único

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|Dicionário|

(S/N)↬ Seu Nome.
(S/S)↬ Seu Sobrenome.
(C/C)↬ Cor Cabelo.
(S/A)↬ Seu Apelido.
(T/P)↬ Tom De Pele.
(C/O)↬ Cor Dos Olhos.
(T/A)↬ Tua Altura

Decidi publicar minha obra também aqui, espero que gostem!

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2300 palavras.

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A cabeça se emergiu de dentro d'água com um 'glup' molhado. O vento lhe bateu contra a face lisa, causando-o um arrepio e o frio tomar conta de sua derme. Seu aparecimento premeditado no recinto, não foi percebido pelo grupo de homens altos e robustos que estavam a conversar alto e discutir planos de viagens para o Egito, o que ajudou a criatura exótica a se esquivar de escândalos.

Tudo, até naquele momento acontecia com tanta calmaria, tendo em conta que as últimas vezes em que esteve tão próxima de humanos geraram boatos medíocres e desvalorizados de si, denominando-a como monstro e outros nomes aberracionais. E aquilo, naquele momento, estava tão calmo que a cabeça de cabelos C/c molhados, começou a desconfiar, achando tudo bom demais para ser verdade, o que realmente era.

Demorou um pouco, mas depois de olhar em volta com mais atenção, bateu seu olhar no fundo do cenário na qual a noite reinava, onde em meio há várias árvores-coqueiras, olhos azuis como o oceano lhe observavam, era tão obcecado em apenas a encarar que nem ao menos piscava direito, parecia perplexo, os olhos oceânicos mostrando enorme dúvida no que via. A criatura então, para tentar conservar sua paz naquela noite tão linda, fez-se que não viu nada, indo tão lentamente para debaixo d'água quanto havia subido. Seu pescoço já se afundava por inteiro, quando o barulho de folhas se remexendo na direção de onde havia visto o humano, trouxe sua atenção e seu receio de volta a reinar em sua mente. Tentou ser mais rápida, jogando toda sua calmaria para o espaço e tentando entrar para a água o mais rápido possível, o que esqueceu foi que aquele ponto era raso demais, o que levou sua cabeça a bater contra a areia soterrada.

Finalmente se ergueu novamente para a superfície, seu olhar indo em desespero de encontro ao do humano, que agora parecia tentar passar o máximo de confiança possível pelo olhar, para não espantar a criatura que queria ter a certeza de que era real e não fruto de sua imaginação. O que pareceu funcionar.

De repente o medo que tinha se transformou em curiosidade. Por que aquele humano não estava gritando e berrando coisas desconexas em completo espanto? Havia notado isso apenas depois de se acalmar um pouco.

A investida de interesse pelo humano em si, fez com que aquele ser envolto em água, com guelras no pescoço, aproximando-se mais da madeira velha da balsa onde aquele humano estava, agora deitado sobre a superfície da madeira com a cabeça virada em sua direção.

A distância dos corpos ia se distanciada ao tanto que a sereia ia se erguendo para alcançar a madeira e apoiar-se com os cotovelos, para assim ficar cara a cara com o humano.

Agora atmosfera estava mais pacífica para a sereia, que não ligou de observar o humano com mais atenção, vendo todos seus traços e sua fisionomia. Nunca havia visto um humano tão de perto como via agora, sempre os achou semelhante a si, mas, agora, via a diferença gritante entre suas formas. O rodeou e acabou por notar as pernas grossas cobertas por um pano negro, notou também que ele não possuía guelras pelo pescoço e peito, como também não possuía órbitas negras e pupilas afiadas como as suas.

Aquele humano macho era tão diferente dos tritões aos quais já esteve perto.

— Reino humano, certo? — Sua curiosidade por informações da outra etnia, ao qual tinha em presença finalmente, falou mais alto, fazendo com que a entidade marinha se pronunciasse primeiramente que o homem que a observava com extremo fascínio.

Oceano - Imagine Jotaro KujoOnde histórias criam vida. Descubra agora