Solstício de Verão

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- Vamos gente. O que vocês têm a perder? – Rubi perguntou.

- Nossas liberdades com um baita castigo. – Fell disse.

- Nossas dignidades e bons costumes como princesas de alto escalão. – Luly completou.

- Uma semana sem sobremessa de castigo. – Bia disse.

- Meu acesso irrestrito aos arquivos da biblioteca dos mestres. – Kathy acrescentou.

- Nossa como vocês são dramáticas! É só uma festa. – Rubi disse.

- Uma festa que fomos terminantemente proibidas de ir. – Luly disse.

- Se formos pegas... – Bia começou a dizer.

- SE. Esse é o ponto. Não é errado se não formos pegas. – Rubi disse sorridente.

- Sua lógica é algo que deveria ser estudado pelos sábios de toda Corona. – Fell disse.

- Olha. Nós vamos, nos divertimos, voltamos antes do amanhecer e pronto. Vão me dizer que vocês não estão nem um pouco curiosas pra saber o que acontecem nessas festas de máscaras dos plebeus? – Rubi disse sabendo que todas ali morriam de curiosidade sobre isso.

- Não sei não. Isso não me parece digno de uma princesa... – Luly comentou.

- Se bem que vamos estar de máscaras ne. – Kathy realmente queria saber porque a nobreza não ia à essas festas.

- Lá tem comida ne... – Bia disse louca pra provar os pratos que a nobreza nunca se dignaria a provar.

- Não. Vocês não estão mesmo pensando nessa loucura. – Luly tentou cortar aquele mal pela raiz enquanto Rubi apenas observava com um sorriso de triunfo na cara.

- Olha Luly... Até que não pode ser tão ruim assim... Vamos estar ocultas pelas máscaras mesmo e nós teremos uma bela história pra contarmos pra nossa descendência um dia. – Fell tentou trazer alguma lógica para aquela aventura.

- Eu não vou. Vocês podem ir e descartarem suas posturas e co.mportamento de princesas sozinhas. Eu não vou compactuar com essa loucura. Nada que vocês digam vai me fazer mudar de ideia. Nada.

Horas mais tarde...

- Como é que vocês me convenceram à participar dessa loucura mesmo? – Luly disse caminhando ao lado das amigas que andavam uma ao lado da outra na rua.

- Não seja chata, Luly. Relaxa. Estamos indo para uma festa. – Rubi disse pegando o braço de Bia e Kathy de cada lado. Kathy colocou o outro braço entrelaçado ao de Fell e Bia fez o mesmo com Luly. As cinco andaram assim pelas ruas, com suas roupas de festa simples digna do povo comum, mas muito bonitas, máscaras em suas cores preferidas e cantarolando canções típicas do Solstício de Verão.

A festa do Solstício de Verão era um marco de ano novo em toda Corona e se guiava pelo solstício em Sunna, o centro do poder solar. Nenhuma festa superava a festa que Sunna inteira fazia nessa época. Três dias de festa quase ininterrupta começando na véspera do solstício e terminando na manhã do segundo dia do ano. Os nobres davam presentes aos súditos em toda Corona na véspera do solstício e, tradicionalmente, eles só os abriam no terceiro dia de festa, na conhecida Máscaras de Fogo onde os súditos faziam uma festa que durava a noite toda dançando, pulando fogueiras, comendo, cantando, contando histórias. Mas a regra principal da Máscaras de Fogo era nunca tirar as máscaras até que o sol nascesse no dia seguinte. Dizia-se que isso atraía boa sorte e ninguém gostava de perturbar a magia de sorte. Por algum motivo qualquer, a nobreza nunca participava dessa festa. Porque? Quem vai saber ne...

Contos de CoronaWhere stories live. Discover now