Capítulo Um

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Sakura lavava a louça tranquilamente suspirando olhando para o quintal pela janela a sua frente. Podia ouvir o vento soprando, encolheu os ombros imaginando como será que as estradas para fora de Konoha poderia estar.

Ouviu alguns passos e sorriu olhando por cima de seu ombro, a cabeleira pretas apareceu ao seu lado e sorriu infantil.

Desligou a torneira e pegou um pano limpo onde secou suas mãos, se abaixou e encarou aqueles olhos vibrantes que lembrava quem ela um dia amou demais. Será que ainda amava?

— Mamãe, quando será que Papai volta da viagem?

 - Em breve Querida.

Sakura mexeu no topo da cabeça da pequena Sarada que balançou a cabeça e saiu correndo para a sala. Deixou que seus ombros caissem em um suspiro. A realidade é que ela não sabia quando Sasuke voltaria da viagem, no começo se encontravam entre alguns meses e outros… Sabia que Sasuke precisas cumprir compromisso longe de casa mas não sabia que a falta dele iria começar afetar sua filha. Sarada era a cópia do Pai, porém seu rosto angelical havia herdado o genes da Mãe e sua força e sua delicadeza também. 

Era uma misturinha de Sakura e Sasuke.

Suspirou mais uma vez. Estava começando a se sentir solitária, todos meus amigos estavam felizes com suas família. Mas sabia que ela era culpada por esse sentimento, não poderia amar uma pessoa menos complicada que Sasuke Uchiha?!

Ouviu um barulho na janela, franziu o cenho e abriu. Logo a ave tão conhecida por trazer recados estava pousando em sua janela.

Seria cômico?

Pegou o pequeno papel que enrolava em sua pata e assina ave piou e saiu voando para longe de sua janela. Olhou para o papel a sua mão balançando a cabeça.

Sasuke lhe dava dor de cabeça.

Olhou por cima dos ombros para tentar ouviu algum barulho de Sarada e tudo que conseguiu foi a filha brincando com alguma coisa na sala. O nervosismo tomou conta do seu estômago e aquela sensação que só Sasuke lhe causava. Às vezes não entendia que mesmo longe, ele lhe deixava corada.

Abriu o pergaminho e sorriu.

"Me encontre 10km a saída da vila assim que o sol se pôr"

Sentiu suas maçãs esquentarem,Sasuke estava próximo de casa. Ouviu mais uma vez barulhos na sala e suspirou triste. Se estava tão perto de casa porque não vinha até aqui e lhe fizesse companhia. Sarada sentia sua falta.

Dobrou o pedaço de papel e guardou em seu bolso, talvez ele precisasse de um intimato. Pegou o telefone que estava em cima do balcão e digitou os números tão conhecidos por ela.

Após alguns segundos a voz estridente atendeu animada.

—Sakura-Chan! Fico feliz que tenha me telefonado.

—Ino. -Ela sorriu ao ouvir a alegria de sua amiga. - Sei que deve estar ocupada mas preciso de um favor.

— Ele te mandou um recado.

Não era uma pergunta, era um fato. Ino era a única que apoiava Sakura nessa vida quando se tratava de Sasuke, ela a entendia. Sabia que quando Sakura ligava envergonhada para pedir algo, envolvia Sasuke.

— Pediu que eu o encontrasse logo após anoitecer. - Sakura murmurou baixo para sua filha não ouvir. — Mas, sinceramente não sei se irei.

— Sakura-Chan! - Ino exclamou— Deve ir, deixe Sarada aqui comigo. Vá e o intime. Questione, você precisa de alguma resposta.

Sakura sorriu segurando ainda ouvindo Ino.

— Sei que ama Sasuke-Kun, mas precisa saber se deve seguir sua vida também. Não pode morrer esperando por ele e não experimentar os prazeres da vida..

Sakura fechou os olhos corada.

— Irei terminar o que tenho e levarei Sarada, busco ela assim que voltar.

