Capítulo 4: Navegando

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Notas Iniciais:

Galera, vocês sabem... Perdão pela demora. Eu estive muito travada com esse capítulo, mas finalmente saiu, então espero que compense pela demora. Beijos e até a próxima.

**************

O filho de Afrodite acordou com os primeiros raios de Sol em seu rosto. Sentia uma dor descomunal na lombar e, ao perceber que havia dormido encostado em uma árvore, lamentou-se da péssima escolha. Olhou ao redor e não viu o irritado filho de Ares, mal conseguia acreditar que o havia convencido a juntar-se em sua jornada. Eijiro sentia um cheiro persistente de leite de cabra azedo e não sabia identificar de onde vinha. Procurou a fonte do odor em sua bolsa e na árvore, até que percebeu que ele saía de suas axilas. Não havia se banhado após a festa e aquele cheiro o incomodava muito.

Ouviu um barulho de pegadas e viu o cavalo marrom trotando com o seu dono montado. O loiro chegou com água pingando dos cabelos. O ruivo tomou seu tempo para observar enquanto o outro descia do cavalo. Vestia apenas uma saia, com músculos abdominais perfeitos, braços que deixariam Atlas com inveja e um peitoral que faria muitos deuses chorarem. Era quase absurdo aos olhos de Kirishima o quão belo era o filho de Ares. Definitivamente uma beleza diferente da que costumava ver no templo.

- E então? Já pode se levantar?

- Ah! Claro! Estou tão disposto quanto o corcel mais másculo da Grécia!

Katsuki teve que segurar o riso. Ninguém falava aquele tipo de coisa, mas a inocência do outro o desarmava sobremaneira.

- Urg! Ninguém fala esse tipo de… Coisa. Está pronto? Não quero chegar ao porto de Sígeo já à tarde ou perderei qualquer chance de chegar a Atenas amanhã. Já estou atrasado graças à sua fuga.

- Oh! Achei que poderia me banhar assim como você e… Bem, acho que estou precisando…
Respondeu Eijiro, rindo um tanto sem graça.

- Aaaaaarg! Olha, eu prometo que te pago um banho público se sairmos daqui logo!

- Tudo bem. Mas não vai poder reclamar do meu cheiro até chegar lá…

- Existem odores piores na guerra, seu tolo. Um soldado de verdade não se deixa afetar por esse tipo de coisa.
Retrucou Katsuki.

O ruivo foi pego de surpresa por aquela resposta, mas tinha que se apressar. Pegou seus pertences e os de Bakugou, prendendo-os na cela de Dínamo, e montou no garanhão com mais destreza do que antes. Ainda teve que se segurar no filho de Ares para não perder o equilíbrio, mas nada comparado à subida sem qualquer técnica da noite anterior.

- Vê se não vai cair ou te deixo no meio do caminho.

- Não se preocupe. Não vou cair, tampouco você vai me deixar.

- Hmpf…

O filho de Ares sinalizou ao cavalo que partisse, galopando em alta velocidade pela pequena estrada de terra. Kirishima aproveitou para apreciar a bela paisagem das planícies, observando as árvores, animais e pequenos riachos pelos quais passavam. A velocidade do vento em seu rosto era uma sensação desconhecida, porém agradável. O Sol banhava seus corpos, como se o próprio Apolo iluminasse seus caminhos. Ou ao menos era o que ele gostaria de pensar. Talvez, se sua mãe já tivesse movimentado o Olimpo em sua busca, a viagem de Katsuki fosse mais difícil do que imaginara. Ainda intrigado com o que o loiro dissera anteriormente, Kirishima decidiu saciar sua curiosidade.

- Ei… Bakugou…

- O que é?

- Como você sabe como é uma guerra?

O Deus da Guerra (Kiribaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora