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O pêndulo do relógio estrategicamente posicionado no corredor começava a preocupar Seokmin; Acordara atrasado e teria que comparecer ao tribunal em exatos trinta minutos.

Procurando pelo paletó do terno azul marinho que usava, ele percebeu que havia esquecido a pasta de evidências em seu escritório durante a noite. Provavelmente por deixar o local rápido demais. Ou talvez ele tenha saído antes dos outros, com pressa para chegar em casa. Ele não se lembrava ao certo. O importante naquele momento era que ele estava atrasado e sem a papelada que seria crucial para o julgamento.

Encontrou o que procurava em um cabide solto em seu armário, vestindo a peça de roupa do lado avesso e saindo do quarto em passos apressados após pegar sua maleta e a chave do carro. Desceu as escadas correndo, aproveitando-se de seu bom porte físico para pular o corrimão, de um lance de escadas para o outro, buscando chegar ainda mais rápido ao seu destino.

Ao passar pela sala de estar, cumprimentou Mingyu, o cozinheiro da casa, que sorriu abertamente para o rapaz, desejando-lhe um bom dia.

A maior parte dos funcionários da casa tinham a mesma idade ou eram até mesmo mais novos que Seokmin, e ele preferia que fosse dessa forma. Se sentia extremamente confortável com eles, e considerava-os amigos, acima do cargo que ocupavam na grande casa; Casa essa que, mesmo com dois andares e quatro quartos, ocupava apenas o jovem Lee, que passava as noites solitárias em um dos quartos da casa, que ele sabia que não era o seu próprio. E isso era uma das únicas coisas que sabia, já que não se lembra do por quê de ficar lá por tanto tempo, e tampouco lembra o motivo de acordar no sofá de couro espaçoso ao invés do conforto de sua cama.

De qualquer forma, o importante naquele momento era que ele estava atrasado.

Seguindo até a porta de entrada, procurando pela chave de seu escritório no chaveiro que segurava, ele sentiu seu corpo chocar-se com o de alguém. Subiu os olhos rapidamente, mas ainda sim reparando nos detalhes da pessoa que havia o atrapalhado; os jeans claros que escondiam as pernas delgadas, as mãos finas com veias à mostra sobressaindo pela pele branca, a camisa branca social coberta por um paletó rosa claro. Uma verdadeira ofensa à quem trabalha com moda, Seokmin pensou consigo mesmo, subindo o olhar até o rosto assustado do rapaz, que tinha cabelos em um tom avermelhado e Seokmin podia claramente perceber que os lábios tinham um tom rosado e extremamente convidativo; Não sabia ao certo se era o tom natural de seus lábios ou se aquilo era maquiagem, mas não o importava.

Tanto que ele não se importou em sorrir abertamente para o rapaz, que parecia ter visto um fantasma.

— Você se machucou? — a expressão do Lee agora era de preocupação, analisando calmamente o rapaz, buscando entender o motivo de sua palidez repentina.

— N-não. — ele respondeu, visivelmente nervoso, se curvando de forma apologética. — Desculpe, eu não estava prestando atenção.

— Está tudo bem. — Seokmin riu, finalmente percebendo a mão que rodeava o ruivo pelos ombros, vendo que se tratava de Jeonghan, um dos funcionários da casa de seus melhores amigos. — Ah, Jeonghan-ssi. Quanto tempo.

— Sim, faz um tempinho mesmo. — Jeonghan acabou por dar um sorriso meio quadrado, desconfortável. — Será que você podia dar licença? Vai acabar fazendo o meu amigo chegar atrasado na entrevista, e isso não é bom, né?

— Ah! Você veio pra entrevista, então? — ele perguntou, direcionando o olhar para o ruivo novamente, que assentiu. — Legal! Eu sou o Seokmin, prazer. Essa casa é minha, então, se tudo der certo, eu vou ser seu chefe em breve. — sorriu, mas logo o sorriso se desfez ao lembrar que ele continuava atrasado. — Ah, droga. Eu preciso ir. Boa sorte na entrevista, espero te ver novamente em breve!

CAM BOYOnde histórias criam vida. Descubra agora