Daniel Seavey o filho da presidenta dos Estados Unidos; bonito, carismático e com personalidade forte. Um diplomata nato. O queridinho da mídia norte americana.
Corbyn Besson filho da realeza britânica, o príncipe mais adorado do mundo. O típico p...
"okay, crianças eu preciso treinar meu discurso para essa noite, então eu vou estar na próxima cabine, se precisarem de algo é só chamar. " avisa Keri Seavey.
"só me acordem quando chegarmos."- Pede Zach, colocando sua máscara de dormir, se ajeitando na poltrona.
"como ele consegue? o avião ainda nem partiu" - comenta Anna.
" isso é para disfarçar o seu medo mórbido por aviões. "- falo alto, para ver se meu amigo faz algo. - " o que está lendo ? " - peço, Anna me mostra um matéria de duas páginas intitulada; loucura do casamento real.
" não me olha assim." - pede assim que reviro os olhos. " qual é? eu preciso saber mais de como vai ser, como o príncipe vai me chamar para dançar"- eu levanto uma sobrancelha, ela é doida?- "Corbyn não vai levar ninguém no casamento, segundo os rumores o príncipe estava de rolo com a herdeira belga mês passado. Como ele não está com ninguém agora é a minha chance. - completa mexendo no cabelo, fingindo seduzir alguém, me fazendo rir. - " ou você prefere dançar com o príncipe? "
" você é ridícula."
"e você está vermelho" - fala me provocando. "Daniel está vermelhinho." - Grita, agora até Cash, o segurança está rindo. "essa birra que você tem com ele é ridícula sabia, vai dar problema ainda." -não é birra tá talvez seja birra. Mas os tabloides, o mundo, decidiram me comparar a ele, nunca me pareceu certo, segundo a capa da minha GQ dos meus dezoito anos eles me definiram como puro carisma, inteligência e humor cínico. E agora, as pessoas querem me comparar com o senhor os sorrisos plácitos, cavalheirismo cortês e caridade fajuta o típico príncipe encantado. E tecnicamente o papel dele é bem mais fácil, tudo fingimento.
" segundo as porcentagens; se o primeiro-filho não se cuidar vai resultar em mais de quinhentas mortes de civis. Noventa e oito por cento de chance de Corbyn estar super gato. Oitenta e oito por cento de chance de Daniel ser banido do Reino Unido para sempre. E sessenta por cento de chance de isso desencadear uma crise internacional. "- fala Zach. "só estou analisando riscos. Você não é o único que entende de política internacional"- completa piscando. Porque diabos eu fui ser amigo da pessoa mais nerd sobre política que eu poderia encontrar. Decido ignorar os dois pelo resto da viagem, enquanto eles dialogam sobre como seria minha dança com o príncipe. São patéticos.
"ridículo isso."- completo ainda falando sobre o ocorrido. O príncipe chamou Anna para dançar, so para tirarem fotos. Quer dizer não que minha irmã não seja bonita, ela é, mas todos sabemos que ele só fez isso para sair bem nas fotos.
"dá para calar a boca" - pede Anna alto demais arrancando alguns olhares.
" Meu deus, eu vou comer essa toalha, eles acham que aquele pratinho de nada ia saciar a minha fome?" -Reclamo tomando mais um copo de uísque. Faz cinco horas que essa chatice começou e já cumprimentei uns sei lá quantos, ministros,viscondes e outros pau mandados da coroa.
"eu juro que se eu ouvir você reclamar mais uma vez, eu vou até a rainha e obrigar ela a servir mais comida." - Sussurra Anna.
"eu adoraria ver isso" -comento sorrindo.- " as manchetes de amanhã seriam: primeira- filha entra em briga com vossa majestade , veja como a jovem perdeu para a rainha reptiliana" - completo fazendo-a rir alto demais, arrancando um olhar repreensivo da minha mãe, pois tecnicamente devíamos estar prestando atenção no que, sei lá o visconde? está falando. Sorrio e sussurro de volta; "vou achar algo para comer, já volto" - falo me distanciando antes que qualquer uma consiga reclamar. Uma curiosidade quando eu bebo eu fico com fome, e como eu já estava com fome antes beber, agora depois de três copos de uísque eu estou faminto, e quando eu fico faminto eu fico mau humorado. Sigo o garçom em direção ao que acho que deve ser a cozinha. Esbarro em uma mesa, droga a bebida já está fazendo efeito. Ando até o final da cozinha onde avisto uma mesa cheia de docinhos, todos ali parecem ignorar a minha presença, ou estão entretidos demais com os seus afazeres. Puxo uma cadeira e sento ao lado da mesa, apreciando todos os docinhos possíveis.
"devo chamar a guarda real? "sinto um arrepio assim que escuto a sua voz.
"desculpa atrapalhar vossa alteza real." - falo com certo desdém fazendo uma reverência.
" porque você sempre tem que falar com esse tom de ironia? " - pede Corbyn, pegando um docinho da mesa. Já passou cinco horas de festa e seu cabelo está igual a antes, acho que nem se bater um vento ele se mexe, e esse terno preto deve custar o que 10 mil? Que ridículo.
"não sei do que está falando, aliás foi você que começou chamando minha irmã para dançar, sério isso?"
" que tipo de calheiro seria se não chamasse a primeira-filha para dançar? " - Uma pessoa normal penso.
"vai dar uma bela matéria."- comento.
" não melhor do que como você disse; primeira-filha entra em briga com vossa majestade, veja como a jovem perdeu para a rainha reptiliana." - fala o príncipe sério, se eu não soubesse que ele não sente nada, acharia que está com raiva.
"pelo menos eu falo o que penso." - digo, esbarrando em seu ombro, e seguindo para o salão. Ele deve pensar que eu esbarrei por querer, foi a bebida, mas nem pensar que eu vou me desculpar com o príncipezinho. Estou de volta no salão, ah olha o bolo de 30 mil, sinto um puxão, me viro e dando de cara com Corbyn de maxilar travado. Uau um príncipe brabo isso é novidade para mim?
"escuta aqui Seavey, se você acha que pode entrar aqui e me tratar com esse seu cinismo você está muito enganado, eu exijo um pouco de respeito. "- fala com um sorriso falso e ajeitando o cabelo, sempre sorrindo. Reviro os olhos, vai se foder.
"ah desculpa vossa chatice real, pelo meus modos grotescos. "- digo fazendo uma reverência. Encaro Corbyn , me virando para sair daqui, mas antes que eu consiga dar um passo, um garçom aparece, me fazendo recuar esbarrando no príncipe e levando tudo para o chão, inclusive o bolo.
"puta merda"- escuto Corbyn praguejar, pelo menos agora sei que ele não é um robô. Estou prestes a rir, quando encontro o olhar de minha mãe. Estou morto, escuto vários flashes, é estou fudido. E isso tudo é culpa dele.
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