Capítulo XXXVIII

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Três semanas haviam se passado desde o dia em que Steve estava internado no hospital

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Três semanas haviam se passado desde o dia em que Steve estava internado no hospital. Todos os dias os filhos faziam questão de visita-lo, e isso o animava um pouco mais.

Mas já estava cansado.

Se sentia mais debilitado por conta da doença e sabia que no fim das contas, aquela internação não estava adiantando nada. Ele se sentia pior cada dia que passava, e para piorar, Hanna e Rusty revezavam as vezes que iam visita-lo porque um dos dois sempre ficava com Olívia em casa.

Câncer é a pior doença de todo o século, não há tratamento que dê a certeza de uma cura, não resiste um remédio específico para evitar ou proteger. É uma notícia e pronto, rezar para ter uma sorte na vida.

Steve sabia que sua sorte tinha acabado, e também tinha a plena noção de que seus dias na Terra também estavam acabando.

Como se não bastasse o cansaço por conta da doença, todos os dias acordava naquele mesmo quarto, via as mesmas propagandas na televisão barata do quarto, ouvia os mesmos sons de aparelhos apitando a todo momento, já conhecia todas as enfermeiras e médicas de todos os plantões. Estava de saco cheio daquilo.

Olhou para seu lado direito e viu Hanna colocando um pouco de café em um copo de plástico, sem graça, e dando um gole.

– Esse café está bom? – Steve perguntou fazendo uma careta.

– Com certeza não! – Hanna respondeu sorrindo – Frio que nem gelo.

– Não beba isso... – ele respondeu sorrindo.

– O que eu vou beber? Ainda não está na hora do café da manhã para os acompanhantes, e eu preciso de um café – Hanna respondeu sorrindo, de forma calma, enquanto se sentava na cama junto ao pai.

– Vamos para casa, você faz aquele seu café maravilhoso e a gente tem um ótimo café da manhã no quintal vendo o mar – ele disse de forma calma e tranquila, como se precisasse daquilo, Hanna apenas respirou fundo, estudando o pai e realmente ele precisava sair dali – O que acha?

– Quer ir embora daqui?

Ele apenas confirmou com a cabeça.

– Eu estou cansado de estar longe da minha casa, da minha família, tendo que depender de enfermeiros e médicos aqui... E isso não está adiantando nada, sabemos disso – ele disse sorrindo – Quero minha casa, meus filhos, minha neta, café quente e minha namorada.

Hanna sorriu e confirmou com a cabeça.

– Então vamos embora! – Hanna disse sorrindo.

***

O relógio marcava meio dia e meio, Rusty estava na cozinha da casa de seu pai enquanto Olívia brincava com alguns potes de plástico que o mesmo havia colocado de propósito no chão para ela brincar.

Tinha Que Ser VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora