Capítulo 3

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O primeiro telefonema partiu da capital: uma ligação privada via celular de última geração em local remoto:

Voz 1: Mc Luinge, aqui.

(...)

Voz 2: Já disse para tentar responder de outra maneira quando for assunto desse tipo.

Voz 1: Tsc. O que você quer? Achei que já estávamos acertados?

Voz 2: Deu merda, Luge... ... ...

...Ligaram o último assassinato a Goodwin.

Voz 1: Quê!?

Voz 2: Veja só: Kashayla Prince foi muito mal escolhida. O local era ermo demais. Digamos que um certo pássaro tenha uma finesse que pode examinar todas as imagens de todas as câmeras de segurança que estão colocadas do lado de fora da cidade e processá-las ao mesmo tempo. Digamos que uma dessas câmeras captura o rosto de Kashayla Prince se dirigindo a um local completamente isolado... E minutos depois a mesma câmera captura um outro rosto. Até aqui, ok. Nenhuma prova definitiva. Mas digamos que muitos minutos após o acontecido o certo pássaro da finesse constata que nenhuma câmera captou nenhuma imagem na área a não ser a mesma imagem que capturara agora há pouco... Agora digamos que o mesmo pássaro seja deveras proficiente e não só tenha a habilidade de colocar as mãos nas imagens mas consiga fazer reconhecimento facial... E acaba confirmando certa semelhança no rosto capturado em imagem distorcida pela câmera e o rosto da foto do profile de um dos funcionários da equipe de segurança de um certo senador da república. Até aqui de novo... Nenhuma prova definitiva, apenas fortes suspeitas. Mas digamos que esse pássaro acabe contando suas teorias malucas para diversos outros co-funcionários que também possuem finesses de monitoramento... E só para verificar, sabe... Só para ter certeza... Alguns deles resolvam monitorar o segurança do senador por alguns dias.

Do lado da voz 1, antes da mesma responder, o dono do aparelho transmissor abaixa o mesmo e pragueja com gestos exagerados. Findado o momento de cólera, torna a conversar.

(...)

Voz 1: Cookie&Shrimp... Como-diabos-alguém-possui-uma-finesse-dessa!? Quem é esse pássaro? Precisamos nos livrar dele imediatamente!

(...)

Voz 2: Aí é que está, rapaz: o pássaro tem uma certa afinidade com o FBI. Acho que vai ser impossível se livrar... E por favor, não mencione meu codinome por aqui.

(...)

Voz 2: Veja só: se isso pudesse ser resolvido com violência eu tinha ligado para alguém violento. Liguei para um político porque isso só pode ser resolvido com política. E aí? O que me diz?

Voz 1: Aquele garoto desgraçado com cara de macaco... Precisava ter sido Prince? Tsc. Acho que é impossível ficar parado, não?

Voz 2: Ah, é bom que não fiques parado, meu rapaz. Seu segurança está ligado a você e também está ligado a nós... Se a imagem suja pode acabar dando um probleminha, sabe... Sendo assim... Está avisado. Você está indo bem, eu fiquei sabendo de Phillip. Mas queria te avisar mais uma coisa: Heckmann do homicídios não necessariamente é muito amigo de Phillip sabe? E ele recebeu uma menina interessante nessa terça na sala dele.

Voz 1: Eu sei. Estou sabendo. Mas agora me diga... Quem é esse pássaro? Como ele consegue fazer tudo isso?

Voz 2: Pelo que sei é um "ciborgue"... Zerubabbel o codinome dele.

Voz 1: Zerubabbel do FBI. Anotado. E Cookie&Shrimp... Por acaso você sabe...

Voz 2: Shhh!

Voz 1: ... Por acaso você sabe quem deu a ordem para esse ciborgue se meter? Isso não tem cheiro de coisa do FBI. Embora esses computadores saibam demais é difícil que eles se organizem para processar os dados eles próprios. Alguém deve ter tido a ideia. Alguém tem que ter dado o pontapé inicial.

Dwan GoodwynWhere stories live. Discover now