Acidente no banheiro, e uma ocorrência por boladas

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Nota: Oi oi, essa fanfic também está disponível no Spirit!

Primeiro Jantar em família.

Barulhos de palitinhos chineses batendo uns contra os outros eram os únicos sons vindos das pessoas na mesa redonda. Respirações tranquilas, menos pela loira e pelo garoto albino, que respiravam ofegantes, até mesmos arrastados. Era uma respiração nervosa, uma respiração incomoda. E eles estavam incomodados. Aturar-se na escola já seria um desafio, agora em casa?

Maka encarava Soul mortalmente e Soul tentava fingir que não recebia o olhar brilhante como navalhas, mas era um tanto difícil quando se tratava de Maka. Seus olhos verdes brilhavam de ódio e agitação. Soul ficava cada vez mais desconfortável mas tinha descido que não iria causar um escando na mesa. Pelo menos não naquela noite.

— Então, Soul — Spirit chamou, tirando a tenção dos ombros dos jovens na mesa — Como está sua mãe? Faz alguns anos que eu não a vejo.

Soul se mexeu desconfortável, se arrumou na cadeira e pigarreou.

— Ela está bem senhor, mas não acho que ela tenha mudado muito, sabe? Ela continua exigente e rabugenta — Deu seu melhor sorriso amarelo.

Então ela viu. Todos viram. Os dentes afiados, como não tinha visto antes? Eram como adagas banhadas em prata. Dentes brancos e afiados como os de uma ferra. Todos na mesa olharam com assombro para os dentes pontiagudos. Soul não entendeu, ele viu Mathew se encolher na cadeira, Mikie encarrarem com cautela, prevenindo mesmo se aquilo era realmente real ou não. Spirit parecia que se lembrar de alguma coisa, uma coisa que não parecia nada boa. E por fim seus olhos caíram sobre Maka, diferente dos outros ela parecia interessada. Curiosa talvez. Mas ele também podia ver certa desconfiança, como se estivesse com medo de que ele atacasse.

Atacasse!

então um estalo. meus dentes! Merda, ele pensou e fechou a boca com celeridade. Ele olhou para todos na mesa antes de abaixar a cabeça de volta para sua comida. Agora ao invés de ter somente a loira o encarrando com fúria, havia mais três pares de olhos o analisando com desdém.

— B-bem — Gaguejou Spirit — pensei que ela não teria mudado. Mulher difícil sua mãe, muito difícil — Disse tentando tirar agora, a tenção dos próprios ombros.

Silêncio, pela parte de todos, mas Mathew ainda está curioso. E uma criança curiosa nunca esquece tão fácil.

— Por que seu dentes são assim? — Mathew perguntou se sentando direito na cadeira e encarando Soul com curiosidade.

Soul se assustou. Não era sempre que as pessoas perguntavam ou tinham interesse em seus dentes, geralmente as pessoas tinham medo e o achavam estranho.

— Mathew — Spirit chamou ríspido — Não se pode sair perguntado isso para as pessoas.

— E por que não?

— Não, tudo bem — Soul disse sorrindo sem dentes — Meu dentes são afiados por que os do meu pai eram afiados — Soul foi gentil, apesar de tudo.

— Eles são bons para comer carne?

— Mathew — Mikie advertiu.

Sou riu, uma risada doce.

— São, são muito bons para cortar carne — Ele sorriu, mostrando as pérolas brancas dessa vez, e Mathew sorriu junto.

Maka olhava para aquilo com certo descrença, Mathew não gostava das pessoas tão fácil, não sorria nem falava com elas tão fácil. De certa forma seu coração bateu um pouco mais rápido ao ver o sorrisinho que o pequeno dava, e por mais que o sorriso de Soul fosse assustador, tinha alguma coisa que o tornava adorável, encantador, hipnotizante.

Cupidon et le démon blondOnde histórias criam vida. Descubra agora