16. Half a Heart

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Ponto de Vista por
Shawn Mendes.

Sentado no balanço eu podia ver a movimentação das pessoas ao redor do parque brincando com a aliança que era dela e que estava na metade, ou menos que isso, no meu anelar.

Desde quando eu descobri esse local eu ainda não havia parado para analisar o ambiente e uma paisagem que não fosse a Happy. Hoje eu pude perceber que de um bonito tracejado verde que vencia as barreiras impostas pela neve recente, era um excelente local para finalizar a tarde de um cansativo dia.

Esse local transpirava a Harper.

Como piscinas.

Eu lembro de quando eu a observava quieta quando ela ia se refugiar nas piscinas dos hotéis onde ficávamos hospedados ao redor do mundo onde ela apenas queria pensar observando a paisagem, sonhar com o que aquele horizonte poderia trazer à ela, idealizar a sua vida com um trabalho em que ela gostasse porque eu sinto que no fundo ela nunca gostou de trabalhar naquela tour, ela gostava de viajar e de talvez poder ficar perto de mim e do Connor mas daquele ambiente em so eu tenho as minhas dúvidas se ela gostava ou não. Depois de Nova York, então. Principalmente depois de Nova York quando o Lucca quase aconteceu.

Ou quando ela estava no Japão, antes disso tudo, no cantinho escuro também pensando na sua vida, talvez com medo, até um desconhecido aparecer e de alguma forma fazer a mente dela se expandir àquilo, com metas e propósitos e três horas bem esclarecedoras e rápidas demais.

A garota mais autêntica que eu já conheci.

Eu jamais me arrependerei daquela noite e eu não digo por causa do sexo, sim da honestidade.

Ela é tão forte.

Eu queria ser forte como a Harper que não tem ou teve medo de levantar a cabeça e encarar o mundo, enfrentar e lutar para ser feliz.

Eu não fui forte o suficiente quando eu podia. Eu deveria ter batido o pé, ter dito não e ter amado ela sem nenhuma restrição, sem medos e apenas amor porque já era amor desde o Japão, desde a nossa primeira noite.

Eu sabia, quando ela não estava mais alí, que eu nunca mais iria encontrar alguém como ela, foi por isso que eu a deixei ir daquela vez pensando que ela era uma daquelas pessoas que aparecem na sua vida, te mostra que a realidade não é tão assustadora e parte como se nunca tivesse existido.

Mas ela existia.

Ela existe para me completar já que eu sou apenas metade de um coração sem a minha Happy.

Isso me fez chegar à conclusão de que eu não mereço a Harper mas que eu também não sei viver sem ela, sem observar a alegria dela, sem sentir ela aqui do meu lado segurando a minha mão, sem o outro par de olhos azuis que hoje eu sei que era também a falta dele o motivo dor desconhecida que eu sentia.

E esse cristalzinho também me fez ir ontem até o hospital porque eu parei de pensar quando ouvi a frase: Harper foi com o Lucca à emergência. Eu não sabia ao certo o que aconteceu porque o Brian me disse que a Miranda disse à ele que a Harper havia avisado que estava indo por ele estar com febre.

Eu senti uma preocupação absurda que eu nunca havia sentido na vida.

Esse serzinho de luz chorou tanto, tanto que faltou muito pouco para que o meu autocontrole continuasse controlado e eu não entrasse naquela sala para acalmar a minha criança. Porém, pacientemente a Harper conseguiu fazer isso aos poucos em seu colo. O outro lá, o blá blá blá, também tentou acalmar a ele e a ela, no fundo eu o agradeci àmpor isso, porque ela também estava chorando. A Harper também estava precisando de cuidados.

Lost in Us ❀ Segunda Temporada de WWY.Onde histórias criam vida. Descubra agora