Uma Amizade para a Vida Inteira

Capitulo 1

Era um fim de tarde qualquer. Sai de casa, sem me despedir de meus pais." Eles não ligavam mesmo." Ultimamente, tive que me enrolar com um monte de coisas, já que, agora sou praticamente um fantasma em casa. Ninguém mais liga pra mim. Não posso mais pedir ajuda lá dentro. E trabalho, então! Enfim, nada aquilo importava mais. Quando me aproximei do portão da escola, como sempre, não havia ninguém a minha espera. Nenhum amigo, de novo.
Me aproximando de minha sala, escuto sons familiares. Gente fofocando, armários batendo, teclas de celulares. Era bom sentir um pouco da realidade. Quando entrei, me sentei no fundo, como sempre. Longe de tudo e todos. Não havia muitos alunos lá, uns sete. O resto estava fazendo hora fora de sala. Eu só queria que as coisas voltassem a ser o que eram. Quando tudo era bom.
Finalmente quando a aula começou, apareceram mais uns vinte alunos de la de fora. Era um saco toda aquela gritaria. Pelo menos quando o professor chegou, todos se calaram, quer dizer, quase todos.
Não tinha nada para fazer durante aquela aula, então resolvi mexer em meu celular, colocando meu livro em pé e meu celular atrás, para ninguém ver.
Por sorte, eu gastei minutos no Instagram e no Twitter sem ninguém perceber, até o final da aula.
Não sabia se queria voltar para casa, não tinha cara pra isso. Meus pais iriam me avacalhar, de novo. Ninguem me receberia, nem me daria atenção. Aquilo era cansativo. Então, resolvi pegar um caminho diferente pra casa. Passar por outro bairro. Seria até... legal. Não seria tão sem graça como os outros dias. Então, aconteceu.
Eu estava passando por aquele bairro qualquer, com aquele nome estranho, com poucas casas. Até que, caminhando um pouco mais, enxerguei uma feira de adoção de cães. Achei que seria perda de tempo ir ver alguns cães. Mas, eu fui. Me aproximei. Quando fui ver os filhotes, havia um que me chamou atenção. Era, provavelmente, um Golden Retriver. Seus olhos brilhantes me encantaram. Quando não consegui evitar, estiquei minha mão e o acariciei.
   Alguns minutos depois, me toquei que deveria estar em casa, mas não queria larga-lo. Foi ai que resolvi levá-lo para casa.