Sim, chef! ( parte 3)

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DEMITIDA!!!

Duas semanas haviam se passado e eu ainda não podia acreditar nas palavras que eu tinha escutado.

Isso que dá ser burra a ponto de  transar com o chefe, e ainda no local de trabalho. Eu não tinha idéia de como o RH havia descoberto sobre nossas escapadas, mas só podia ser isso. Eu vinha fazendo meu trabalho com total dedicação, e mesmo quando Marcus me infernizou o juízo durante a primeira semana, eu não perdi o controle. Segurei bem firme a minha vontade de dar com a panela na cabeça dele, e mantive a compostura.

Mesmo assim, eu estava demitida. Ótimo! Mas o gostosão continuava lá, é claro. Foi isso que me fez recusar todas as ligações dele e ignorar suas mensagens: O meu senso de justiça me mostrando que eu estava levando a pior apenas por ser mulher!

Mas eu sentia falta dele. 

Não diria que estava apaixonada, mas sentia falta das nossas conversas, sentia falta da foda maravilhosa, mas principalmente, sentia falta da comida! Não é todo dia que você tem a oportunidade de namorar um chef de cozinha do nível dele.

Em determinado momento, comendo o meu sanduba de queijo e presunto com maionese no pão cacetinho, comecei a lembrar de nós dois semanas atrás comendo esse mesmo sanduíche, só que feito por ele. Eu ainda não sei como ele consegue fazer um sanduíche no pão cacetinho ficar tão delicioso! Só pode ser mágica...

Me dei conta de quão difícil seria superar esse fim.

Eu costumava fazer uns bicos de dançarina antes de começar lá no hotel, que eu havia parado por motivos óbvios; Eu saía exausta de lá, pois Marcus me explorava além do que a minha sanidade mental recomendava. Mas quando perdi o meu emprego, mandei avisar que eu estava de volta. Logo recebi um convite para dançar numa festa de aniversário. Era um pedido um tanto diferente do habitual, mas como o cliente estava pagando muito mais do que o também habitual, decidi aceitar o trampo. 

Mas quando eu cheguei lá na festa de aniversário, não tinha ninguém… convidado algum. Achei estranho, conferi meu relógio para ver se o horário estava correto. 21hs. O que diabos estava acontecendo?

Olhei ao redor, uma mesa de frios, mesa de pães, uma mesa de doces, um bolo lindo. 

De repente uma música começa a tocar.

Earned It!

—Eu acho que é agora que você começa a dançar para o aniversariante!

Quase dei um pulo ao ouvir essa voz atrás de mim. Grave, rouca e sensual, era a mesma voz que semanas atrás disse para mim no chuveiro: — Goza pra mim, bebê!

Me arrepiei inteira.

Eu não precisava ver para saber que era Marcus quem estava parado ali atrás de mim. O calor que a sua pele emanava, juntamente com um cheiro de sabonete de erva doce e o shampoo de lavanda, estavam me contagiando e me incendiando inteira. Decidi continuar de costas para ele, ainda assim, não pude deixar de sentir o impacto que a sua presença me causava. Comecei a me mexer no ritmo sensual da música, e conforme meus quadris balançavam, eu ia sendo dominada por aquela aura de sedução. Marcus estava atrás de mim, perto o suficiente para que eu sentisse a sua presença, mas longe o suficiente para que eu tivesse liberdade de movimento.

Passei a mão por minhas coxas lentamente, levando junto a barra do vestido preto e justo que eu usava. Ouvi um arfar quando o vestido passou pela minha bunda, e eu remexi, ainda rebolando no ritmo da música. A visão que ele tinha era da minha calcinha minúscula de seda e renda, e ligas que iam do corpete ainda oculto, até o persex no meio das minhas coxas. Os pelos do meu corpo arrepiados, ante a expectativa do seu toque.

Eu não pensava em nada que não fosse o momento de sentir as suas mãos no meu corpo e o prazer me invadindo, me preenchendo inteira.

