Any
Casa dos Soares Beauchamp
15 de Janeiro
Alguns dias se passaram e as coisas estavam um pouquinho mais animadas. Faltavam dois dias para a primeira ultrassom do meu caçulinha. Provávelmente não veríamos o sexo, mas isso pouco importava, contando que o bebê estivesse bem.
Eu estava muito assustada com tudo isso. Me sentia culpada pelo que poderia acontecer.
Eu quase perdi meu filho.
Isso seria dor demais para mim, mesmo com os meus filhos.
Na verdade, sempre tive medo de não conseguir dar atenção suficiente às minhas crianças. Ainda mais que eles são tão pequenininhos.
Sol é uma criança incrível. Ela ajuda a todos como pode e vê o lado bom de tudo.
Lunna é mais nervosinha, segundo Josh, ela puxou a mim.
Jonah é Josh em tudo. Desde a aparência (isso é de todos) até o jeitinho de ser.
Summer é calma, arrisco a dizer que é a mais calminha dos 4.
Sinto uma conexão enorme com o bebê que está em mim. É como se nos conhecêssemos a anos. Isso me deixa tranquila, já que senti a mesma conexão com as crianças.
Josh baba em todos eles. Descobri um novo pai quando tivemos um menino. Ele estava acostumado a ser pai de meninas e acredite, há diferenças.
Penso que ele se sentia meio "preso" em relação a algumas coisas que ele poderia ou não fazer com as nossas filhas.
Mas isso mudou assim que Sol pediu para andar de skate com ele e Jaden na comemoração do seu 5° aniversário.
Eles amaram a ideia. Bem diferente de mim.
Flashback On.
Hoje é a comemoração do aniversário da minha menininha. Sol já está com 5 anos.
Todos os anos fazemos isso. Um piquenique enorme no jardim enorme da casa enorme.
Isso é mais para a família, até porque a festinha que vem uma semana depois é pra ela comemorar com os amiguinhos da escola.
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Já fazia algum tempo que estávamos no jardim quando Jaden resolveu pegar o skate para brincar com Josh.
Idéia de jirico.
- Papaiiiiiiii! - Sol gritou assim que viu o tio em cima do negócio de rodinhas ambulantes. - Eu quero ir com o titio Jad (se pronúncia algo como "Jay").
- Você está maluquinha, amor? - perguntei a ela. Minha sogra riu.
- Não, mamãe. Eu só quero andar no negócio de rodinhas com o titio.
- Ah, Any. Deixa ela vir. - bufei. Josh era pai dela e sabia o que estava fazendo.
- Ok. Mas toma cuidado, Solzinho.
Josh veio até nós e a pegou no colo. Levando-a até o maldito negócio de rodinhas ambulantes.
Flashback Off.
Mas a cena foi incrível. Os dois a colocando sentadinha no skate, enquanto Josh a segurava e Jaden puxava o skate por uma cordinha improvisada. Eles andaram pelo jardim todo.
4;40p.m
- Oi, amor. - Josh me cumprimentou quando entrou em casa. Hoje ele foi passar o dia na academia resolvendo algumas coisas.
- Oi, pedra. Como foi lá? - perguntei.
- Tudo normal. - ele falou desconfiado.
Tem grama nesse palheiro.
- O que aconteceu, Joshua? - perguntei.
- A Megan. - ele falou se jogando no sofá. As crianças estavam dormindo.
- O que essa maluca fez de novo?
- As mesmas coisas de sempre. Tentou me beijar e falou que eu a amava. - ranço. - Essa mulher é maluca, Any.
- Oh, jura?
- Sem deboche, Elly.
- Não estou debochando, amor. É que ela é maluca e todos sabem disso a muito tempo. Só você que não se deu conta.
- E eu me sinto idiota por isso, Any. Eu deveria ter mandado ela sair da academia quando nós brigamos por causa dela.
- Não se preocupe mais com isso, Joshua. Temos coisas mais importantes do que essa barata para focar. - sorri e ele me puxou para um beijo.
Sua boca tinha gostinho de chiclete de melancia. Uma delicinha.
