Lei do retorno

capítulo 16

Menor on...

Tô aqui olhando minha morena. Ela tá um pouco pálida e com uns aparelhos que estão fazendo um bip irritante;não vejo a hora dela acorda só se passaram 2:00 horas que ela tá assim e eu já tô com surtando aqui. Lembrando de quando éramos mais jovens... Gabi sempre me chamava de bocó quando eu a irritava ou fazia aquelas minhas brincadeiras sem graça com a Maju; olhando ela aqui assim, sinto até falta dela me ofendendo. Oq essa garota tá fazendo comigo? Tô parecendo um viado, mas é ,não sei oq eu tenho. Quando eu tô perto dela sinto um bagulho doido, um negócio que eu nunca senti por nenhuma mulher antes. Será que o Lorenzo tem razão? Eu tô apaixonado pela Gabi? Não, eu não posso tá apaixonado, eu sou cachorro solto! Não sou de relacionamento sério e isso também não é pra mim;fico quando eu mesmo persebo eu já tô dormindo.

•••

Acordo e vejo que a Gabi ainda tá dormindo. Como alguém pode ser tão bonita até mesmo dormindo... até mesmo numa cama de hospital. Pego na mão da minha morena e fico a admirando por um tempo até que ela começa a se mecher e bem de vagar abrir o seus olhos.

Gabi: menor oq vc tá fazendo aqui ? ( Fala com a voz roca e um pouco fraca)

Eu: ah e-eu fiquei com vc pq a Maju teve que ir pra casa

Gabi: aconteceu alguma coisa com as crianças?! ( ela fala tentando se levanta mais eu não deixei)

Eu: não aconteceu nada com eles, ela só foi cuida deles e vc tem que ficar de repouso esquentadinha

Gabi: pq ? ( Pergunta parecendo confusa com algo que eu disse)

Eu: pq são ordens do médico( falo firme)

Gabi: não é isso que eu quis dizer ( fala bufando, acho que alguém já tá melhor)

Eu: não entendi, oq é então?

Gabi: pq uma hora vc me trata mal e outra hora vc me trata super bem fica até preocupado comigo? ( como vc explica pra uma pessoa que sente alguma coisa por ela e que vc não sabe explicar oq é. Simples vc não fala porra nenhuma, só deixa como está)

Eu: vou avisa o médico que vc acordou ( falo levantando deixando ela sem resposta,e eu sei que ela odeia isso)

Gabi: pera...

Deixo ela falando sozinha e fecho a porta com tudo, não foi de propósito,mas logo na metade do corredor eu escuto ela gritando.

Gabi: SEU IDIOTA DA PRÓXIMA VEZ QUE VC FIZER ISSO EU TE MATO. TÁ PERDENDO A NOÇÃO DO PERIGO BOCÓ !!

Eu: CALA A BOCA A GENTE TÁ NO HOSPITAL!

Eu grito de volta e vejo que as pessoas que estão no corredor se assustaram, foda-se não ligo. Vou na recepção e pergunto para a recepcionista...

Eu: pode fazer o favor de informa o médico que a paciente do quarto 12 acabou de acordar ( digo num tom amigável, o que é incomum por que nem sempre sou amigável até mesmo eu sei disso)

??: claro. Eu também vou pedir para uma enfermeira levar um pequeno café da manhã pra ela senhor

Eu: blz

Saio de lá e vou o mais rápido possível pro quarto da Gabi , não sei o pq mais eu quero fica perto dela. Quero ter a sua confiança, tô ligado que ela não confia em mim.  Estou de frente a porta do quarto da Gabi suspiro fundo e abro a porta,vejo ela olha pra mim com a cara fechada, até mesmo brava ela é linda,as vezes isso me irrita.

Eu: pq tá com essa cara?

Gabi: pq é a única que eu tenho. E é rosto! Por que quem tem cara e cavalo ( Gabi ativando seu lado 5 série é meio... fofinho)

Eu: sabe olhando desse ângulo( faço um retângulo tipo um quadro a olhando) até que vc parece um ( digo rindo)

Gabi: grosso

Eu: e grande ( falo com um sorriso safado )

??: com licença vim trazer algo pra senhora comer e checar sua pressão e batimentos cardíacos

Gabi on...

Uma enfermeira adentra no quarto e fala olhando pro Leandro como se ele fosse o paciente;ela não tira os olhos dele parece que vai comer ele vivo só com os olhos, que raiva do Leandro por que ele veio fica aqui!

Eu: pra ele ou pra mim?  Por que pelo oq eu sei, sou eu a paciente aqui e não ele caso ao contrário o mesmo que estaria nessa cama não eu ( falo sendo irônica)

??: é claro me desculpa ( ela vem até mim rapidamente faz oq tenha que fazer e depois sai do quarto )

Menor: oq foi aquilo?

Eu: aquilo oq ?

Menor: oh jeito que vc tratou a enfermeira, você não é de tratar ninguém assim Gabi ( puta ela não é enfermeira ela é putaaa )

Eu: eu não fiz nada , ela que tava te comendo com os olhos se não viu não?! Eu aqui mal e ela perdendo tempo

Menor: vc tá com ciúmes né?( Sorri)

Eu: eu com ciúmes ( do uma pequena gargalhada) aí ( falo quando eu sinto uma pontada no meu ferimento , parando de rir)

Menor: sim

Eu: ciúmes de vc? Ah me poupe né menor ( digo nervosa)

Menor: admite que vc tá, que é mais bonito

Eu: não tô!  Por que eu estaria?  Você não é nada meu ( ele se levanta e vem até mim e se senta no canto da cama)

Menor: você não sente nada por mim Gabi? ( Pergunta me olhando nos olhos, desvio o olhar)

Eu: não, não sinto nada ( ele coloca sua mão no meu maxilar forçando eu a encara-lo)

Menor: não acredito em você, o jeito que vc me olha, não é de alguém que não sente nada, eu sei...que vc sente alguma coisa por mim Gabriela ( ele diz isso e me surpreende com um beijo; ele me puxa para si levemente; no início era só um beijo calmo mais logo se tornou um beijo cheio de desejo e junto com ele tinha ao mesmo tempo um toque de necessidade, como se precisássemos daquilo a muito tempo, só não sabíamos)

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