Único; gara(n)h(ão).

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Olaar

Sim

A one q vocês vivem falando q

Espero que gostem!

Boa leitura!

Comentários sempre bem vindos! ♡

[ . . . ]

O sol não dava o ar das graças naquela manhã, assim como um sorriso não se abrira no rosto da Dupain-Cheng desde que pisara no colégio, as sete e vinte da manhã, e já eram quase onze.

Seus lábios, sem sua acepção ou concordância, contraiam-se em um bico manhoso toda vez que Adrien passava ao lado de sua carteira. Não devolvia seus sorrisos, e evitava seus olhares de curiosidade. Mantinha os braços cruzados em todos os momentos que ele aparecia e rolava os olhos com deveras vontade sempre que ele abria a boca para puxar algum assunto consigo.

Porque estava cansada.

Quem ele era para brincar consigo daquele modo?!?

— Amiga? — O tom ameno e despreocupado de Alya chamou sua atenção. Automaticamente desviou a atenção da lousa negra – cujo professor substituto apenas lançava textos cansativos para copias malfeitas dos alunos ali presentes, que fingiam copiar, porém usavam seus celulares as escondidas usando seus estojos coloridos como esconderijo secreto – para a melhor amiga, que segurava a caneta esferográfica entre a ponta do indicador e o médio. O olhar carregado encarava-a de modo questionador. — Você não faz ideia de como estou feliz por não estar na pele de Adrien hoje, porque você parece que vai mata-lo.

— Adrien? Huh? Por que?

Estava tão explicito assim?!

— Porque você não para de oferecer-lhe caretas e o ignorou desde as sete e alguma coisa. Aconteceu algo entre vocês?

Um suspiro pesado saiu – sem permissão – da boca delicada delineada por lábios cheinhos e rosinhas como um algodão doce de festa.

Nada de novo. — Sacolejou o ombro sem vontade. — Só estou cansada.

— De...?

— Dele! — Abaixou o rosto, deitando a faceta delicada sobre os braços branquelos e expostos pela camiseta sem mangas que usava naquela manhã. Os sentimentos bagunçados subiram a mente, e ela gemeu desanimada, um ganido triste completando a sentença. — Por que ele não age da mesma forma quando a sala está completa, hein?!

Alya suspirou. Sabia da longe trajetória daquele casal sempre tão contraditório. Nunca tinham assumido algo definitivo, mas todos sabiam que a química entre eles – e os beijos trocados nas ultimas cadeiras do auditório – diziam muito mais do que eles poderiam explicar.

Acariciou as costas da amiga com a palma das mãos. Não tinha uma resposta concreta, afinal, ela não entendia o Agreste do mesmo modo que Marinette. O loiro era um ótimo companheiro, assim como um bom amigo. Atencioso e sempre presente, dava o seu máximo para ajudar a todos os amigos e até desconhecidos. Seu problema era – indubitavelmente – com Marinette e todas as suposições e rótulos que queriam impor nos espíritos livres que eram.

Marinette nunca tinha ligado, e entrava nas brincadeiras. Adrien sempre negava, e reafirmava que tais suposições não eram reais. Tudo o que rolava entre ele e a garota não passava de amizade – colorida, mas amizade.

Porém, Adrien conseguia irrita-la profundamente com seus momentos de atitude, principalmente por eles apenas acontecerem quando estavam com os garotos da turma. Era em tais momentos que ele a abraçava, puxava para perto e não parecia se incomodar com todas as caricias e adulações que ela fazia em suas mãos grandes e nos fios áureos que ele possuía. Suas mãos ficavam tentadoras em seu ombro delicado, as beijocas no rosto eram constantes.

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