| NOVA VERSÃO |
Ranking: # 1 em anos70 # 9 em feminismo
Em pleno final dos anos 70, JunHee é considerada uma garota um pouco estranha, por não se encaixar, e não entender os adultos de sua época. Graças a sua diferença, a garota vai entrar em muita...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Capítulo 15
Aproveitando o pouco tempo que teve assim que seu pai adormeceu, Seojin desceu para uma pequena cantina que tinha ao lado do prédio. Não estava com fome, mas como não tinha comido nada desde a noite passada, seria melhor se cuidar. Não queria perder as forças naquele momento tão cruel.
Seojin passou alguns minutos degustando do pequeno hambúrguer que havia comprado. Seus olhos estavam fixos na janela onde era o quarto do seu pai. Mal sentia o gosto da comida — na verdade, quase não tocou-a. Seus pensamentos estavam tão focados em Seojoon que não conseguia pensar em outra coisa.
Por mais que a cirurgia tivesse tido um sucesso, ele ainda não estava pronto para voltar para casa; mal conseguia andar sozinho, sem contar as dores misteriosas que várias vezes alegou sentir durante a noite passada. Seojin queria continuar alimentando suas esperanças mas, a cada segundo que passava ali, naquele hospital, a realidade dava um jeito de lembrá-la que tudo poderia dar errado.
Após terminar seu lanche, ela resolveu voltar para o hospital. Não queria ir para a escola. Não iria ficar tranquila estando longe de seu pai.
Durante o caminho, Seojin avistou Namjoon na entrada do prédio. Um suspiro escapou de seus lábios. Ainda estava magoada com o moreno. Não esperava aquela atitude do mais velho, especialmente quando ele era o único que sabia com detalhes da história toda. Em todo momento Namjoon esteve ali, com ela.
— Como está o seu pai? — Indagou ele, quebrando o silêncio que predominava entre os dois
— Os médicos dizem que ele está melhorando — sibilou sem olhá-lo.
— Já sabe quando ele vai ter alta?
— Ainda não.
— Entendi — assentiu.
Mais uma vez, o silêncio se fez presente. Namjoon incomodou-se com aquele clima entre eles, então resolveu quebrá-lo de uma vez. Odiava-se por ter criado, de alguma forma, aquela situação. Desde a noite passada não conseguia parar de pensar em sua atitude horrenda.
Seojin tomou um leve susto quando sentiu o toque quente das mãos do moreno sobre as suas. Seus olhos rapidamente se arregalaram quando o viu ajoelhar-se no chão.
— O que está fazendo? — Questionou ela, olhando ao redor. Temia que alguém visse aquilo.
— Eu sei que fui um babaca ontem com você — iniciou. — Reconheço que agi friamente e fui totalmente insensível quando você mais precisou... Eu sei disso tudo, e me odeio por ter agido de forma tão infantil. Me envergonho, até. — Seus olhos se mantinham fixos nos dela. — Eu não sou assim, e peço perdão. Não queria te machucar, Seojin. Essa seria a última coisa que eu faria com você — estabeleceu uma rápida pausa, apenas para recuperar o ar. — Desculpa por ter descontado em você os meus próprios conflitos sentimentais, você não merecia.