Inclinei o meu corpo, empinando o bumbum, abaixando até que a minha mão tocasse o meu sapato alto e subi, com as pontas dos dedos acariciando a parte de dentro da minha perna até bem perto do meu sexo.

Ele tocou em mim, soltando o ar que aparentemente vinha prendendo. Em seguida ouvi um gemido grave que enviou vibrações até o centro do meu prazer. Ao mesmo tempo, senti o roçar do seu membro rijo na base das minhas costas, e depois na minha bunda, pressionando.

Sua mão deslizou pela minha barriga, arrastando mais para cima o meu vestido. Levantei os braços, permitindo que ele me despisse. A dança ficou esquecida.

Senti a sua barba, antes inexistente, roçando o meu pescoço numa carícia áspera e sensual. Ele deu suspiro audível, e um arrepio percorreu toda a minha pele.

— Senti sua falta, bebê! — Ele falou no meu ouvido. Em seguida me virou de frente para ele, e eu pude notar o seu cabelo mais comprido, sua barba por fazer. Seus olhos tinham uma aparência cansada, mas expressavam puro desejo!

Eu desejei secretamente que ele não estivesse esperando uma declaração Ou algo assim. Eu não estava pronta para isso!

Permaneci calada, embora meu coração batesse descompassado, e meu sexo pulsasse loucamente de expectativa, de desejo, de tesão.

— Então… É mesmo o seu aniversário? — Perguntei, finalmente.

—E isso importa? —Ele perguntou de volta.

E não, não fazia diferença. Eu queria muito aquilo. Aquele toque, aquelas mãos subindo pelas minhas costas, como ele fazia naquele exato momento.

O meu corpete caiu no chão, e eu o encarei pasma.

Enquanto conversávamos por aquele breve instante, ele desamarrou, desprendeu as ligas e soltou-o, deixando meus seios expostos.

A minha boca se abriu num suspiro de surpresa quando senti a sua boca tomando o meu mamilo, numa carícia perigosamente rude. Estava faminto, ganancioso, ansioso por mim.

Eu não resisti, corri a mão por seus cabelos, pressionei, incentivando-o a continuar. Gemi, me ergui nas pontas dos pés. Implorei.

Segurei o seu pênis por cima da calça, ele já estava muito duro. 

Ele passou para o outro seio, me levando ao limite com sua língua habilidosa.

Abri a sua calça, com pressa de senti-lo dentro de mim. A esta altura, eu já estava muito molhada.

Ele se ajoelhou, puxando a minha calcinha para baixo, admirando a minha buceta recém depilada. Beijou.

Em seguida passou os dedos, constatando a minha umidade, provando da minha excitação. 

Levantou, me suspendeu, fazendo-me abraçar sua cintura com as minhas pernas e encaixando o seu pênis aos poucos dentro de mim.

Eu gemi alto, me agarrando ao seu pescoço e colando meus lábios naquela boca farta. Nos beijamos. Era puro desatino. A música ia acabando e começava a tocar outra que igualmente remetia a paixão, a loucura sexual. Ele me encostou na parede e eu pude abrir a sua camisa, revelando finalmente o seu corpo sexy, que eu senti tanta falta.

Então ele segurou o meu cabelo, puxando e fazendo com que o meu pescoço ficasse mais exposto. Mordeu, beijou, chupou. Eu estremeci de prazer.

Nossos corpos iam e vinham, em sincronia. Ele segurava a minha nuca, a outra mão na minha bunda. Eu, agarrada ao seu pescoço, gemia cada vez mais alto à medida que o prazer me dominava completamente. 

— Ah, Marcus!— Gemi seu nome, pedindo por mais. 

— Isso bebê! — Ele sussurrou, quando a minha boca se abriu num grito mudo, se derramando em seguida dentro de mim.

Ali, apoiada no seu ombro enquanto recuperava as minhas forças, me dei conta de que poderia passar o tempo que fosse, independente do rumo que nossas vidas tomassem, jamais viveríamos algo tão intenso, tão quente, quanto o que tínhamos um com o outro.

Que sorte a nossa...

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