu estava nas nuvens, isso sim! Eu não achava que estar com uma pessoa em tão pouco tempo fosse me fazer sentir tanta coisa, tipo, claro que eu já me apaixonei algumas vezes, mas todos sabemos que nenhuma paixão é igual, cada paixão tem sua forma única de acontecer, sendo boa ou ruim. Mas e aí? Eu estava apaixonada? Eu não sei como definir sentimentos por agora, eu acho que também não preciso, sentimentos reais não são explicados e sim sentidos.
Mas um fato seja esclarecido, eu estava de perna bamba pela Babi. Pensando nela, eu lembrei da noite passada, ela estava mais leve, eu sei que ela está caminhando para se entender melhor e também se aceitar como ela é, enxergar que não tem nada errado em ter sentimentos por uma pessoa, eu fiquei feliz com isso, também farei o possível para apoiá-la, até porque ela é minha amiga também.
Enfim, hoje era um dia em que eu tinha várias coisas para fazer, até então, tinha que abrir live de duas horas e começaria em 15 minutinhos, mas eu estava com tanta sede que precisava de água.
Descendo até a cozinha, estava tudo vazio, até eu ver uma certa criatura inclinada com a cara dentro da geladeira, e adivinha quem era? Sim, Babi! Ri vendo essa cena e resolvi dar um sustinho nela.
Caminhei na ponta dos pés e cheguei por trás dela abraçando sua cintura.
—Oi.
Ela deu um pulo para trás e virou com a mão no peito.
—Mas que porra, Voltan. Tá querendo me matar é doida? Eu tava aqui concentrada em procurar meu Danone e tu vem me assustar assim.
Não resisti e comecei a rir dessa criança na minha frente.
—ossi mãe, a criancinha tava atrás do Danone era? Ri da cara dela e ela me olhou feio.
—Tava sim, e o que tu quer hein? Foi tu que comeu? Se foi, eu quero outro viu. Falou ainda de cara feia, só que dessa vez com bico.
Achei tão fofo que deu vontade de apertar.
—Calma doida, foi eu não, até parece que eu iria roubar o Danone da única criança da casa.
Ri e ela suavizou o rosto ao saber que não foi eu.
—Ta bom Carulina, vou acreditar, sei que você é boazinha.
Me chamou de carulina, então ela tá de boa mesmo.
—Claro que eu sou, um anjo.

Sorri convencida e fui pegar um copo.
—O que você tá fazendo aqui? Não é a hora da sua live não? Indagou e eu apenas balancei o copo na cara dela.

—Água, sede. Me limitei a falar isso pois minha garganta já estava seca demais.

—Tá parecendo chinês quando vem morar aqui e fala palavras em vez de frases.

Comecei a rir e ela também, aproveitei pra pegar minha água e tomei uns três copos cheios, porra eu estava no deserto do Saara mesmo.

—Agora eu já vou, tenho live em uns 7 minutinhos. Aproveitei e cheguei perto dela, segurei seu rosto carinhosamente e beijei sua bochecha e depois o nariz, ela sorriu e eu a abracei pela cintura, ela retribuiu e eu sussurrei com a cabeça apoiada no ombro dela.

—Foi bom estar contigo ontem e é bom estar contigo agora, você realmente me faz bem e eu gosto muito do modo que a gente está se dando bem. Você é linda.

Falei e ouvi o som da risada dela, ela acariciou meus cabelos da parte da nunca e segurou meu rosto, beijou meu queixo e olhou nos meus olhos.

—Você faz eu me sentir muito bem, a gente não precisa ficar se pegando por aí para eu ter certeza de que gosto mesmo de você, tipo é estranho eu falar tão rápido que gosto de você, mas é que sei lá, você é uma pessoa bonita sabe? De alma! E óbvio que em físico também, mas o que real faz eu gostar de tu, é a tua calma e leveza.

Ela falou tudo e eu fiquei sem reação, eu só consegui ficar olhando pro rosto dela e como resposta, eu apenas a puxei para um novo abraço e beijei os lábios dela. Eu não sentia necessidade de aprofundar tudo agora, o que eu queria era que ela soubesse que eu estava ali, entendendo o tempo dela e respeitando as linhas, eu queria que ela confiasse em mim.

—Eu adoro você, adoro como estamos nos descobrindo dentro da nossa amizade para algo mais além e adoro o fato de você estar sempre me causando coisas boas, de verdade você é linda e eu gosto muito de você meu anjo.
Falei acariciando o rosto dela.

Lembrei da minha live e me desgrudei da Babi, eu precisava correr porque eu tinha apenas três minutos.

—Tenho que abrir live, meu Deus, eu tenho outras coisas para fazer também, mas quando eu acabar, quer conversar? Perguntei pra ela.

Ela assentiu e me deu um lindo sorriso.

—Quero carulina, agora corra ou seus fãs morrem com o atraso. Falou rindo e eu acompanhei. Corri para meu quarto e liguei tudo.

(...)

P.O.V Babi

Passar um tempo com a Voltan, realmente estava me fazendo bem, eu tinha deixado esse lance de preconceito para trás e me concentrei em aproveitar o que eu estava sentindo no momento. Não importava nada ali, eu tinha ela na minha vida e mesmo a gente se conhecendo um curto período de tempo, ela fez eu me sentir como se a gente tivesse um ligação de anos. Talvez ter uma ligação com alguém fosse exatamente isso, faz você se sentir bem e leve, era o que a Voltan representava, leveza.

E cara, opora, uma loira linda tava afim de mim, rapaz, eu tô é podendo viu! Ri com a minha besteira e lembrei que eu tinha live com o coringa hoje. Por falar nisso, subi até o quarto dele e bati na porta.

—Coringaa, live já já.

Ele abriu a porta e respondeu com um sorriso.

—Já está tudo pronto, só falta tu dar o okay e a gente entra no ar.

Ele disse e eu dei um soquinho na barriga dele, eu e o Victor éramos amigos e ele era muito próximo, ele me deu muita força para entrar na loud, então eu tinha muito carinho por ele.

—Beleza, tô indo agora curica.

Falei e ele assentiu, fui até meu quarto e vi Voltan no quarto dela dançando, ela estava ouvindo Pablo Vittar e eu não consegui evitar de rir, ela percebeu que eu estava olhando e eu dei uma piscada pra ela. Ela sorriu e eu fui gravar minha live com o Coringa.

THE GAME OF LOVE (BABITAN)Onde histórias criam vida. Descubra agora