Capítulo 30

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20 DE JUNHO, 2017 - Hollywood, Los Angeles «

** [[ Emma P.O.V ON ]]**

Ontem o dia passou rápido, sem qualquer percalço, nada de novo.

"Emma anda cá!"- A minha mãe chama e eu logo me dirijo ao quarto dela. "O Carl postou umas fotos estranhas."

"Eu não o quero ver a beijar a Naomi, ou assim."- Digo afastando-me.

"Ele postou fotos de uma festa! Achas bem? Vou lhe ligar já!"- Ela continua, e eu só me lembro que antes de ontem ele já tinha ido a uma festa, e ontem repetiu? Algo não está certo com ele.

Abandonei a minha mãe e segui até ao meu quarto a pensar no assunto. Que raio?

(...)

"Como se sente Emma?"- O psiquiatra questiona.

"Melhor?"- Digo questionando-me a mim própria, procurando uma resposta fixa e segura. "Eu estou com uns problemas emocionais..."- Confesso, com o tempo que aqui ando, as barreiras da timidez já foram quebradas.

"Consegue explicar-me o seu problema?"

"Eu já aprendi a gostar de mim..."- transmito e doutor esboça um pequeno sorriso. "Acho que  me ando a preocupar demais com os outros... E não sei o que fazer..."

"Emma... Você é uma pessoa boa... Pense no assunto, vai arranjar uma solução que lhe dê paz."


(...)


Saí da consulta a pensar em tudo, tantas questões, tão poucas respostas... O Ethan admitiu que gostava de mim, e era algo que nunca devia ter acontecido; o Cole... Bem o Cole tornou-se um idiota de primeira mas com tudo o que passamos é de esperar que ele perca a cabeça; O Dylan... é interessante, talvez o mais interessante; O Carl.... anda a fazer algo que eu não percebo bem, portanto eu preciso de tirar isto a limpo, e por fim... O George e a minha mãe, algo não bate certo.

E talvez o meu problema com toda a gente é não saber de quem é o meu bebé, visto que todos só se preocupam com isso,e a minha cabeça não para de pensar nesse assunto.

Os meus problemas giravam à volta de outras pessoas e sinceramente o menor dos problemas era eu admitir sobre quem eu tinha um fraquinho, talvez devesse começar por aí?

Saí do parque de estacionamento da clínica e dirigi-me com o objetivo de resolver algumas das coisas. Cheguei onde tinha de chegar, e toquei à campainha... Que logo foi atendida e eu subi escadas acima e esperei que a porta abrisse.

"Eu gosto de ti."- Admiti assim que vi a cara do Dylan, o mesmo pareceu bastante surpreso e rapidamente deixou-me entrar em sua casa. "Deixa-me falar"- Respirei fundo. "Eu não sei porquê, eu sei que somos amigos e que é estranho mas a verdade é que eu realmente comecei a gostar de ti e quando me beijaste pensei que talvez sentisses o mesmo mas como é óbvio quem gosta de um mulher grávida, ainda por cima de outro homem.

O Dylan ia começar a falar quando entra o George na sala, e as nossas atenções viram para ele.

"Ainda bem que apareceu..."- Comento dirigindo-me a ele. "Eu tinha vergonha de trair a sua mulher, é um nojento, não merece nada do que têm."- Enquanto falava, George ia andando para trás e consegui ver algo estranho nas paredes do quarto pela porta aberta. "O que é isso?" - Digo aproximando-me do quarto.

Andando a passos largos, consigo ver bastantes fotografias penduradas, contudo não consigo identificar quem são.

A fechadura da porta faz barulho e ouve-se alguém a falar.

"TU?"- Encaro Cole, que parece chocado por eu estar aqui. "Precisamos de falar"

" A Naomi? Preciso de falar com ela."- Digo quando me lembro que ela era o último assunto inacabado.

"Em casa. Eu levo-te lá"

"E por enquanto esqueça que eu existo. Nojento."- Digo diretamente ao pai de Cole, e nem queria saber.

Assim que saímos, em dois segundos percorremos o pátio e chegamos ao prédio dela, a porta de vidro do prédio já estava aberta, por isso foi só subir as escadas, assim que Naomi abre a porta, vejo algumas lágrimas na cara dela.

"Lamento ser eu a informar-te, mas acho que o Carl anda a trair-te, lamento imenso, ele já me tinha dito algo mas eu nunca pensei."- Digo sem pensar nas consequências, e ela apenas se encosta em mim a chorar.

"O quê?"- O Cole meio que grita e eu sinceramente já me tinha esquecido que ele tinha vindo comigo.

Rapidamente sinto necessidade de ligar ao Carl, descubro que ele estava em casa. Subo as escadas e bato ferozmente à porta, em que quem me abre a mesma é Carolyn?

"O que estás aqui a fazer?"- Digo confusa. "É uma miúda diferente todos os dias, Carl?"- Grito na expectativa que ele consiga ouvir onde quer que esteja.

"Ok vamos ter calma..."- O Cole afirma.

"De que lado estás afinal?"- Digo perdendo as estribeiras. Não acho isto justo.

"DO TEU CLARO! Ainda por cima este gajo partiu o coração à minha melhor amiga!"- Ele do nada revolta-se. "E ELA JÁ TINHA MUITAS INSEGURANÇAS, OBRIGADINHO!"

Perdendo a paciência entro na casa do Carl,com o objetivo de lhe dar um raspanete.  Encontro o mesmo no sofá. E do nada, paro no tempo, isto está uma confusão, eu não me devia estar a sujeitar a este tipo de coisas, até certo ponto comecei sentir-me tonta. Decido então sair do apartamento dele, sem dizer uma única palavra ao meu irmão, amanhã tratarei disso.

o Cole rapidamente me acompanhou, e enquanto íamos a descer as escadas decidi fazer-lhe uma pergunta pertinente.

"O que querias dizer que ela tinha inseguranças?"

"A Naomi não teve muitos relacionamentos porque descobriu que é estéril, portanto têm medo que a julguem sobre isso..."

Entramos na casa dela em silêncio, e por me sentir culpada, passo a noite na casa da Naomi, tentando melhorar o seu humor.

Made By Mistake in L.A.Onde histórias criam vida. Descubra agora