Capítulo 2

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Minha mãe estranhamente mandou o cara entrar, e ela sumiu com ele nos fundos da casa. Eu ainda estava processando na minha cabeça as palavras dele dizendo que eu era o filho dele. Depois de todos os convidados comerem e se divertirem eles começaram a se despedir de mim para ir embora.

— Ai migo, que pena que a gente não pode ficar a noite toda... queria conversar mais sobre o Pedro Covaski. – Bianca disse preocupada.
— Verdade também queria, mas eu estou muito preocupada com você. Qualquer coisa você liga pra gente, tá?– Maia disse com clara preocupação.
— Vamos meninas, já esta tarde. – Melo disse com pressa.
— Já vamos. – disse Bianca meio fúriosa.
— Fica bem. – disse Maia.
— eu vou ficar. – eu disse, e abracei as duas em um longo tempo até ouvirmos a buzinada de Melo, as meninas foram correndo e eu fechei a porta.

Eu estava muito apreensivo querendo entender esta história melhor, até que a campainha toca e eu me levanto correndo para atender.

— As meninas devem ter esquecido algo com certeza. – eu disse proucurando a chave da porta, pois eu havia jogado ela em qualque lugar. A campainha toca de novo, eu acho a chave em cima da mesa.
— Como eu não vi essa chave aqui antes? – eu falo abrindo a porta.
— Vocês esquecem tudo mesm... – quando percebo, vejo que na verdade nãe era as meninas. mas sim, o famoso Pedro Covaski.
— Ah, oi, De... desculpa. – eu falo super envergonhado.
— Eu é quem devo desculpas, aparecer por aparecer do nada. – ele fala sorridente.
Ele estava me olhando com seus olhos verdes eu não conseguia parar de reparar em seu lindo rosto.
— E aí Rivera, Vai me chamar para entrar ou não?– ele fala meio animado.
— ah sim, entra aí... – eu falo muito envergonhado.
Ele foi direto para o sofar e se sentou, e ainda teve a audácia de me chamar para sentar ao lado dele como se a casa fosse dele. E eu fui e me sentei.
— Rivera, mil desculpas, não deu tempo de chegar mais cedo para seu anive...– eu o interrompi.
— Como assim? não estou entendendo nada. – eu falei confuso.
— Seu aniversário, por causa do trabalho eu não consegui chegar a tempo.– ele fala todo arrependido.
— Sem problemas, nem eu sabia dessa festa. – eu falo tentando o acalmar.
— Então eu trouxe um presente pra você, aqui abre. – ele diz me entregando uma caixa embrulhada, era uma caixa bem pequena.
— Um cordão com uma asa?!! – eu falo surpreso por ver que era um corão com apenas um asa ao invés de duas.
— É pra você lembrar da sua liberdade de ser você. – ele fala como se me conhecesse a muito tempo, mas na verdade só hoje que ele iniciou esse interesse repentino em mim.

Eu e Pedro nunca fomos muito próximos. Eu o conheço desde o sexto ano, quando ele chegou a cidade todas as garotas ficaram encantadas quando o viram, e logo logo ele se tornou popular entre as garotas e entres os meninos por ser um ótimo jogador de futebol. Nós nos esbarramos algumas vezes no corredor da escola e as vezes nós trocavamos algumas palavras. Nós tinhamos algumas classes junto, eu já tive uma quedinha por ele, porém ele namorava e ainda namora a Jessica a lider de torcida, o famoso clichê de filmes adolescentes, e até tentei me aproxímar dele na época e foi um mico total, mas eu o superei.

— Desculpa perguntar isso assim, mas quem convidou você para a festa? – Eu pergunto com medo de a pergunta pegar.
— Sua amiga me convidou, ela disse que seria bom eu vir a sua festa hoje, Maia disse que você estava achando que eu tinha ficado magoado contigo. – ele disse abrindo um sorriso
— Pode ficar tranquilo, eu estou de boa com o que aconteceu. Na verdade elas armaram. – eu falo explicando.
— Armaram o quê? – ele diz confuso.
— Elas acham que isso vai se transformar em algo romantico. – eu respondo apontando o dedo entre nós dois.
— E não vai? – ele diz, e eu fico assustado, tenho a impressão que meus olhos vão pular para fora do rosto.
— Brincadeira, hahahhahahaha – ele começa a rir.
— você ta rindo de que? – eu digo meio nervoso.
— Da sua reação. – ele diz quase engasgando em sua própria risada.
Depois de um tempo rindo, a gente se olha por um tempo e o clima fica estranho entre nós.
— Eu acho melhor eu ir. – ele diz se levantando.
— eu também acho, já esta tarde. – eu digo me levantando.
— Ah, e eu esqueci de falar. Eu também vim aqui para pegar a plaquinha que ficou na chave do carro com a enumeração.
— Eu coloquei no bolso do meu moleton, ta no meu quarto.– eu falo surpreso por ter esquecido totalmente do chaveiro. Então eu vou subindo as escadas.
— Eu posso ir com você? pegar o chaveiro? – Pedro diz estranhamente, por que ele acharia que eu iria precisar de ajuda para pegar um chaveiro?

— Pode sim. – Eu digo, então a gente sobe até o meu quarto.

Quando abro a porta, Pedro fica encantado com as releituras de obras famosas em temas atuais que tem nas minhas paredes.

— Você quem fez? – ele pergunta, encantado.
— sim, pela internet. – eu falo com um pouco de vergonha.
— muito criativo. – ele diz.
Então eu me viro e vou até meu guarda roupa pegar meu moleton. Eu coloco minha mão direita no bolso do moleton e pego o chaveiro, quando sinto uma mão segurando meu braço direito e me puchando para um beijo. Pedro estava me beijando eu retribuí o beijo por um tempo até cair na real, era minha imaginação mais uma vez brincando comigo. 

- Nick, Nick! Você esta bem? - ele me acorda do mundo encantado estralando os dedos na frente do meu rosto.

- ah, me desculpa, eu me distraí. - eu digo morrendo de vergonha. Então eu pego o chavero no bolso do meu moletom e o entrego.

- Feliz aniversário Menino Perdido! - Ele diz pegando o chaveiro da minha mão, antes de sair ele me dá um celinho na buchecha e eu fico paralizado, antes de fechar a porta ele me olha mais uma vez e pisca o olho para mim, á esse ponto eu já não conseguia saber se eu estava imaginando ou se era real.

Eu caio deitado na minha cama e começo a pensar em tudo que aconteceu hoje. O aniversário mais louco que já tive em toda a minha vida. Entre esses pensamentos eu lembro do estranho que apareceu na porta, com isso eu desço as escadas correndo e vou até o fundo da casa e no jardim encontro minha mãe e o cara sentados a margem da calçada da varanda.

— Mãe, quem é esse cara?– eu pergunto meio furioso.
— Oi prazer, meu nome é Roberto e sou seu pai. – foi como um tapa na cara.

Gente desculpe parar denovo no mesmo assunto, mas infelizmente só no proxímo capítulo que a gente vai poder saber a história entre Nicolas e seu pai.

Perdido em VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora