A Filha De Nix

Capítulo 12 - É SÉRIO?

ANDREW

Fazem três semanas que estamos atrás da Diana, e foram as três semanas mais estressantes e cansativas da minha vida. Por uma porção de motivos eu estou quase abandonando a missão, toda vez que parece que estamos perto de pegá-la ou acha-lá, recebemos um ataque, e isso me preocupa.

Parece que estamos sendo alertados a todo o momento para irmos embora, para desistirmos, alguém não quer que á encontremos. O que achamos até agora foram pistas rasas, provas imprecisas que ela passou por lá ou esteve lá. E essa interferência no nosso mundo, na terra, só pode estar por trás de algo muito poderoso. E eu já tenho meus palpites.

Quando o Sr. D. descobriu sobre a fuga da Diana, a notícia já tinha se espelhado por todo o Olimpo, mas quando isso aconteceu Quirón, já havia reunido uma equipe de busca, e ele não brincou em serviço, e ele selecionou alguns dos melhores semideuses.

• Kyal Hadson.

Tem 17 anos, filha de Atena, inteligente, poderosa e cruel (sei que é difícil imaginar mas de um jeito bom), habilidade com facas, espadas e punhais.

• Harry Daum.

17 anos também, filho de Hefesto, esperto, rápido e direto, fluente em 15 idiomas, enciclopédia ambulante do mundo olimpiano.

• Vitor Oliver

16 anos, filho de Deméter, conhecimento sobre tudo que envolva a natureza, sendo filho de quem é. E bom com arco e flechas.

Quando a Diana fugiu, as coisas ficaram surpreendentemente muito mais calmas, e quando eu digo coisas quero dizer o mundo externo, os meios-sangues já não sofrem acidentes estranhamente peculiares mas muito prejudiciais. É claro que TODOS, os problemas não se foram, mas eles amenizaram, algo entre 65%.

Tem muitos Deuses e outros seres que estão de olho na tal "filha de Nix desaparecida", tem gente investigando boatos do submundo, algo sobre poder e perigo que também envolvem o nome da Diana, boatos esses que a Larissa não sabe.

•°•°

- ANDREW!!! - alguém me gritou. - Presta atenção na minha voz, mantenha os olhos abertos.

Foi a Larissa, mas do quê estamos correndo ou de quem, e por que minha perna está sangrando?

- Pergunta básica, vocês já saltaram? - ouço a Kyal, dizer de longe.

- Não, quer dizer sim, mas não podemos saltar com o Andrew assim, ele não vai conseguir se concentrar, e vai se perder na eternidade. - dessa vez quem gritou foi o Oliver. - Além do mais para onde iríamos, nós não fazemos ideia de onde ela está.

E foi tudo que eu ouvi depois de um barulho de engrenagem.

LARISSA

E no final nós não precisamos, saltar, parece que o Harry tinha prendido os fantasmas, ou sei lá o que era aquilo, em um tipo de caixa, com formatos estranhos e runas entalhadas.

Só aí nós paramos, bem, na verdade eu e o Andrew caímos ao chão feito bosta. Mas os outros aos poucos recuperavam o fôlego.

- Caramba Harry, foram necessários três metros de corrida, o Andrew machucado, e o carro capotado. Para você ter que tirar uma caixinha deformada da bolsa e prendê-lo? - eu gritei para o mesmo.

- Pode ir ficando mais calminha aí, por que se fosse tão simples assim, ele já teria feito. -  Kyal se direcionou para mim.

- A Kyal tem toda razão, vai muito mais além de "uma caixinha deformada", nós nem sabíamos que tipo de coisa era aquela, eu tive que acionar runas muito complexas, que demoram e exigem concentração. - disse o Harry, em meio aos goles de seu cántil. - E acho bom irmos logo, não sei até quando ele ficará preso.

- Eu achei umas gérberas ali atrás, e com um pouco de raiz, e um toque de chefe, fará com que nosso cheiro não apareça. - o Oliver diz vindo em nossa direção.

- Éxypnos. - quem tomou a fala foi o Harry, mas sério, se ele queria usar os seus dons, poliglotas por que justamente em grego? Provavelmente querendo se amostrar dizendo esperto.

- Será que dá para vocês focarem no verdadeiro problema. - Kyal falou, direcionando seu olhar para o Andrew, ainda largado ao chão.

- Nós temos que dar um jeito na perna dele, e de acordá-lo. - disse o Harry.

- Deixa eu dar uma olhada. - Kyal se abaixou e mexeu na perna do Andrew, que murmurou algo. - Não é nada "tão" grave. Mas ele não vai poder fazer muita força nesta perna.

- O Harry bem que podia dar uma machadada na cabeça dele, vai que ele acorda. - disse o Oliver, dando risada.

- Ou morre. - falou Kyal. - Isso era para ser uma piada?

Eu comecei a gargalhar, não porque a piada era engraçada, era mais pelo momento, tem um monstro preso numa caixinha esquisita, o Andrew desmaiado, tinha alguma folhas no cabelo do Oliver, e a Kyal estava me olhando, com uma cara muito engraçada sem entender nada, dizendo que eu tinha enlouquecido de vez.

- Lari, está tudo bem com você, você está chorando?

- Está tudo bem Harry! É só.. eu estou um pouco cansada e tudo isso é tão tragicamente hilário. - disse a ele.

- Ai...on-onde estamos? - nos surpreendemos com a voz rouca do Andrew, ainda de olhos fechados.

- Estamos bem, não faça esforço, ok.

- Harry, Oliver, vocês vão ter que carregar ele, já que não é seguro aqui. Se seguimos por mais alguns minutos, vamos chegar em uma cidadezinha, e lá podemos descansar.

•°•°•

Nós andamos durante um longo tempo, mas a tortura maior foi ter que aguentar o Oliver cantando, e quando tentamos pedir para ele parar (no caso eu), ele disse que não era para nós que estava cantando e sim para as plantas, e que elas não reclamavam.

O Harry e a Kyal, conversavam em outro idioma, e ela dava algumas risadas suspeitas, provavelmente estavam flertando.

- Graças aos Deuses! - eu exclamei. - Já estamos chegando.

- Tá, mas qual vai ser a desculpa? - falou o Oliver. - Nós somos cinco adolescentes, saindo do meio do mato carregando um corpo.

- A mais óbvia, vamos falar que  fomos acampar, o Andrew, escorregou em uma rocha, que não sabemos onde está o carro, provavelmente foi roubado, e nós andamos até aqui para procurar ajuda.

- Daum, eu sei que a situação parece muito simples, mas você mente até bem demais, me lembre de não confiar em você.

- Então vai ser assim, bem vindos a Balywood. - Kyal falou.

•°•°•

É o que dizem, quem é vivo sempre aparece! Eu espero que vocês tenham gostado. 😊

Don't forget ⭐