Miss A Thing, Piloto

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—O que ta fazendo?

Preparando a munição.

—Chegamos a algumas horas relaxa temos tempo.

Depois daquele dia nunca mais tivemos tempo o suficiente.

—Não foi o que eu quis dizer. - me sentei ao seu lado a mesa pegando uma das canecas que estava na em cima e derramando café na mesma

Eu sei. Mas, não podemos deixar que ele nos mate.

—Ele não vai. - afirmei e ela soltou um riso de escárnio

Claro. Diga isso pra ele então.

A porta do prédio abandonado implodiu abaixo de nós Ella acabou de aprontar a munição rapidamente enquanto eu xingava baixinho tomando em um único gole a bebida fervente jogando a caneca na mochila passando o casaco por minha cintura e pegando a escopeta.

Aqui.

—Obrigada. - peguei a munição colocando as balas na arma. - A janela, vai! - mandei correndo até a porta e colocando uma cadeira para lhe atrasar podendo ouvir seus passos pesados contra a madeira podre no corredor —Merda os intervalos estão ficando menores. - corri para a janela sem fazer barulho e logo atravessei a tabua que nos ligava a outro prédio Ella já me esperava nas escadas de incêndio quando derrubei a tabua para que ele não nos seguisse ou pelo menos o atrasar era o suficiente.

Porque demorou tanto?

A resposta veio com um estrondo a cadeira aguentou de primeira mais isso não aconteceu da segunda vez e o barulho de uma porta sendo  arrombada era a deixa para que começassem a descer as escadas o mais rápido possível. Ao longe pude enxergar um carro estacionado bem me desculpe por isso, mas..

—Ainda sabe fazer ligação direta?

Que tipo de pergunta é essa? É como andar de bicicleta!

Os tremores de algo pesado na escada me fizeram olhar pra cima porra, porra, porra.

—Vai vai vai! - apontei para o carro Ella acabou de descer as escadas e ja tinha saído do beco, tambem sempre foi mais rapida que eu que pulei o ultimo lance de escadas sentindo os músculos de minhas pernas gritarem pela dor aguda que tentei ignorei com a adrenalina correndo por minhas veias. Cheguei o mais rápido que pude na calçada enquanto do outro lado da rua estávamos pegando o carro emprestado. —Ella..!

Ta quase.

Um aviso, primeiro tiro no chão próximo a seus pés. Ele continuou a andar em minha direção sem pressa para me matar, de qualquer forma gostava de acabar comigo aos poucos. Não ter medo, segundo tiro na perna para atrasa-lo. Seus olhos não saíram de mim, estão pregados no alvo e ele continua mancando ate mim com o desenho de um sorriso nos lábios. Meu braço esta estendido, a mira esta em seu peito aonde deveria bater um coração por isso logo mudo a mira para seu crânio podendo ouvir o cantar de pneus e a porta sendo aberta atrás de mim. Aperto o gatilho o som da bala sendo disparada não é ouvido, uma mão me puxa e caio pra dentro do carro no banco acolchoado. —A arma travou. Deveria ter me deixado lá.

Não diga coisas obvias, não sou como você.

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