ADP | Em Nome Da Verdade - Alren

Capítulo 38

Troy queria arrancar tudo que conseguisse com Styles sobre o "caso" de Allyson. 

- Me fala o principal caso da
empresa que você estagia. Borá rapaz. 

- Eu... O que isso tem haver? 

- Vamos almofadinha. Olha aqui pra esse cano, dele pode sair o fim da sua vida.__ Dizia King
amedrontando o rapaz.

- É, o caso da Lauren Morgado acusada de homicídio.

- E a quantas anda a investigação? 

- Eu, eu não sei. Só estou estagiando, nunca nos dão trabalhos importantes.__Mentia em parte, afinal não davam mesmo, mas por ter conquistado a confiança de Allyson, ele sabia sim até mais do que o profissional exigia.

- Eu sei que você sabe, cara. Melhor falar logo.

Aquilo estava parecendo uma tentativa de coagir a defesa de Lauren, pensava Styles, ainda na mira da arma de King, e do autoritarismo de Troy.

- Eu estou dizendo que não sei. Cara, eu só ajudo a chefe em besteiras. Acredite.

- Eu to mandando parar de conversa advogadozinho, aqui num tem ninguém pra brincadeira.

- Falou King, já impaciente. 

Agora, a pressão parecia ser psicológica e Styles tentava resistir, afinal já deviam o estar procurando, no mínimo.

- Deixa eu te falar um segredinho, doutorzinho.__Se referia a Troy.__Meu dedo está coçando pra apertar o gatilho.

- Se ele não falar, até o meu vai começar a coçar. 

Enquanto isso....

Allyson, Dinah e Thiago, procuravam feito loucos algo que pudesse criminar, algum indicio da ligação de Troy com Pablo. Até que Ally parou
em frente a uma gaveta e disse:

- Claro! Deve estar aqui, só pode. 

- Mas então vamos abri-la.__ Disse Thiago.

- Troy nunca me deu a chave desta gaveta, vamos ter que chamar um chaveiro e vai demorar demais.__ Falava passando as mãos pelos cabelos tentando ter alguma ideia.

- Mas não existe uma chave extra?__Perguntou a loira, Dinah, já aflita com a demora de tudo. 

- Isso. Já sei com quem falar.

Disse a loira, indo em direção a mesa do escritório, e tirando de lá uma pequena agenda.

- Dona Allyson??__ Perguntou a voz do outro lado da linha.

- Sim, eu mesma, preciso que me fale onde coloca a chave reserva da gaveta particular do Troy?

A diarista demorou um pouco a entender o real motivo daquilo, sabia que era algo importante e não teve outra opção a não ser dizer a Allyson onde estava a chave. 

- De baixo do segundo tapete 
da ante-sala?__Falava em voz alta para que Thiago e Dinah fossem procurar.

- Isso, mas por favor, se o Sr. Troy descobre, ele me despede. 

- Não se esqueça que sou eu quem pago o seu salário, então fique tranquila.

Despediram-se e logo Thiago voltava ao escritório, seguido por Dinah, com a chave nas mãos.

- Aqui Allyson. Vou abrir.__Passando-lhe a frente.

- Não espera, eu abro.'' Pegando a chave das mãos do rapaz afobado.

E a advogada abriu, retirando alguns papéis, dando a Thiago e Dinah, para que analisassem, e para sua maior surpresa, uma arma estava no final da gaveta, enrolada por um pedaço de tecido vermelho.

Dinah encontrou algo suspeito, pareciam recibos de parcelas pagas, todas assinadas por "Troy Ogletree", e em uma o nome de "Pablo Monteiro" foi encontrado. Dúvidas já não cabiam para este caso, Troy tinha envolvimento claro.

A loira não teve outra opção ligou para o seu amigo delegado, pedindo que fossem viaturas até a sua casa investigar tudo. 

Thiago conseguindo finalmente, o rastreamento do carro alugado, que ele havia telefonado antes pedindo que rastreassem. 

- Então, onde o sinal está passando?__ Falou chamando Allyson e Dinah para escutarem.

- Próximo a rodovia central, numa estrada velha, provavelmente foi abandonado. 

- Mas a localização exata?

- Não temos como dar senhor, infelizmente e provavelmente, o aparelho rastreador foi danificado. 

- Mas pelo menos sabem a que altura da rodovia?

- Próximo a algum estabelecimento senhor, não vai ser difícil encontrar, por ser uma estrada velha não é tão usada.

- Obrigado.

Um pouco distante dali.... Alguém arrumava as coisas rapidamente.

- Vamos, anda logo com isso.__Dizia o homem apressado.

- Eu não entendo pra que isso Felipe. Não nos aconteceu nada.__Falou a mulher deveras preocupada pela atitude do rapaz.

- Isso vai feder Lara, será que dá pra você entender? Ou vai esperar que a corda arrebente pro lado mais fraco, no caso, o nosso?!__Falou o rapaz agora quase gritando e gesticulando de maneira brusca.

- Tá certo, eu vou terminar de arrumar as malas.

- Anda logo Lara, pega esse menino e as coisas dele, nada de brinquedos demais, não temos tempo, quanto mais rápido sairmos melhor.__Guardando o resto de suas blusas numa mala velha.

- Filho, vem cá amor, junta seus brinquedos rapidinho tá?__Disse Lara, bem calmamente ao garoto.

Não demorou muito e eles estavam pondo tudo dentro de um carro, popular, mas que servia bem para o dia-a-dia.