Capítulo 44

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3 DE AGOSTO, 2017 - Hollywood, Los Angeles

** [[ EMMA P.O.V ON ]] **

Assim que acordo ouço a minha mãe gritar, consigo ouvir uma voz masculina.

"GEORGE LARGA-ME"- Ouço a minha mãe e fico nervosa.

"TU ÉS MINHA PERCEBES?"- Ele responde de volta. " NÃO PERCEBO PORQUE NÃO FICAS COMIGO!"

"PORQUE EU NÃO GOSTO DE TI"- A minha mãe diz. "E NUNCA IREI GOSTAR. CHEGA DE ME AMEAÇARES CHEGA!"

 Achei que a conversa tinha ido longe demais e saí do quarto.

"O que se passa aqui?"- Minto como se nada tivesse acontecido.

"Emma... Estás com aquele brilho de grávida."- Ele sorri.

"Gostaria de falar com a minha mãe a sós, se pudesse sair, por favor."- Digo serenamente, digamos que eu podia ter ido para teatro.

Por graças do senhor, George não oferece resistências e saí de minha casa, tranquilamente.

"Emma..."- Ela começa.

"Deixa estar..."- Digo saindo.

(...)

"Eu estou um pouco assustada não é. Só o ouço dizer que a minha mãe é só dele."- Mando mensagem a Cole sobre a situação.

"O que raio...?"- Ele responde.

Depois de a nossa conversa acabar, recebo mensagem de Naomi: "Vocês têm de falar com o George"

Todo o santo dia ela manda-me aquilo, supostamente devíamos ter falado na semana passada, mas depois do encontro com Carolyn, a nossa energia não dava para mais. O restos dos dias foi só a evitar. Mas perante o acidente de hoje, chegou o dia de ver o que raio se passou.

Liguei a Cole a avisar que seria hoje, não passava, ele concordou e depois de lá chegar, os nervos atacaram.

"Nós temos de lhe mostrar os testes."- Digo assim que passo pela porta, e porque estranhamente, quem tinha ficado com eles foi eu.

Dei os mesmos ao Cole e ele tapou os nomes, só aparecia Sujeito A e sujeito B. Simultaneamente, Cole fez chamada de voz comigo para quando ele estiver no escritório com o pai, eu conseguir ouvir. Obviamente que acabei por pôr a gravar.

Ouço e vejo Cole a entrar no escritório, diz olá ao pai e apresenta os testes como um trabalho. Sendo possível pois ele está na área da ciência.

O pai dele concorda e ouço cadeiras a arrastar.

"Isto é genética pura."

"Estou com dificuldades."- Cole mente.

"Óbvio que só pode ser o sujeito A, olha aqui, eles coincidem perfeitamente aqui, enquanto que no sujeito B, não há qualquer correspondência."


Assim fiquei confusa, é óbvio que o pai do Cole têm qualificações adequadas, porque raio no meu teste deu errado?


** [[ NAOMI P.O.V ON ]] **

Ao mandar a mensagem a Emma eu lembrei-me do quadro que tinha feito com as várias 'provas' e 'suspeitos' no problema e lembre-me de duas coisas.

1º eles terem mesmo de falar com George sobre o assunto e o facto de que os outros testes estavam negativos.

2º ter de pôr Carolyn como 'suspeita' de algo, o quê não sei... só sei que apesar de termos resolvido a situação das drogas... sinto que falta algo importante... mas isso também poderá ser só o meu cérebro a enganar-me, o que é muito provável. Talvez é pelo facto de ela me ter dito que "eu tenho a mania de querer descobrir tudo" e que "eu destruí as suas drogas".


Por isso foi isso que fiz, avisei Emma para não se esquecer de George e acrescentei o nome de Carolyn no quadro.


Dando uns passos atrás noto que no quadro está os nomes de toda a gente que nós alguma vez interagimos... Menos as pessoas que acho que não são tão importantes, por exemplo, a mãe de Emma, Arthur, Delilah, e os óbvios, nós os quatro.

Sim, Carl também está no quadro, apesar de eu querer o tirar de lá visto que já esclarecemos que ele não tem nada haver com este problema.

Suspirando, eu aproximo-me do quadro e apago o seu nome da lista dos 'suspeitos'.

 Eu sempre soube que ele não sabia de nada mas algo em mim queria que ele estivesse na lista por causa da minha dor e não porque ele faz algo.


Tê-lo como 'culpado' parece que me ajudou a culpá-lo por me magoar e mentir sem me culpar a mim como eu fiz no inicio e como continuaria a fazer. Mas neste momento, eu sinto que já segui em frente e que consigo entender e passar por cima disso. Apesar de ainda doer um bocado.


É como se quando o tirei do quadro que ele saiu da minha vida e que ele desapareceu, como se o passado ficasse no passado e que nunca mais voltará, mesmo eu sabendo que isso não é verdade e que o virei mais vezes no futuro, especialmente quando Emma tiver a pequena Alice.

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