Inferno astral

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Você está pacientemente esperando
Olhando para o fundo do seu próprio abismo
Até que suas asas abram
E você possa voltar para o início

Tão preso nas raizes
Que não sabe se quer mesmo partir
Se o mundo não fosse tão pequeno
E não te obrigasse a ter que ir

Eu poderia pegar com as mãos
Cada estrela do teu céu
Desligar como aquarelas num vão
Mortas e enterradas na terra seca

Eu poderia pensar, tocar-te
Com a consciência pesada
Que me faz chorar seus rios
Com as costas curvadas

Se não bebesse minha dor
Alimentar-se da minha carne
Nunca comeceu o amor
Por fim, agora é tarde

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