The Phantom

Capítulo Único

Angela POV

Em uma noite, ela veio e cantou para mim... Nos sonhos ela vinha me visitar, sua voz ecoava em minha cabeça, seu poder sobre mim era inigualável; ela estraçalha minhas defesas com sua voz, seu toque e seu rosto oculto nas sombras. A mestra que eu jamais vi o rosto, mas sentia seu cuidado sobre mim, a delicadeza, os ensinamentos que eu prestava atenção aos detalhes.

Detalhes estes que iam deste como se portar diante de pessoas, as pessoas chamam regras de etiqueta, até ensinamentos de canto, entonação, ler partituras e regência. Ela era genial, sabia ter o mundo em suas mãos, eu a admirava em silêncio, e ao mesmo tempo, era muito solitária pois vivia a se esconder de tudo e de todos.

"Eu sou o sua mestra. Venha para mim, minha anja da música", ela dizia em meus sonhos... Em minhas fantasias sonhava com nossas vozes e corpos entoando uma só melodia.

"Cante outra vez comigo nosso estranho dueto; Nossas paixões revividas, nossos sonhos concretizados...", sua voz penetrava meus tímpanos, e eu vislumbrava o paraíso. O nosso paraíso de sonhos e desejos ocultos. "Aqueles que viram seu rosto recuaram com medo. Eu serei a máscara que você usa, eu serei a luz que brilha em seus olhos...", eu dizia.

"Seu espírito em minha voz reunidos em um só", nós cantávamos para o luar, cantávamos também para nós mesmas, "A sua mestra está aqui, ela veio te buscar para um passeio ao luar", ela sussurrava em meu ouvido. Aquilo me dava arrepios e eu ficava excitada com a ternura em seus lábios, em suas palavras.

"Em todas suas fantasias, você sempre conheceu, essa garota e seu mistério.", ela gostava de entoar essa frase. Por mais que, lá no fundo, doesse não conhecer seu rosto; eu conhecia seus desejos, sua personalidade forte. Aquilo me atraía, mas ao mesmo tempo, sentia repulsa. Via através do espelho do meu aposento: a máscara que ela usava cobria todo a sua face e os raios que saíam do rosto dela, cobria parte de seus cabelos, seu andar era elegante, parecia uma rainha vestida em azul e púrpura.

Eu deixava-me levar pelas sensações, "Voe, sinta, as sensações que esse momento te proporciona. Abra seu coração e feche seus olhos para o turbilhão de emoções que vão bagunçar sua cabeça", ela entoava com sua doce voz.

Eu, evidentemente, considerava aquilo tudo um absurdo, mas não ousava questioná-la. Entregava minha mente, pois meu coração batia calmamente. Eu não sabia seu nome, queria muito saber quem era ela, a garota dos meus sonhos...

Em uma outra noite, me atrevi a perguntar seu nome, "Ora, minha querida Angela, um dia você o saberá através dos meus lábios, mas esse dia ainda não chegou!", ela respondeu sorrindo. "Vamos saborear o que a noite nos reservou, antes que a sua mente recuse meus braços", eu não aguentei ouvir aquilo, eu sucumbi mais uma vez as suas palavras.

"Você é para mim, a caneta e o papel que reescrevo minha história, minha querida.", eu fiquei intrigada, aquilo fez meu coração palpitar e ela continuou, "E neste labirinto onde a noite é cega, nós comemoraremos o seu triunfo e a sua glória.". Oh céus, aquela noite criou entre nós uma ponte, a qual eu ainda não estava pronta para cruzar....

"Você é para mim, a caneta e o papel que reescrevo minha história, minha querida.", eu fiquei intrigada, aquilo fez meu coração palpitar e ela continuou, "E neste labirinto onde a noite é cega, nós comemoraremos o seu triunfo e a sua glória.". Oh céus, aquela noite criou entre nós uma ponte, a qual eu ainda não estava pronta para cruzar....

Ela buscava a todo momento que eu me entregasse por inteira, mas eu ainda não estava pronta, e me afastava um pouco, "Por que estás assim cabisbaixa e pensativa, Angela?". Eu tentava formular uma resposta coerente, mas meu cérebro estava uma desordem total, só pude dizer: "Não posso".