Capítulo 54 • Natalie Kammer

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— NÃO VAI PRA LONGE! – gritei para Liv, que corria eufórica pela areia na direção da água com um baldinho e uma pá nas mãos

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— NÃO VAI PRA LONGE! – gritei para Liv, que corria eufórica pela areia na direção da água com um baldinho e uma pá nas mãos.

Ainda era cedo, mas o sol já cumpria as expectativas de que aquele sábado seria bem mais quente do que o normalmente esperado para a primavera. Eu havia emplastrado Liv de protetor solar antes de a liberar e agora me dividia entre a vigiar cavando na beira d'água e montar um pequeno acampamento onde pudéssemos passar o dia.

Sozinha, eu tinha conseguido trazer de casa uma cadeira dobrável, um guarda sol e uma bolsa enorme que John me emprestou, cheia até a metade com todo tipo de coisa que era possível pensar para o caso de uma emergência com criança. Até spray para contusão ele havia colocado lá. Cogitei explicar que no exército havia aprendido métodos mais eficazes de prevenir dor muscular usando apenas cuspe e massagem, mas decidi que seria mais seguro carregar o peso desnecessário.

Abri o guarda sol, posicionei estrategicamente a cadeira na sua sombra e me sentei para vigiar Liv e esperar que Logan finalmente viesse de casa trazendo o restante das coisas que precisávamos. John havia preparado também um cooler com lanches e bebidas que estava com Logan, além de outra cadeira, uma bolsa com toalhas e um par de roupas secas para o caso de Liv mudar de ideia sobre a água.

Nós três deixávamos juntos a casa do meu irmão na direção da praia quando um carro escuro parou na frente da casa dele e uma mulher loira e bem arrumada desceu. Ele congelou quando a viu e me pediu que seguisse com Liv, com a promessa de que nos encontraria em quinze minutos. Só que já fazia mais de vinte.

Eu não sabia quem ela era, porém desconfiava que existia apenas um motivo que explicasse sua presença ali e não tinha gostado nem um pouco da ideia. Não bastava ele ser obrigado a ver a princesa na tevê, nos jornais e em cada esquina por onde passava? Logan necessitava de distância de tudo aquilo, não de visitas que o relembrassem que a mulher que amava iria se casar em uma semana na catedral da nossa cidade com um almofadinha pomposo qualquer.

— Hey! – ele praticamente se materializou ao meu lado como se nada tivesse acontecido e colocou as coisas que trazia na areia. Com um movimento rápido montou a cadeira e a colocou ao lado da minha, então tirou a camisa e abriu o cooler para pegar um refrigerante enquanto eu o observava, preocupada com o que aquele sorriso estatelado que ele tinha no rosto poderia significar. – Quer uma? – ofereceu, me mostrando a latinha que tinha na mão.

— Agora não. – respondi. Ele anuiu, fechou o cooler e se sentou com os pés no sol – Tá tudo bem? – eu quis saber, achando o comportamento dele muito estranho.

— Tudo ótimo. – me garantiu abrindo a latinha e dando um enorme gole dela, antes de a colocar no porta copos da cadeira e voltar com os óculos de sol para o rosto.

— Notícias boas? – insisti.

— Nenhuma notícia. – respondeu simplesmente, colocando as mãos atrás da cabeça e se esticando na cadeira, totalmente relaxado.

Disponível até 31/12 -- Flores Que Renascem do Fogo | Flores Reais #1 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora