Fazenda de Baixo

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Há muito tempo atrás, no tempo que os homens andavam em carroça e as moças só pensava em casar, existia uma fazenda grande por nome Fazenda de Baixo. Essa fazenda pertencia a um homem mau, não apenas mau, ele era cruel mesmo até não poder mais. O que mais o divertia era ver os pobres negrinhos trabalhando debaixo do sol escaldante e se parasse pra respirar logo seria açoitado, ele não tinha pena de ninguém adorava mandar açoitar escravo por mais diversos motivo: podia ser falta grave como roubar algo pra comer na cozinha da Casa Grande ou simplesmente olhar nos olhos dele quando ele tivesse falando. Esse homem por nome Borgorio, calma Borgorio era o sobrenome dele, o nome dele mesmo era Andriso e ao todo era Andriso Borgorio Serrabode ou como ele gostava de ser chamado: Coronel Borgorio.

Ele tinha duas filhas. Porém não dava pra acreditar que as duas moças eram irmãs de tão diferentes, tanto na aparência quanto na atitude. Uma a mais velha, por nome Carlota, era feia, feia não horrível mesmo parecia uma bruxa acabada e além de ter puxado a feiúra do pai puxou também a malvadeza. A Carlota era pior do que café amargo, nada a deixava mais contende do que ver a desgraça alheia e principalmente de sua irmã mais nova de quem tinha uma inveja tremenda. A mais nova, por nome Sara, era um doce de menina um anjo em nada se assemelhava com sua família horrível, todos na fazenda a adorava por ser uma criatura tão doce que só fazia o bem. Ela adora ajudar sua amiga Dasdores nos afazeres domésticos e conversar com a cozinheira a mãe da Dasdores dona TICA ou Mãe Tica como todos a chamava, na verdade ela era mãe da mãe da Dasdores.

Certo dia como todos os dias na fazenda todos acordava cedo pra começar seus afazeres diários. O Coronel Borgorio, como todos os dias, acordava cedo e ia direto ao canavial pra admirar aquela imensa plantação que perdia de vista e quando mais ele passava no campo pra vê aquela boiada que não acaba mais todos os bois bonitos e formosos e vaca leiteira cheia de leite e saúde,  também gostavam de bulir com alguma negrinha bonita, a força, lógico, porque ninguém queria aquilo de bom grato, e depois de tudo ele pegava sua cadeira de balanço ricamente decorada e colocava na varada pra admirar a sua enorme propriedade se sentindo o homem mais importante da terra. A Carlota era uma exceção ela só acordava quase na hora do almoço era preguiçosa demais pra até tomar banho, porem quando ela acordava já começava a infernizar a vida de todos já arrumava um jeito de um negro e por no tronco ou fazer alguma das crianças das escravas chorar com aquela cara feia. A Sara era a quem acordava mais cedo da família, acordava junto com as Dasdores que acordava mais cedo que galo pra ajudar a mãe na cozinha, pegar o ovo no galinheiro, pegar as verdura na horta e fazer a faxina e em tudo isso a Sara tava junto ajudando em tudo. Porém nesse dia uma coisa aconteceu que mudou o rumo de toda a história, uma visita inesperado que mudaria a vida de todos.

A tardinha o sol já quase se despedindo, chegou à varada onde Coronel estava seu fiel capanga o capataz Agripino dando uma noticia:
- Coronel desculpa a impertinência, mas tem um moço na porteira querendo entrar.
- Quem é o sujeito?
-Ele não disse parece meio perdido.
- Pois manda pastar. Deve ser um daqueles que anda por aí querendo tirar proveito de gente de bom coração que nem eu.
- Senhor esse aí o Coronel deveria acomodar.
- E por quê? Que ousadia sua agora vindo me dizer quem eu devo ou não acomodar na minha casa?
- Me perdoei meu Senhor Coronel não falou por mal, é que ele traz no peito o brasão do reino.
-Mas por que você não disse logo, criatura? Ele deve ser o príncipe ou pelo menos conhece o príncipe pessoalmente vai buscar o homem que ele esta esperando, vai logo.
- Sim SENHOR.
E foi.

Um pouco mais tarde...

Chega o moço na varanda e pede pra o capataz o anunciar:
- Senhor Coronel Borgório esta entrando na sua casa o príncipe herdeiro do trono de Três flores, filho do nosso rei D. Gregório IV, D. Alex de Macedo Burtchere.
O príncipe entrar é um rapaz lindo o rosto angelical.
- Muito prazer Vossa majestade, é um imenso prazer e honra ter em minha residência. Sou o Coronel Andriso Borgorio Serrabode.
-Prazer é todo meu e muito obrigado por me acolher, é estava caçando e me perdi do grupo e fiquei andando há horas a ermo até topar em sua porteira.
- É um honra. Quero que você conheça a minha filha Carlota, (E aos gritos ele chama) Carlotaaa.

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