i need you

cap 3

Chaeyoung pov.

Depois de passar por uma rápida consulta e saber que não tinha acontecido nada comigo (graças a Deus) eu fui liberada, mas a escola já estava vazia, não havia ninguém na escola, todos tinham ido embora, fui até o meu armário e peguei a minha mochila para ir embora, porém sou parada pelo diretor.

- Senhorita Son, o seu boletim.- Ele me entregou o boletim - Suas notas estão cada vez mais baixas, melhore isso, ou não irá passar de ano.- Assenti para o diretor e guardei o boletim em minha mochila e sai da escola, estava uma chuva então eu tive que ir correndo para casa que era um pouco longe da escola.

Meia hora depois correndo eu cheguei em casa toda encharcada.

- Chae, aqui.- Jin se aproximou com a minha toalha vermelha.

- Obrigada Jin.- Disse para o mesmo e o abracei.

- Chaeyoung...- Era o meu pai - Ouvi dizer que o seu boletim foi entregue, eu posso ver?.- Me olha com os braço cruzados, eu tirei a mochila das costas e a abri, procurando o boletim, quando encontrei eu entreguei para o meu pai, ele pegou de minhas mãos e analisou as minhas notas, apenas em educação física as minhas costas estavam dez, mas de resto tudo abaixo de cinco. Eu via o fogo no olhar de meu pai - Ha, era de se esperar, um "garoto" burro desse, nunca passaria de ano... Chae está me decepcionando a cada dia que passa, você é fracote, burro, um "garoto" completamente idiota.- Dizia tudo isso apontando o dedo para mim - Como pode ser filho meu? Eu não te criei para ser um lixo Chae, mas não é isso que estou vendo, você está sendo pior do que lixo...- Enquanto ele dizia essas coisas dolorosas uma lágrima teimosa escorreu pela minha bochecha e eu fui surpreendida por um empurrão que me faz bater as costas na parede e logo em seguida ele deposita tapa forte na minha bochecha, tão forte que me fez cair no chão... - Eu já te disse Chae, HOMEM NÃO CHORA! que parte você não entendeu?.

- A parte de que eu sou uma MULHER e não um homem!.- Retruquei com o maior com os olhos marejados, mas sem derramar lágrimas dessa vez. Eu não quis dizer nada a ele, apenas olhei para a porta e sai pela mesma, indo em direção a rua, aquela casa me deixava cada vez mais maluca. Ainda chovia, mas eu preferia pegar um resfriado do que voltar para aquela casa, não aguentava mais aquela pressão psicológica que eu recebia de meu pai.

Me aproximo de um ponto de ônibus e me sento no mesmo, me encolhendo por conta do frio que sentia e fiquei olhando para as nuvens cinzas que estavam no céu, a chuva sempre trazia um ar de tristeza, por muito tempo sentia vontade de chorar, mas nunca podia, esse era o momento certo para fazer isso. Abaixo a minha cabeça deitando ela em meus joelhos e algumas lágrimas pingavam de meus olhos, e o meu corpo tremia por causa do frio.

- Chae?.- Uma voz conhecia ecoou entre a chuva e eu olhei para a silhueta feminina que estava se aproximando de mim com um guarda-chuva - O que está fazendo aqui na chuva, sozinha?.- Ela se senta ao meu lado e deixa o guarda-chuva em cima de nós duas, ela percebeu que meus olhos estavam enchados - Já entendi... Brigou com seu pai por ele te ver chorando?.- neguei com a cabeça para ela.

- Não exatamente, mas no final de tudo foi isso sim.- Disse para a mesma.

- então, o que aconteceu para você estar nesse estado?.- A japonesa estava mesmo curiosa.

- Eu tirei nota baixa em todas as matérias e como sempre o meu pai me humilhou por isso. Ele sempre diz para não estudar para as matérias, e depois que eu não estudo e não tiro boas notas ele começa a me criticar, me chamar de burra, Lixo... eu não consigo ter paz dentro de casa. Eu queria ter um pai legal, mas em troca eu ganho pressão psicológica e as vezes físicas.- respirei fundo quando terminei de falar.

- O seu pai ainda te bate?.- Perguntou a japonês espantanda e assento para ela, em seguida mostrei a parte do meu rosto que ficou avermelhada pro causa do tapa de meu pai - Aí pequena... - Ela acaricia a minha bochecha e logo se levanta - Venha comigo, pode pegar um resfriado aqui, pode vir para a minha casa.- Sorri para a garota e ela me ajudou a levantar do ponto de ônibus. - A minha casa não é tão longe daqui, vamos!.- Diz Mina com um sorriso aconchegante, nós duas fomos andando até a casa da japonesa.