As coisas pareciam ir magicamente bem, 8 meses sendo completados agora, estava sendo difícil não dava para mentir, porém, Katsuki conseguiu se concentrar em outra coisa além de seus fantasmas, e graças a seu namorado protetor, estavam sempre juntinhos em família.. Foram meses difíceis, podem com amor e apoio, tudo estava correndo bem, o bebê estava saudável, iriam ter um garotinho em menos de um mês agora.
Bakugou estava agitado naquele dia, ele sentia como se algo ruim fosse acontecer, ele estava apenas com Soba na casa de sua mãe naquele dia, o sistema de segurança estava com uma falha na quão sua mãe saiu para poder chamar alguém para corrigir, Mitsuki disse que não iria demorar justamente para não deixar o filho sozinho por muito tempo... Katsuki estava nervoso e estressado, seu corpo lhe dizia que algo ruim iria acontecer, e o comportamento agitado de Soba também estava tentando dizer alguma coisa... barulhos estavam vindo do lado de fora, o vidro quebrando foi oque alertou Bakugou, que sem pensar muito apenas correu para o banheiro se trancando lá e se sentando no chão extramente assustado e nervoso, aquilo não era um perigo apenas para si, era para seu bebê, mesmo se fossem simples ladrões, ainda era um enorme perigo.. Bakugou estava vivendo com uma gravidez sensível, e aquele estresse, tensão e medo fizeram com que sua bolsa estoura-se, as contrações eram simplesmente horríveis e insuportáveis, Katsuki estava usando apenas uma blusa larga, ele conseguia ouvir os latidos nervosos de Soba e os passos pela casa, eles estavam procurando por si... Bakugou entrou em trabalho de parto ali mesmo, tentou abafar seus grifos mordendo a blusa, mas a dor era simplesmente horrível demais para não gritar... Na sala Soba tentava heroicamente deter aqueles que tentavam achar seu dono, oque resultou em seu corpo sendo jogado pela janela, mesmo sendo a do primeiro andar, o vidro cortou a pele e as patas do cão, que parecia entender oque estava acontecendo, sua decisão de sair correndo a procura de ajuda foi extramente inteligente e rápida, ele sabia que Katsuki e o Bebê corriam perigo....Bakugou Não conseguia mais conter os gritos no banheiro, ele ouvia os passos enquanto dava tudo de si para empurrar seu bebê para fora.. mesmo sendo prematuro, ele tinha alguma chance de viver não tinha? Alguém iria ajudar Karsuki não iria?... A porta estava sendo arrombada quando Bakugou finalmente conseguiu dar a luz a seu filho, tentando o pegar, porém sendo impedido pela porta quebrando em sua frente, o olhar de pânico e medo definia tudo que Katsuki estava sentindo, principalmente quando seu corpo foi empurrado para longe do corpo de seu filho, que estava chorando no chão em meio ao sangue.
— Parece que alguém deu a luz antes da hora... Não é mesmo, GroundZero?... e aí? Oque eu faço com isso?— A voz feminina vinda da garota de capuz que se aproximava com uma faca em mãos, pronta para pegar a criança no chão.— Eu ia apenas te matar... mas acho que ferrar sua vida é bem mais divertido..— Katsuki estava em visível pânico, tentando de todos os modos parar aquela garota que estava pegando seu filho pelo pescoço e o levantando em sua frente, o olhar de Katsuki implorava para que a vida da criança fosse poupada, mas não parecia que aquilo iria acontecer.
Aquela situação estava tensa demais, as palavras não queriam sair da boca de Katsuki, porém no momento que viu que seu filho iria ser morto, a voz de Bakugou saiu.
— N-NÃO! p-por favor deixe ele em paz, eu tô implorando, eu faço qualquer coisa, pode me matar, mas por favor deixem que ele..— A garota passou a faca na garganta da criança e a jogou no chão, enquanto o homem segurava Bakugou, as risadas foram ouvidas e o choque atingiu Katsuki o paralisando por completo, seu corpo foi solto quando as sirenes foram ouvidas junto a latidos, dois cães da raça pastor alemão entraram na casa e surpreenderam aqueles dois assassinos, os cães morderam o braço daqueles dois e os arrastaram até que eles caíssem da escada, onde os policiais estavam.. Katsuki estava paralisado, seus olhos estavam presos naquela cena horrível, vendo a cabeça tão frágil praticamente estourada no chão e a garganta daquele pescocinho tão pequeno cortada... O grito que Bakugou soltou foi tão agonizante que simplesmente fez todos se calarem, ele estava com uma hemorragia enorme, porém seus únicos pensamentos giravam em torno de seu filho assassinado em sua frente.. os policias e Mitsuki entraram na hora que Bakugou estava caindo pela hemorragia, que o fez desmaiar... antes de desmaiar, a mão de bakugou se uniu a pequena mãozinha de seu filho, aquilo foi de cortar o coração.
Os olhos avermelhados foram se abrir de maneira rápida para dar de cara com a luz baixa do quarto de hospital, seus olhos inquietos começavam a procurar por seu filho, ele teria agradecido tanto a qualquer Deus se aquilo tivesse sido apenas um sonho, porém quando seu rosto se virou e pode ver no bercinho portátil ao lado o corpo enrolado e enfaixado de seu falecido filho, seu corpo em choque reacionou o pegando no colo,o corpo estava enrolado em um cobertor tão macio e quentinho, tinha uma pele tão delicada quando porcelana.. as lágrimas desceram pelos olhos de Bakugou e cairam no final de suas bochechas, o rosto em prantos se aproximou do rostinho e da pele gelada do bebê, ambos se encostaram e aquilo foi cruel demais para Bakugou.. O ódio havia matado a coisa mais preciosa para si. Shouto chegou apressado no quarto de Bakugou, ele estava em uma missão, havia sido informado de tudo agora, e quando o bicolor viu aquela cena, sua reação foi se aproximar rapidamente e abraçar Bakugou, sentindo as lágrimas escorrendo, os olhos neutros finalmente esboçada alguma coisa, e foi extrema tristeza, haviam acabado de perder seu filho por conta do ódio dos outros, aquilo era sério demais. Os dois eram pais de um anjo que não teve a chance de viver por conta do ódio das pessoas.
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You Will Be Always In My Heart
Fanfiction"Cá estou eu, em baixo de uma tempestade.. É um pouco irônico que esteja chovendo no enterro do meu filho, de certa forma e agradeço por isso." Uma criança que jamais teve a chance de viver, agora estava de baixo da terra, nos túmulos da família Tod...