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                               Daniel

Presenciar minha morte seria melhor do que essa ceia.  Na verdade isso lembra a minha morte já que parece um FUNERAL.  Se eu soubesse que a presidenta não mandaria o FBI me sequestrar e me manter em cativeiro até o final dessa noite detestável, eu sairia pra beber nem que fosse sozinho.

Qual é eu não devia reclamar minha mãe está feliz agora, casada novamente, a campanha está ótima, Anna conseguiu escrever a matéria investigativa que tanto queria. Todos estamos felizes.
E como todos os anos estamos vendo vídeos antigos da família. O que seria melhor do que olhar vídeos gravado pelo seu pai morto?

"Filho, olha, agora , essa é a melhor parte."- Grita minha mãe animada apontando para a tv. Está passando o vídeo do meu debate da sexta série sobre igualdade de classes. Em que comecei uma briga com o professor de sociologia, não tinhamos as mesmas opiniões. Ou seja, ele tinha uma opinião burra. Meu pai é o primeiro a gritar assim que acabo a minha fala. Foi nesse dia que eu decidi o que queria fazer; ser o membro mais novo a entrar no congresso. Me lembro do sorriso que ele abriu assim que eu contei, ele falou; se é isso que você quer eu vou apoia-lo, mas devo dizer, isso vai ser difícil pra cacete. Mas você é um Seavey isso não será um impecilio.  Ele foi o mais novo a entrar para o congresso.

"Meu deus eu amo essa cena. "- grita Anna. Agora nós estámos no chalé de campo. Era férias e queríamos dar um tempo da cidade, naquele ano mamãe se candidatou ao congresso e nossa vida estava uma loucura. Naquela época ninguém imaginava que mamãe se canditaria a presendência. Nem que um acidente de carro mataria papai. Sinto o gosto de sangue na boca.

"Filho."- escuto minha mãe me chamar. Não volto para o sofá, sigo para o corredor a passos rápidos. Vou ao único lugar que ninguém vai me encontrar. O telhado.

Sinto o gosto metálico na boca, meus olhos ardem e  minha garganta fecha. Respira.

"Daniel? "- escuto sua voz e só então percebo que estou segurando meu celular. E que tem alguém me chamando do outro lado da linha. Afasto o celular e vejo o nome do Corbyn piscando. "Daniel"

"Hey"- respondo tentando engolir o nó que está se formando. Sinto um soluço ,trancado. Eu fungo"droga de alergia." minto.

"Daniel"- chama. Merda de fuso horário. Por que diabos eu liguei?

"Ahh merda..."- eu devia ter ligado para o Zach ou para Chris , mas todos sabemos que eu não faria isso, nem se eu estivesse tendo um ataque cardíaco, Zach está com a família na grande ceia da família Herron e Chris está esquiando então eu definitivamente não ligaria para nenhum dos dois. Mas porque caralhos eu liguei pra ele? "Desculpa, olha eu só queria...ah esquece eu não deveria..."- sinto minha mãos tremerem. "não queria te atrapalhar."- falo por fim.

"não, tudo bem... a maioria das pessoas já estão dormindo só está eu e a Ash."

"Oi Daniel."- escuto o cumprimento da irmã de Corbyn, e aceno com a cabeça, mesmo ela não podendo me ver. "Você tem que ver como Corbs está, com um pijama natalino a coisa mais linda do mundo tem... "

"Ta tá Ash."- fala Corbyn interrompendo-a. "Você poderia nos dar um minuto"- pede. Estou prestes a desligar, quando percebo que não é para mim o pedido. Escuto uns barulhos e o que parece ser uma porta se fechando.

"Dani." - chama Corbyn alguns segundos depois do silêncio. Silêncio não, agora meu soluços conseguem ser bem audíveis e por algum motivo eu não tento esconde-los.

kings - dorbynOnde histórias criam vida. Descubra agora