Josh
Casa dos Soares Beauchamp
Dia da consulta, 2 horas antes.
Tenso.
É assim que eu me sinto.
Hoje é o dia da ultrassom do nosso caçulinha. Estou meio nervoso por ser uma gravidez um pouquinho mais complicada.
Não sei o que esperar, na verdade. Imagino que será como foi com os nossos outros filhos.
- Amor? - chamei Any.
- No quarto da Sol. - ela respondeu.
Fui até lá e Any estava separando uma roupa no closet da pequena.
- Já está pronta? - perguntei.
- Sim, só vou deixar a roupinha da Sol separada para ajudar Sabina. Ela sempre se confunde com as roupas delas. - sorriu e eu sorri também. - Pode ver se ela já terminou o banho? - perguntou.
Fui até o banheiro e encontrei Sol dançando.
- Sol?
- Oi, papai.
- Filha, você pode dançar o quanto quiser, mas não no chuveiro.
- Mas é mais legal quando a água bate enquanto eu danço, papai.
- Sabe, filha, o papai também achava que era mais legal dançar na água. Eu fazia muito isso quando era pequeno. Até que um dia, a vovó me viu dançando na água e falou as mesmas coisas que estou falando pra você. Mas eu não obedeci e continuei dançando.
- E o que aconteceu? - ela perguntou com os olhinhos arregalados.
- Eu caí e me machuquei. Fiquei sem poder dançar por 1 mês.
- Por que você estava de castigo?
- Não, porque o papai bateu bem forte o joelho no chão e eu não podia dançar enquanto o médico não deixasse. Você quer ficar sem dançar porque desobedeceu o papai?
- Não. - ela respondeu com um biquinho muito fofo.
- Então obedeça e não dance mais no chuveiro. Ok? - perguntei e ela assentiu.
- De dedinho, papai. - falou me mostrando seu pequeno dedo mindinho. Entrelaçamos e ela sorriu.
- Agora vamos porque já estamos atrasados.
Chegamos no consultório em cima da hora. É... ter filhos as vezes muda nossos planos.
- Estão nervosos? - a médica perguntou.
- Um pouco. - muitíssimo.
- Não fiquem, tem tudo para dar certo. Você fez repouso e se alimentou corretamente, Any?
- Sim, Doutora. Foi horrível todos esses dias sem poder fazer nada e só comer coisas verdes.
A médica sorriu.
- Mas foi necessário, querida. Agora você verá que o repouso foi bom para o neném.
- Assim espero. - Any respondeu girando a aliança em seu dedo.
Depois de algumas perguntas e processos como pesagem e verificação da pressão arterial de minha esposa, a doutora pede para que Any entre na salinha e se troque.
- Preparados? - assentimos - Então vamos lá.
- Havia me esquecido de como esse gel é gelado. - Any sorriu. Ela estava mais tranquila depois da conversa com a médica.
Peguei sua mão e uma imagem apareceu na tela. Não dava para entender nada, mas pelo visto, Luciana, nossa médica, conseguia ver tudo perfeitamente.
- Já pensaram nos nomes? - a médica perguntou.
- Se for menina, será Stella e se for menino será Oliver. - Any falou.
- Lindos nomes. Vocês tem bom gosto pra isso. - Luciana sorriu.
- Como o bebê está, doutora? - perguntei.
- Olhe e veja, Josh. - olhei e continuei na mesma. Acredito que fiz uma careta pois a médica começou a rir.
- Eu... não entendo... - continuei olhando para a tela e vi uma coisinha pequena dando voltinhas em Any.
- Seu bebê é completamente saudável e perfeito, Josh. - vi lágrimas saírem dos olhos brilhantes da minha esposa. Todo medo que estava sentindo, passou. Beijei a mão de Any e sussurrei um "eu te amo" para ela. - Sua Stella está perfeita!
MEUS. SANTOS. TÊNIS.
Stella é perfeita!
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Estou aqui pra pedir desculpa pela demora, mas bloqueio criativo existe e não é legal.
A história já está acabado e eu estou feliz.
Quando Revenge sair, eu aviso aqui!