—Busque ela amanhã pela manhã, aproveite a noite com Sasuke-Kun. Vai estar estrelado.

Ino desligou o Celular e Sakura continuava a corar, nem sabia se Sasuke iria tentar alguma coisa. Fazia meses que não sentia seu corpo quente junto ao seu. Ao lembrar da última vez que fizeram amor, Sakura sente arrepio por sua espinha.

Sakura ajeitou novamente a mochila da filha enquanto esperava Ino abrir a porta, encarou Sarada e sorriu.

— preciso fazer plantão essa noite, amanhã venho te buscar.

— tudo bem Mamãe.

Ino abriu a porta e Sarada olhou para Mãe sorrindo esperando. E assim Sakura tocou sua testa sorrindo levemente enquanto a pequena entrava para dentro da casa. Ino olhou sapeca para Sakura que corou novamente.

— Acho que você deveria perguntar quando ele volta.

Sakura suspirou e concordou com Ino.

— Vou Perguntar se ainda somos um casal, caso ele não queira voltar. Seguirei minha vida.

Ino suspirou triste e abraçou a amiga. Sabia que esse amor dos Uchiha estava ultrapassando barreiras. Apertou os ombros dela para reconfortar. 

—Boa Sorte.

Caminhava tranquilamente até a saída dos altos portões de Konoha, estava com sentimentos confusos não sabia se estava nervosa se encontrar com Sasuke ou se algum sentimento dentro de si estava fazendo desistir de tudo. Mesmo depois de tantos anos, ainda não conseguia compreender os sentimentos de Sasuke. 

No fundo do seu coração saberia que seria à noite decisiva.  Seu coração se dilacerava sempre quando sua pequena filha sarada perguntava pelo pai, precisava confrontar Sasuke.

Olhou as nuvens para cima e viu o restante do sol se pondo o vento soprou sobre seus ouvidos e aquela sensação já conhecida em seu estômago. com impulso subiu sobre as árvores e começou a correr os 10 km, como dizia no bilhete, deixava que seu instinto o levasse até ele.

Sakura ao redor e desceu em terra firme. A sensação de correr sobre as árvores lembrava sobre tudo o que passou junto com time 7 e seus companheiros. Suspirou pausadamente reconheceria aquele cheiro a distância de quilômetros, viu uma pequena fumaça esse caminhou até ela chegando lentamente passo a passo para que não assustasse quem estava à sua espera. 

Oras quem ela quem ela queria enganar era óbvio que ele já sabia que ela estava ali. só o fato de estar ali com ele sozinha já consegui sentir suas maçãs do rosto esquentar, era inevitável apesar de todos esses anos o poder que Sasuke tinha sobre ela.

A capa preta estava posta no chão junto com outros equipamentos que sabia que ele carregava, ele levantou os olhos e encarou a mulher a sua frente. Ele não admitia mas seu coração acelerava quando estava perto ela, se levantou e viu como um incentivo para sua esposa se aproximar até ele. Sentia saudade dos olhos envergonhados, droga, sentia saudade de sua família. Mas ainda estava longe de terminar sua missão. 

— Sasuke-Kun.

Sussurrou olhando para o homem alto a sua frente, seus olhos caídos mostrando o cansaço mas notou um certo brilho ao ver sua esposa. Estava estranhamente diferente, até o jeito de se portar. Sasuke sentiu que seu coração se aqueceu e jogou para o alto todos os seus princípios. Deixou que a rosada se aproximasse para com seu braço direito puxasse a mesma para si.

Seu coração se aquecia sempre que Sakura deixava as maçãs vermelhas ao seu contato. 

Apesar de todos esses anos.

— Sakura…

Murmurou sentindo a presença dela em seus braços, os olhos verdes esmeraldas estavam marejados. Não, não chore. Era o que a mente de Sasuke falava para ela, mesmo ela não o escutando. Suspirou pesadamente até que abaixou sua cabeça tomando os lábios de sua esposa para si.

Lábios que sabia que sempre seriam seus.

Ou não.

Is This Still LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora