My Pretty Noona

Coincidências

Coincidência.

Indica acontecimentos que ocorrem simultaneamente. Em algumas situações “coincidência” pode significar acaso. Como, por exemplo, quando encontramos alguém conhecido em algum local inesperado. 

Em alguns casos, a coincidência pode ser provocada. Um exemplo disso? Quando alguém —que só falta colocar um letreiro com luzes verde neon de led dizendo “gosto de você”—, está em todos os mesmos lugares em que você se encontra.

Bem, agora imagine isso por três inteiros e longos meses. E isso inclui mensagens e ligações surpresas e inconvenientes todos os dias; cada uma delas com cantadas infinitas —que nem se sabe de onde esse alguém as tira— seguidas do apelido “amorzinho” ou “chuchuzinho”.

— Meu Deus, Jimin! Você tem alguma noção de quanto vai dar tudo isso?— Perguntou, indignada, com as mãos na cintura, em frente ao carrinho de compras.— Pode ir tirando esses trens daí.

— O dinheiro é meu, quem vai pagar sou eu. Então shh.— Fez um sinal de “cala a boca”.

— Seu dinheiro?—Perguntou com as sobrancelhas arqueadas, observando o Park assentir. —Você pegou da minha carteira e o dinheiro é seu?

— Claro, né. A partir do momento que eu pego nele, ele é meu. 

— Não acha que tá abusando demais não?— Piscou repetidamente, com expressão de “espanto”.— Já ta na minha casa há muito tempo. Hora de voltar para a sua.

— Só fazem dois dias. Você sabe que não posso voltar agora, sua sonsa.

— Vai com alergia e tudo. 

— Se eu morrer, puxo seu pé à noite. E ainda faço uma carta contando todas as barbaridades que você fez para mim. Imagina no noticiário: “Park Jimin, jovem de vinte e três anos, morre por alergia a cheiro de tinta, e amiga nega ajuda”.— Ele dizia pensativo, como se imaginasse a situação.

— Só tenta. Vai ser sua palavra de morto contra a minha de viva e acusada sem provas.— Mandou beijos no ar.

— Ah tá, só tent- MEU DEUS!— Jimin começou a dizer, mas logo gritou, após sentir duas mãos lhe empurrando, quase lhe fazendo cair, ao se curvar para frente por impulso.— Tá doida, é?!— Exclamou, com as sobrancelhas arqueadas e os olhos arregalados, virando-se para a namorada.— Lindinha, eu te amo muito, mas também amo minha cara. E eu ainda quero ela intacta.— O Park sorriu forçado.— Jiminzinho agradece.

— Me chama de doida novamente pra você ver se eu não quebro sua cara de verdade.— Junghee sorriu, irônica, ao mesmo tempo em que abraçava o namorado.— Oi, ____!— Sorriu simpática, recebendo um aceno e outro sorriso da mais baixa como resposta.— Então foi por isso que Jungkook me implorou pra vir nesse mercado.— Direcionou o olhar para o Park.— Onde vamos almoçar hoje?— Perguntou, se dirigindo a Jimin.

— Você fica tão linda escolhendo batatas, amorzinho.— O mais alto “brotou”, sorrindo e dando um suspiro apaixonado, ao seu lado, enquanto ____ se concentrava em escolher os legumes e escutava as vozes do casal atrás de si. 

— Eu to começando a ficar com medo de você, Jungkook. Ta parecendo um psicopata, socorro.

— E não iria se apaixonar, não é, Jungkook?— Junghee arqueou as sobrancelhas, lhe provocando, após terminar de resolver o local onde iriam comer.