Capítulo 2: Pais e filhos

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Notas iniciais:

Olá, pessoal! Voltei com O Deus da Guerra porque estou amando escrever ela. Esse capítulo é basicamente feito de diálogos (desculpa, eu sei que nem todo mundo é fã de diálogos, mas eu sou). Ele foi feito para sedimentar algumas coisas e espero que vocês gostem. No final do capítulo vou deixar um mapinha que vou atualizar sempre que o Bakugou se deslocar. 

É isso, chega de papo.

*

Os pés de Bakugou o conduziram até a saída da pousada, mesmo que não tivesse qualquer desejo de participar da festa celebrada a Afrodite. Seus olhos sequer piscavam. Os movimentos do jovem ruivo pareciam dançar dentro de si, ressoando com a música. O filho de Ares se aproximou ainda mais, passando por uma multidão de pessoas, que não pareciam perceber sua presença.

Quando finalmente chegou ao centro, apoiou-se na base da escada entre o altar com a fogueira e todo o resto do povo. De mais perto, pôde ver o suor que escorria do corpo do que dançava, colando o tecido fino ao seu corpo, revelando o físico perfeitamente esculpido. Parecia ter saído das mãos do artesão mais habilidoso da Grécia. Seus olhos estavam fechados e seu rosto parecia a personificação da alegria e do prazer. Sentiu inveja, raiva, vontade de gritar, mas não teve qualquer reação. Continuou olhando fixamente até que seus olhos estivessem satisfeitos, e nunca pareciam estar. Aquela aura não parecia apenas humana.

Como se sentindo o mirar de Katsuki, o rapaz que dançava abriu seus olhos e olhou de volta para o loiro com um sorriso quase infantil. Ele fez algum gesto e os outros jovens iniciaram suas próprias danças ao redor da fogueira, enquanto o ruivo descia lentamente as escadas do altar, sem desviar o olhar do loiro, até que parou logo a sua frente.

- Deseja... Me dizer algo?

Katsuki nunca pensou que pudesse perder as palavras, mas percebeu que elas nunca estiveram lá. A voz do dançarino, embora um tanto grave, tinha a entonação de um canto.

- E-Eu... É... Você...

- Talvez um vinho faça as palavras fluírem melhor. O que acha?

O ruivo tomou Bakugou pela mão, passando pela multidão em passos rápidos e alegres. Em uma situação diferente, se qualquer humano o houvesse tocado daquela forma, certamente o semideus o haveria repelido, talvez até mesmo o explodido para longe, porém, aquele toque... Não percebia qualquer maldade vinda dele, e se havia algo do qual o loiro entendia, era sobre maldade. Assim que conseguiram sair da multidão, o rapaz puxou Katsuki para o outro lado da praça, no qual ficava o templo de Afrodite.

- E então? Já consegue falar?

Perguntou o ruivo, com olhar curioso.

- V-Você... Não é um normal...

Afirmou Katsuki, sem muita certeza.

- Foi o que o levou até o altar?

Perguntou o outro.

- Não sei... Eu estou... Confuso. Isso me irrita!

- Venha comigo. Acho que precisa se acalmar um pouco.

Bakugou não sabia exatamente o motivo pelo qual seguia aquele desconhecido através dos salões decorados do templo da deusa do amor, que, naquele momento, se encontravam vazios. Havia candelabros e tecidos finos coloridos espalhados por toda parte. No meio do salão, uma fonte gigante jorrava suas águas quentes, formando quase um balé entre água e vapor. O cheiro de canela era ainda mais presente ali, graças aos resíduos que ainda queimavam. O ruivo indicou um local cheio de almofadas para que o filho de Ares se acomodasse enquanto ele servia sua taça com o vinho presente ali.

O Deus da Guerra (Kiribaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora