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❒𖥻ꦼꦽ➮ Jack Avery.

Depois de um longo e tortuoso caminho na companhia de Lua, chegamos na frente da casa dela, a qual me surpreendi em ver que não se tratava de uma mansão mal assombrada.

Ela saiu do carro apressada quando eu estacionei e eu fui logo atrás, vendo ela se irritar procurando suas chaves.

— Minha irmã tá na sala, só sobe as escadas.

Ela diz enquanto abre a porta, logo me empurrando para dentro. Uma garota de uns 12 anos estava no sofá e nos olhou assim que entramos.

— Oi. — Cumprimento e ela acena, voltando a atenção à tv.

— Surdo. — Ouço Lua murmurar enquanto subimos a escada.

Em um momento, ela toma minha frente e eu sigo ela até seu quarto, observando tudo em volta. Pego um quadro que havia na cômoda.

— Isso é você criança? — Dou risada apontando pra garota de aparelho com os cabelos mais claros.

— Você veio buscar o skate ou me encher o saco? — Ela diz impaciente.

— Um pouco dos dois. — Sorrio cínico em resposta. Lua revira os olhos e pega o quadro, colocando no lugar.

Logo, ela segue até um armário ali e o abre, revelando no mínimo, oito skates diferentes. Me aproximo curioso e ela se senta em sua cama, me olhando.

— Meu deus. — Falo impressionado, pegando um deles. — Esse aqui é perfeito.

— Fica com ele então. — Ela diz e eu a olho tentando ver se ela falava sério ou não.

— Por que não quis me dar o roxo? — Me bate a curiosidade, já que ela recusara com facilidade meu pedido anteriormente.

— Não é da sua conta. — Ela desvia o assunto. — Vai ficar com esse mesmo?

— Sim... — Falo após dar uma olhada rápida nos outros.

— Ótimo. — Ela fala saindo do quarto.

— "Ótimo". — A imito com uma voz fina e vou atrás dela.

Descemos a escada e antes de sair, ouço ela resmungar algo com sua irmã que retrucou de volta e ela ignorou.

— Podíamos treinar juntos qualquer dia. — Sugiro e ela faz uma careta.

— Não, valeu.

— Como você é chata, eu estava tentando ser legal. — Reviro os olhos e cruzo os braços. — De qualquer jeito, vai me ver no fim de semana.

Comento ao lembrar que eu iria competir com o representante de San Francisco. Era as semifinais e se eu ganhasse dele, e Lua ganhasse do representante de San Diego, competiríamos juntos na final.

— Boa sorte, vou torcer contra. — Lua comenta com um sorrisinho no rosto.

— Quando me ver ganhando, não se apaixone. — Me exibo, descendo a pequena escada da varanda. — Vou mandar um beijo pra você.

— Tchau, Jack. — Ela dá ênfase após dar uma risada soprada e fecha a porta na minha cara.

skater boy ᪥ jack avery Onde histórias criam vida. Descubra agora