capítulo quatro

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|11 de outubro de 2019, 23:40 p.m|

Despertei com a música alta que estava tocando no celular.

_Ai droga!_ digo ao ver as horas.

Coloquei o celular no bolso do meu pijama moletom Rosa de ursinhos, levantei da cama e andei em direção a porta ainda bocejando, abri a mesma e logo atravessei o corredor para ir a cozinha no andar de baixo. Acendi cada luz que via pela frente pois tenho um sério problema de visão e um certo pavor de escuro. Desci as escada e fui para cozinha, abri a geladeira e peguei a jarra de água e bebi lá mesmo (que minha tia não veja isso).

Eu estava em um estado apagada e ao mesmo tempo acordada. Creio que meu corpo ainda está despertando.

A preocupação e culpa por ter mentido para os meus tios por tantos anos dizendo que a morte dos meus pais foi por causa de um assalto também estava me fazendo perder meu estágio normal psicológico.

Enquanto bebia minha água, encarei a janela de vidro blindado  e percebi uma movimentação do lado de fora.

_uma lanterna?_ falei para mim mesmo.
Me aproximei lentamente da janela, e encarei mais de perto o fexi de luz bem precária _ que merda é essa?

Tinha um homem grande de roupas escuras e touca acinzentada.

Senti meu coração acelerar de medo.

Será que são eles?

Me afastei da janela rápido e corri para verificar se a porta ao lado da janela estava trancada.

Tomei um susto grande quando o homem como mágica apareceu me encarando pelo detalhe de vidro da porta.

_Andrw!_ arregalei os olhos. Girei a chave da porta e por um milagre estava trancada. Todos os dias meus tios a esquecem de trancar._o que esta acontecendo aqui?_ sussurrei ofegante me afastando da porta.

_a-b-r-a a p-o-r-t-a._ li em seus lábios. Andrw mantinha um sorriso assustador, e um olhar frio e cruel que me fez recordar...

|Flashback|

"Seus pais vão morrer"  

_não, não, não pode ser..._ corri em direção a sala olhei ao redor sentindo meu coração acelerar no seu máximo, chegando a sentir uma tontura, minha pressão certame subiu.

Fui em direção a porta da sala verificar se estava trancada e para minha surpresa, ela não estava. Arregalei os olhos sentindo a adrenalina tomar conta de mim. Com dificuldade por conta da tremedeira girei a chave, talvez um pouco atrasada.

_ABRA!_ Um homem com a aparência de mais novo que o Andrw empurrou a porta, mas o impulso me fez " contra empurrar" com mais força para fechar, fazendo um barulho muito alto. A situação me fez soltar um gritinho agudo de pavor.

_Me deixe em paz._ sussurrei sentindo minhas mãos suarem.

O homem do lado de fora, mantinha um sorriso cruel, estava parado como estátua me fazendo ter arrepios em todo o corpo.

Ao finalmente se movimentar, colocou a mão por baixo do seu moletom preto provavelmente no abdômen e pegou um revólver.
Arregalei meus olhos, totalmente paralisada.

Eu vou morrer, eu vou morrer...

Era só o que eu pensava naquele momento.

O homem mal do lado de fora, brincava com o revólver nas mãos, em seguida o direcionando para cima, indicando que iria para o andar de cima.

Ele correu para algum lado que não sei onde, a única coisa que pensei foi no Benny e meus tios.

_Não...

Subi as escadas correndo, indo diretamente para o quarto do Benny que ficava ao lado do meu. Abri a porta de forma agressiva fazendo a criança que dormia acordar.

_Clear._ ele falou abrindo os olhos lentamente.

_oi meu amor._ corri em sua direção e o abracei.

_o que foi?_ ele falou esfregando os olhos de forma tão inocente que me deu mais vontade de proteger.

_olha, você precisa vim com a prima agora tá bom?_ peguei ele no colo.

_nós vamos brincar?_ ele perguntou me encarando.

_mais ou menos.... é._ falei saindo de pressa do quarto.

_Clear espere. O homem de massinha ainda está lá._ ele falou. Respirei fundo e corri para pegar o brinquedo de massinha que estava na mesinha ao lado de sua cama. 

_aqui bebê, agora vamos._ corri ligeiramente para meus quarto. Coloquei o Benny sentado na cama. Me ajoelhei de frente a minha cômoda abrindo todas as gavetas._ cadê, cadê?_ falei procurando algo que guardei por tanto tempo. _ lembro de ter colocado aqui.

_o que esta procurando?_ Benny falou se levantando e veio me ajudar a procurar.

_algo importante Benny.

_é isso prima?_ ele falou colocando as mãos ao fundo da última gaveta, tirando de lá o revólver.

_sim é isso._ peguei a arma de sua mãe rápido. Como assim?_ como sabia que...

_as coisas importantes sempre ficam no fundo da gaveta._ ele falou como se fosse óbvio e eu admirei tamanha esperteza.

_isso Benny._peguei ele no colo._ vamos.

Corri para o quarto dos meus tios. Bati na porta muitas vezes.

_TIA DINNA!_ gritei.

_MAMÃE! A CLEAR TEM UMA ARMA._ Benny falou e eu o encarei com os olhos arregalados.

_COMO?_minh tia abriu a porta assustada.

_tia, temos que sair daqui._ falei entregando o Benny a ela.

_Clear, o que esta fazendo? Porque está com essa arma, tinha dito que tinha sumido com ela.

_o que tá acontecendo?_ meu tio se levantou e veio em nossa direção colocando a camiseta.

_a Clear está com aquele revólver.

_gente, não dá pra sermão agora, temos que sair daqui.

_estou assustada Clear. O que está havendo?_ minha tia.

_eles estão aqui.

Ela arregalou os olhos.

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