O garoto do monte

O humano novo

Eles não sabiam como era lá encima, nem ao menos como era Jimin, eles só sabia inventar mentiras. Poxa Jimin era legal.

Mas os humanos só ligavam para as aparências e o jovem garoto não tinha uma das melhores para oferecer a sociedade, mas se achava bonito, era bonito, por que os humanos não podiam achar isso também?

Park Jimin, havia nascido um pouco diferente das outras crianças, sua pele era mais pálida que o normal, o garoto era tão branco quanto papel, e por esse motivo suas veias era muito bem visíveis o que o deixava com um ar um tanto assustador. Quando pequeno, as outras crianças não queriam brincar com Jimin, elas tinham medo do probre garotinho, então Park tinha que brincar sozinho e dentro de casa.
Existiam pessoas que julgavam Park como filho do demônio, que foi enviado para mata-los, que Jimin era feio, só por causa de sua peculiaridade. Seus pais, Sr. e Sra.Park faziam de tudo para proteger seu garotinho, nem que isso dependesse de suas vidas e foi o que ocorreu. Em meio uma discussão a vida do casal foi tirada, o filho dos mesmo presencio apenas por uma janela de sua casa, e quando viu o tumulto começando a se mover em direito a sua casa Jimin não pensou duas vezes antes de correr para fora dali. Pobre garotinho, correu, correu tanto que nem percebeu que havia subido um monte inteiro e quando chegou até a ponta de um precipício penso em se jogar mas se conteve, debruçou-se sobre a árvore que ficava na pontinha do monte e foi escorregando até colidir com o chão e começar a chorar, e só então cansado lhe pegou. O menino ao tinha nove anos, e já passara por tudo aquilo.
Por sorte o povo revoltado não foi atrás de si, e Park não podia voltar poderia ser morto. Então resolveu ficar, por alguns dias, lá era um bom lugar para ficar, ainda mais debaixo daquele árvore, no qual adormeceu.

Mas, isso foi a muito tempo atrás, a séculos atrás, para ser mais exato. O que os pais de Jimin achavam ser apenas uma doença rara era um poder desconhecido; o menino, além de ter a pele clara demais, possuía dons e um deles era a imortalidade. Mas para o jovem não era um dom e sim uma maldição, viver durante anos, vendo as pessoas inventarem e reinventarem sua história era angustiante, não envelhecer, continuar com a aparência de um garoto, de talvez dezoito anos.

No monte cresceu e no monte viveu só, todas as manhãs o garoto caminhava as margens de um lado, dedilhando as flores que não possuíam muita cor, no alto daquele monte tudo era preto e branco, assim como Jimin, o monte obedecia a si, a seus sentimentos, aquele monte era sua casa.
Enquanto Park passeava perto do pequeno rio fazia questão de observar seu reflexo na água; cabelos tão negros quanto a escuridão e olhos tão azuis quanto o mar, seus olhos possuíam um azul tão intensos que poderia ser confundido como faróis e.. Sua pele tão clara ao ponto das veias aparecerem mostrando suas direções, eram roxiadas e outras um pouco verdinhas, Jimin poderia conta-las se quisesse. Usava roupas antigas, roupas que roubou logo quando fez dezesseis anos, e as conservou durante séculos, tanto é que ainda estavam em perfeito estado.

O moreno as tirou lentamente, e então quando despiu-se completamente adentrou o lago, e lá se banhou, brincou com a água como uma criança e lavou-se como sua mãe o ensinou. Após terminar, sacudiu-se um pouco e então vestiu-se novamente e pois-se a caminhar novamente. Sempre a mesma rota, sempre a mesma rotina.