Capítulo 5

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Há medida que o tempo passava, a princesa Estrela, filha da Rainha Una, era muito mal tratada pela Rainha.

Una mandava a princesa fazer coisas horríveis como torturar animais inofensivos e assistir ao assassinato de pessoas inocentes. Entre todas as terríveis experiências, nenhuma a marcou como aquela em que Una a mandara queimar a casa de um lenhador que se atrasou na entrega de lenha para o palácio. Esta foi a primeira vez que a princesa manchou as suas mãos com sangue. Os gritos dos filhos do lenhador que não passavam de crianças ainda a tormentavam durante a noite, enquanto o calor intenso do fogo e os estalidos da casa a queimar a assombravam como um fantasma.

(Como podem imaginar um amor de mãe! 🙃)

Assim, a princesa, cansada da maldade de Una, fugiu para a floresta que todos enunciavam como proibida. Dizia-se que lá residiam perigos para além do imaginário. Mas isso não assustava a princesa. Na verdade, depois de todas as crueldades que cometeu, ela achava que merecia exatamente aquilo: temer a morte como os inocentes tinham temido. Dentro da floresta, ela procurou por um lugar onde não tivesse de fazer maldades, onde os soldados da rainha não se atreveriam a ir. Assim andou tanto quanto as pernas lhe permitiram, pois quanto mais dentro da floresta estivesse, mais hipóteses teria de permanecer desaparecida.

Quando a princesa finalmente parou, sentou-se perto de um lago e a sua voz triste e rouca pelo cansaço começou a cantar um melodia tão triste quanto a sua alma torturada.

(Na vossa opinião... o que seria melhor?
Uma floresta assustadora, cheia de sinistras criaturas, ou a Una? O que preferiam? A nível de medos... Eu estou fifty-ffty.... 🤷)

A sua voz não demorou em falhar. E o silêncio instalou-se. A princesa, assustada pela imensidão da floresta, julgou ouvir passos cada vez mais fortes. O seu coração acelerou, obrigando o seu corpo exausto a levantar-se. Algo estava cada vez mais perto...

A princesa não pensou duas vezes e tentou esconder-se. Mas os passos continuavam a aproximar-se, obrigando-a a correr.

As árvores altas e densas escureciam ainda mais a floresta, por isso a princesa tropeçou e voltou a tropeçar até que os seus joelhos se rasgassem. O medo era tal, que nem sequer sentia dor... Ela continuava a correr, aflita pela ideia de aquele seria o seu fim. Um desconhecido ia apanha-la... No entanto, algo inesperado aconteceu.
A princesa foi forçada a parar. As árvores moviam-se em torno da princesa, como que formando um cerco.

O lago, antes visto de onde estava, desapareceu com a presença das árvores, a tocha que trazia tinha sido apagada pelo vento intenso.

(Sentiu-se um cheiro enorme de medo e problemas. 💁)

Entretanto, entre as árvores, surgiu um belo sagitário. Surgiu também uns uivos.

Mais uma prova que a sua presença era um incómodo.

(A floresta batalhava por atenção. 😂)

O sagitário trazia uma nova tocha perto de si, a qual usou para acender a tocha da princesa.

E assim, o sagitário decide perguntar:

- Porque demoraste tanto?

A princesa, não menos assustada, respondeu:

- Como assim? Conheces-me!?

- Sou o guardião da floresta, Eric.
O teu pai e a tua mãe cuidavam de nós.
A floresta era a casa deles.
Já faz 15 anos que não os vemos. E tu? Tivemos várias brincadeiras e momentos juntos. Até que, numa noite , um bando de soldados apareceu à vossa porta e nunca mais vos vimos. Mas agora, voltaste. Porque voltaste?

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