My Pretty Noona

Atração

Atração.

É a ação de atrair alguém, de forma encantadora ou sedutora. No geral, sentir atração por alguém não significa, de fato, estar apaixonado, mas sim, apenas sentir desejo ou interesse pela aparência e personalidade dessa pessoa.

Para Jeon Jungkook, atração era o único sentimento que tinha por outras garotas, visto que seu primeiro amor não havia sido lá essas coisas. Quando se sentia atraído por alguém, não desistia tão facilmente de tal pessoa; iria lhe atazanar o juízo até conseguir ficar com ela sem compromissos. 

E era o que pretendia fazer com ___. Ainda que a mesma fosse mais velha.

Toda essa história de ser popular e de ficar com todas as garotas que quisesse havia começado três meses antes de ter saído de Busan para ir a Incheon, onde conheceu quem considerava seu melhor e único amigo: Kim Taehyung; este que o ajudou a se soltar e socializar com os outros.

— Ela tem vinte e dois anos?!— Exclamou, suas bochechas cheias com os bolinhos de arroz.— Falou o tempo inteiro para eu respeitá-la por ser mais velha e eu achei que ela tinha cerca de trinta. Mas ela só tem vinte e três.— Balançou a cabeça e voltou a mastigar a comida.

— Você ficou me perguntando sobre ela a semana inteira. O Jimin vai achar que sou eu quem to interessada nela.— Junghee comentou, enquanto manuseava seus hashis para pôr outro bolinho na boca.

O mais novo riu.

— Você poderia tentar se aproximar dela, assim não precisaria ficar perguntando ao seu namorado a toda hora.

— Por que você não tenta? Eu, hein. Tenho outras coisas pra fazer, e essas coisas são mais importantes do que arranjar namoradas para o meu irmão. 

— Uhum.— Murmurou, assentindo.— Parece uma boa ideia. Então acho que vou à casa dela hoje.

— Está tão apaixonado assim?

— Claro que não. Só quero ficar com ela. E se ela quiser algo mais sério, eu a rejeito com jeitinho.— Deu de ombros, recebendo um “canalha” de sua irmã. — Eu não sou canalha, só não quero me magoar.

— Ah, entendi. Experiência dramática com o primeiro amor.

— Você quis dizer traumática.— Observou a mais velha revirar os olhos.— Ela pisou e cuspiu nas minhas flores e no meu coração.

— Vocês tinham cinco anos, Jungkook!— A mais velha arqueou as sobrancelhas.— Aliás, ta poético hoje, hein.

— Eu tava falando do cartão que fiz para ela. Ele tinha um formato de coração.

— Que seja. Bem, tenho que ir.— Levantou-se da cadeira após terminar de comer.

— Vai para casa da Yujin, né? Depois me conta as novidades.— Jungkook pediu, passando a língua na parte interna da bochecha e checando suas redes sociais no celular.

— Fofoqueiro!

— Fofoqueiro, não. Informado!

•°–›

O Jeon já estava em frente à porta do apartamento. Claro, se fosse outra pessoa, já teria tocado a campainha. Mas ele era Jungkook, tinha 99,9% de chance de passar vergonha errando o número do apartamento, pois Deus resolveu lhe dar mais beleza que boa memória.

Arriscou e apertou o botão. O máximo que poderia acontecer era aparecer um estranho atendendo a porta, como já tinha acontecido minutos antes de ele correr até ver a vida passando em um filme na sua frente –coisas que só sedentários entenderiam– e estar ali, em frente a outra porta.