Lembro daquele dia como se fosse ontem, eu estava saindo fugida de casa em plena duas e trinta e seis da manhã para ir para casa de um certo alguém. Nas primeiras ruas não havia sequer uma pessoa, por ser cedo demais deveriam estar em suas camas no décimo sono, ainda mais no frio que habitava aquele lugar.
Ele me deixava louca por amor, só de ouvir falar me dava calar frios e uma vontade enorme de cair em seus braços, em seus beijos provocantes. Por sua rua eu caminhava sempre olhando para trás para ver se alguém me seguia. Logo a frente de sua casa havia um portão preto, sua garagem cheia de pilhas velhas, suas plantas, seus quadros e em fim seu quarto, que destacava todo aquele lugar.
Na porta de seu quarto sempre ficava pendurada uma toalha encharcada. Ao lado, seu guarda roupa preto com um espelho estampado na primeira porta. As paredes eram cobertas pelas cores laranja e branco, ficando cada vez mais bonito. O seu cheiro era único, talvez nunca em minha vida esperasse encontrar alguém tão cheio de vontade de viver um amor comigo, como ele, sem que ninguém soubesse.
Ficava alegre quando vinha aquela esperança de que tudo iria se resolver e que a gente poderia dar certo, mas ao mesmo tempo batia uma tristeza e uma incerteza cruel. Como se habitasse em mim uma voz, que dizia que nada iria dar certo e que ele só queria brincar com meus sentimentos, como se alguma coisa lhe proibisse de me amar.
Era essa voz que me deixava duvidosa, sem esperanças e sem força para continuar com aquilo. Pouco a pouco me desfazendo daquela vontade de ama-lo, deixando de lhe conhecer drasticamente.
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Mensagem não enviada
RomanceCoisas da vida pode nos abalar, nos fazer perder a confiança em vários aspectos. sempre estaremos em uma situação boa ou ruim, ninguém sabe. O tempo faz a gente ir e voltar da maré, conhecer novas pessoas mesmo que as do passado ainda esteja nos nos...
