Capítulo 13

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Eu acredito em segunda chance, só não acredito que todo mundo a merece.

AmandaRocha769

(...)

Eu não sei como Nicholas aguenta ser um Conde! Ele foi viajar ontem a tarde, para resolver um importante assunto com os vampiros do sul.

Eu não pude ir, como sou a Condessa, tive que ficar aqui e cuidar de tudo.

Estou no escritório do Nicholas, me rodando na cadeira dele, sou madura, não é mesmo?

Aqui tem completamente o cheiro dele, o que acaba me fazendo não me concentrar muito nas coisas.

Todo momento tem alguém batendo na porta, me entregando alguma coisa.

TOC TOC

Só foi eu falar que bateram na porta, Maravilha!

- Entre - falo colocando alguns documentos na gaveta.

- Tem um senhor que deseja falar com o Conde, mais como ele não está, Então vc precisará falar com ele - falou a moça.

Pela cara dela, ela já está cansada de subir e descer escadas, me entregando  papeis.

- Pode mandar ele subir, por favor - falei e ela concordou com a cabeça.

Fechou a porta e finalmente fiquei só novamente.

O cheiro do Nicholas faz eu me acalmar.

TOC TOC

- Entre - falei e respirei fundo.

- Licença - falou um homem entrando.

Me levantei o comprimentando.

- Sou Ricardo, prazer Condessa - falou o Homem.

Ele é bem alto, cabelos pretos escuros, olhos pretos escuros, pele completamente branca, está de terno, bem formal, e está cheio de papeis na mão, incrível, mais papeis!

- Prazer Ricardo, sou Eliza - falei me sentando e indicando para ele fazer o mesmo.

- Bom, eu trouxe alguns papeis no qual vc deve assinar e também vim informa um assunto importante - falou pegando os papeis e me entregando.

Pego os papeis e o avalio.

Bem grande no papel, está escrito "PERIGO".

Confusa olho para o rapaz a minha frente.

- Acho que vc já foi informado, que há algum tempo vários seres sobrenaturais estão sendo atacados - falou e eu assenti com a cabeça - As coisas estão piorando, desta vez atacaram um orfanato de vampiros.

Será que Arthur veio desse orfanato?

- E com isso alguns lobos morreram, o conselho soube do acordo de paz com os lobos, e que vão lutar juntos por essa batalha - falou Ricardo mexendo nos papeis - Aqui tem algumas imagens de como ficou o orfanato depois do ataque.

Pego as imagens, as analisando.

Levo um choque ao ver sangue em toda parte, os móveis estão derrubados.

A ultima imagem me faz paralisar...

Na parede, escrito com sangue.

"Eu vou te achar, e matarei qualquer pessoa que eu ver, principalmente as pessoas que me impede de te achar, o orfanato é umas das provas disso. "

- Condessa? - chamou Ricardo me tirando dos meus pensamentos.

Desvio meus olhos da imagem, depois de ficar tanto tempo, a olhando...

- Eu posso ficar com as imagens? Quero mostrar para o Conde, ele chega hoje a tarde - sussurrou um pouco em choque.

- Pode sim Condessa, eu já vou indo - falou se levantando - quer eu peça algo? Vc não parece muito bem.

-...Não, não precisa, pode ir - falei tentando sorri sem parece forçado.

Ele me olhou uma ultima vez e saiu.

Olho para a imagem e tento não deixar a raiva me controlar.

VAGABUNDO!

Elas são crianças, elas não merecem morrer cedo por vc querer meus poderes!

Elas são só bebês, que merecem proteção, ter amor de uma família...

Precisam de cuidados...

Ele está mostrando ser capaz de qualquer coisa, só pelos meus poderes.

Eu não posso deixar ele matar mais ninguém.

Saio do escritório, tentando tirar isso da minha cabeça.

Vou a procura de Arthur, o mesmo está na sala, brincando com alguns carrinhos no tapete.

- Oi pequeno - falei entrando na sala.

Ele me olha e sorri.

- Quer vir brincar comigo? - perguntou pegando um brinquedo.

O olho..

Imagens do orfanato cheio de sangue vem na minha cabeça.

- Eu vou resolver umas coisas e já volto pra brincar com vc - falo saindo da sala rápido.

Entro no meu quarto e me sento na cama tentando me acalmar.

- "o orfanato é umas das provas disso. " - ouço baixinho

Essa frase não sai da minha cabeça... Ela fica se repetindo, eu não consigo fazer parar.

- Para, por favor - falo sentindo minha cabeça começar a doer.

- "o orfanato é umas das provas disso" - ouço sussurar perto do meu ouvido.

Tento ficar em pé, vejo as coisas a minha volta flutuarem.

- Para - sussurro sentindo lagrima caírem pelo meu rosto.

Começa a vir imagens de crianças mortas, sangue pra todo lado, gritos de criança, choros dela com tudo na minha cabeça.

Fechos meus olhos tentando para de ver, os gritos e choro das crianças começaram a aumentar, sinto as coisas balacarem em volta de mim, e sinto algo atingir minha perna, o que faz doer.

- CHEGA - Grito irritada e tudo para.

As vozes, as imagens....

Sinto minha cabeça doer e olho em volta vendo tudo girar.

Está uma bagunça.

E vejo a escuridão me tomando aos poucos, sinto meu corpo cair no chão.

...

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