Agradeço.
Eis o verbo que tenho em mente neste exato momento.
Ouço músicas que antes me fariam derreter internamente e externar tal acontecimento em lágrimas e soluços.
A maleta continua aqui comigo. Nunca a descartarei, já que apesar das dores, os sorrisos me vêm como memórias doces.
Mesmo que eu não me permita passar por tudo mais uma vez, em nome da minha própria sanidade, busco viver em paz com os artefatos que ainda se encontram dentro da mala.
Alguns objetos, fotos de momentos permanecem eternizados na memória, apesar de que outros sucumbiram ao tempo e evaporam com o vento que atinge a maleta ao abri-la com cuidado.Ao final, recordo-me das palavras da música, que outrora me angustiariam, assim como já havia mencionado, mas agradeço por ser capaz de enxergá-la de outra forma. Mesmo que eu fizesse e tenha feito tudo o que pude pra ter sua atenção, nada disso o faria me olhar como eu sempre esperei.
Ao tempo, meu agradecimento. Ao tempo, minhas memórias que sempre confio. Ao tempo, meus anseios.
Esperar ainda é a cura.