Uma histórias tanto quanto bipolar

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Spirit olhou para a porta, ele coçava a cabeça e fazia cara feia. A esse ponto Soul já havia dado tchau a sua mãe Cosette, Mikie desceu as escadas e levou Mathew para tomar café.

O ruivo no andar de cima ligava para um marceneiro para consertar o rombo que sua filha tinha feito.

Soul vasculhou em meio as caixas por roupas limpas; tenho que arrumar essas caixas, ele pensou. O garoto pegou a calça do dia anterior e uma blusa limpa, e sem vontade nenhuma foi se trocar no banheiro.

As roupas foram jogadas na pia e Soul tirou a camiseta cinza. Era magro, mas não era fraco. O abdômen de garoto era bem definido, mas havia um grande corte passando por seu peito e barriga.

— Você podia ter ido embora sem fazer isso — Os dedos passaram por cima da cicatriz, e ele soltou ar pelo nariz.

De alguma forma não era doloroso, ele mau o conhecia, e ele nem se lembra da dor. Os pensamentos dele sumiram quando surgiu uma dor em suas costas. Ele se virou para o espelho e viu uma mancha roxa e dolorida em suas costas.

Maka não brinca quando esta nervosa.

O garoto resolveu tomar um banho quente, já que estava ali, porque não?! Ele entrou e sentiu a água quente cair sobre ele. Era relaxante, ao mesmo tempo em que doía por ter água quente e forte batendo em seu novo machucado roxo.

— Eu mereço — Soul balançou a cabeça em forma de negação e encostou a testa nos ladrilhos frios e molhados pelo calor do vapor. Preso em devaneio o sonho que ele teve veio a tona. O corpo de Maka suado, suas bochechas coradas e cabelos bagunçados — Como eu queria que ela fosse gentil comigo, mas nem em sonhos ela é.

Foi um banho rápido. Ele se secou com cuidado e colocou a roupa meio limpa. Ao sair viu Maka no corredor, suas bochechas estavam molhadas e seu rosto completamente vermelho. Ela o olhou com raiva e virou as costas.

Machucava a ver daquele jeito; ele não sabia porque, já que a menina era tão maldosa com ele

Soul bufou e saiu às pressas para o andar de baixo. O skate de Maka estava na escada, exatamente na direção em que Soul estava indo, e com a pressa ele não viu o bendito ali. O garoto escorregou escada abaixo, gritando e protegendo a cabeça pra não bater em nada.

Seu coração estava tão rápido que achava que iria morrer, ou que seu coração escaparia pela boca. Ele tentou segurar no corrimão de madeira da escada, mas só consegui dar mais impulso.

Soul gritou até chegar ao andar de baixo e arrebentar o skate quando caiu em cima dele.

— Soul?! — Spirit saiu da cozinha e veio rápido até ele.

— Aaiii — Foi a única coisa que ele conseguiu dizer. Orgulho? Quem precisa disso não é mesmo.

Mikie e Mathew saíram juntos da cozinha, Maka veio a passos lentos mas agoniados. E quando viu seu skate no chão quebrado em duas partes, ela foi até ele e se abaixou no chão, com a calça de couro era difícil, mas ela fez um esforço.

— Meu skate... — Ela disse pegando os dois lados partidos e os olhando com um misto de fúria e tristeza.

— Maka, Soul caiu da escada. Ele podia ter se machucado!

— D-desculpe — Soul disse se sentado no chão e passou passando a mão na cabeça — Eu não queria ter quebrado, só queria ter conversado com você sobre hoje de manhã, e...

— Tanto faz — Ela disse levantando do chão.

— Menina mau educada — reclamou e xingou a filha que foi em direção da cozinha sem dizer nada.

Cupidon et le démon blondOnde histórias criam vida. Descubra agora