A Teoria De Sophie》Joshua Bassett

Capítulo Dois

Ele entrou na escola. Como sempre o ambiente estava agitado e cheio de jovens, mas considerando que era a última semana de aulas, estava bastante animado. Durante os últimos seis dias todos fariam as provas finais, que decidiam se eles passariam de série. Joshua estava realmente tranquilo com isso, era um dos alunos prodígios do colégio, se não, o único. Não podia dizer o mesmo de Billy, que embora fosse inteligente, fora desleixado o ano todo. Joshua ficava aflito por ele pois não imaginava ir para o terceiro ano sem o amigo. Seria insuportável.

Começou a andar pelo corredor e apertou a alça da mochila, nervoso. Tinha sensação de que todos olhavam e comentavam sobre ele, ou sobre ele e Sophia. Não era verdade, ele sabia, era só uma paranóia dele. Ele sabia que ninguém realmente se importava com ele, sua vida ou seu namoro. Quem perderia tempo com isso? Ninguém. Mas mesmo que seu cérebro repitisse mil vezes isso, a sensação de está sendo comentado e servindo de fofoca por todos dos colégio não passava. Ele afastou esses pensamentos bobos e prometeu a si mesmo que tentaria se distraí disso, diferente das outras vezes que se trancava no banheiro nos seus primeiros términos.

Ele pegou os livros no armário e foi direto a sua primeira aula, física. Faria uma prova, não havia estudado, mas se sairia bem. Afinal ele era o garoto prodígio. A maioria do alunos o conhecia, se não todos, talvez, não sabiam seu nome, mas sabiam sua fama de inteligência e de criança prodígio. Já tinha ganhado várias feiras de ciências, prêmios e decalton acadêmico para escola, o que fizerá o diretor ser muito grato a ele.

Sempre foi assim, desde criança. Seus pais ficaram impressionados quando com apenas 3 anos de idade ele começará a ler. Aos 6 já sabia fazer contas matemáticas e tinha o vocabulário de uma criança de 11. Isso fazia as pessoas o tratarem como um gênio ou com desprezo por acharem ele metido. Na verdade, Josh achava tudo isso uma besteira. Não era tão inteligente, nunca tinha feito nada realmente importante como um gênio faria.

No intervalo sentou-se na mesma mesa de sempre, junto com Billy. Sentiu um vazio ao seu lado,onde era o lugar que Sophia sempre sentava. Ele a procurou com o olhar, e a achou sentada uma das mesas afastadas juntos com seus muitos amigos. A garota era muito sociável e extrovertida,então tinha amizade com a escola, e Josh desconfiava que com a cidade também, inteira. Ela parecia bem, e ele queria que só parecesse mesmo. Talvez fosse egoísmo, mas ele queria que ela também se sentisse mal por terminar com ele.

Depois que as aulas acabaram, Josh voltou para casa. Se ele e Sophia ainda estivessem juntos, eles iriam ao cinema, mas como não, ele iria estudar. Agradeceu internamente a si mesmo por não ter comprado os ingressos e deixado para comprar na hora, seria um desperdício de sua mesada.

Quando chegou em casa, seu pai estava "arrumando" o carro. O que resultava numa cena muito engraçada do Sr. Bassett com gracha em todo o rosto e xingando o automóvel. Josh segurou o riso e pensou em ajudá-lo, mas sabia consertar carros tanto quanto o pai sabia: Nada. Sua mãe ainda não havia chegado do trabalho, então subiu direto para o quarto. Jogou os livros na cama e começou a revisar os últimos assuntos estudados.

Ficou até bem tarde revisando, só parou quando sua mãe o chamou para jantar. O jantar foi agradável, os pais não tocaram no assunto que o incomodava ou o bajularam e a comida estava deliciosa. Depois que terminaram de comer e lavaram as louças, foram jogar banco imobiliário. Josh adorava jogar banco imobiliário com seus pais, e as vezes Billy. Podia ser considerado infantil, mas era muito divertido. As reações do pai quando perdia, e sua mãe o provocando por ganhar eram coisas imperdíveis. Pararam de jogar após seis rodadas; Duas ganhadas por Josh; Três pela mãe dele; E uma pelo pai.

— O Josh roubou na segunda rodada. — Sr.Bassett disse inconformado. — Isso não é justo. — Bufou como uma criança irritada.

— Ele é um péssimo perdedor.— A mãe disse rindo para Josh. O garoto acentiu com a cabeça e riu junto ela.