Capítulo 1 - Oito pessoas no xilindró e o panelaço de uma ômega pistola

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Park Chanyeol sabia que era melhor não ter aceitado o convite de Minseok para irem à tal boate perto da faculdade de ambos. Algo lhe dizia em seu âmago para não ir, sendo o primeiro sinal da sua lista. Ainda mais quando chamaram Zitao para os acompanhar e o mesmo disse que possuía um mau pressentimento sobre aquela saída; um fato verídico: os presságios do beta lúpus não falhavam, jamais. O segundo sinal. Nem Yixing, o maior amante de uma pista de dança, queria ir naquela noite. Alegou que ler o seu livro de romance seria mais interessante do que uma festa, o que em outra ocasião, provavelmente não seria bem assim. O terceiro e último sinal. Mas apesar de todos os sinais que o mundo havia lhe dado, o que Chanyeol fez? Isso mesmo, ignorou-os, todos eles. Xiumin parecia tão convicto de sua decisão que o convenceu, além do mais, não deixaria o seu melhor amigo ir sozinho para aquele lugar; foram juntos. No fim, gostaria de ter ouvido as vozes da razão, pois talvez, só talvez, não estariam naquela enrascada agora.

Kim Minseok estava pos-ses-so. Irritadiço consigo mesmo por ter se permitido cair na lábia maldita de Kim Jongdae, seu arqui-inimigo e em toda aquela palhaçada que Yixing havia lhe dito. Onde estava com a cabeça quando se submeteu ao que não gostava para provar algo à aquele grandessíssimo imbecil? Não fazia a menor idéia. Tudo ainda era muito estranho para si. Em toda a sua vida, nunca sentiu necessidade em mostrar algo para qualquer pessoa que fosse, apenas para as suas mães, Hwasa e Moonbyul, que eram suas fãs de carteirinha. Sentiam-se orgulhosas até com as singelas notas azuis em seus boletins escolares e sendo sincero, queria saber qual seria a reação delas ao verem seu primogênito em tal situação.

Kim Jongdae só queria ir embora. Nunca imaginou que a sua rixa com Minseok chegaria em um nível tão alto ao ponto de brigarem fisicamente. Tudo saiu do controle. Piorou ainda mais quando acabaram, mesmo sem intenção, envolvendo os seus amigos nisso. Eles, que só queriam os separar, finalizaram sua noite, junto aos dois, em uma delegacia de bairro. Foi tudo muito rápido, a polícia chegou poucos minutos depois da discussão acalorada, avisados por uma denúncia anônima e levaram os oito, fim de história. Jongdae tinha uma espécie de desentendimento esquisito com o alfa mais baixo, não sabia explicar, mas achava ridículo como a pessoa mais odiosa da sua vida conseguia arrancar toda a sua calmaria, o fazendo desejar subir pelas paredes apenas ouvindo a sua respiração, era realmente impressionante.

Kim Jongin estava quieto. Observava atentamente os dois que os trouxeram para aquela situação, não com raiva, nem nada do tipo, apenas prevenia-se de um novo conflito que acarretasse alguma complicação para a situação em que se encontravam. Tudo isso, porque havia prometido aos seus pais que não se envolveria em brigas. Apenas aproveitaria a sua noite da melhor maneira possível, seja dançando e bebendo ou admirando a beleza de certos ômegas com cheirinho de chocolate.

Oh Sehun se encontrava no mundo da lua. Era até engraçado como ele havia deixado todo o espírito debochado de lado, para simplesmente deitar a sua cabeça no ombro do melhor amigo. Seu olhar se perdia fixamente em uma parede branca, todo taciturno. Do Kyungsoo, achava sinceramente que algo tinha acontecido com o mais novo, porém deixaria para perguntar depois, em uma ocasião melhor.

Outro que participava do grupo de silenciosos anônimos era Wu Luhan. O alfa já era caladão por natureza, mas o seu silêncio, daquela vez, estava diferente. E como nada passava despercebido pelos olhos de águia de Byun Baekhyun, minutos antes na festa, havia notado as movimentações estranhas do alfa e de outra pessoinha em especial, além de que, conhecia muito bem o mais velho e possuía a total certeza de que tinha caroço naquele angu. E ele faria questão de cutucar a onça com vara curta para obter as informações que queria.

Do Kyungsoo achava aquilo tudo o mais puro tédio. Acariava os fios sedosos de seu melhor amigo, pensativo sobre o que poderia estar fazendo naquele momento, se não tivesse se deixado ser vencido pelas vontades do irmão; maldito seja o arruivado e o seu bom papo. Poderia muito bem ter convencido um certo alguém à lhe fazer companhia em casa, assistindo um filme e comendo chocolates, aah... era tudo o que o ômega mais desejava.

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⏰ Última atualização: Apr 26, 2020 ⏰

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