Capítulo 1

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NARRADOR ARON

Olho para as intermináveis contas no meu caderno com um olhar analítico, as resolvo sem maiores preocupações ou erro. Doce de criança.

Adoro matemática. Acho que ela melhora o mundo e facilita a tecnologia, mas acima de tudo ela é importante para a minha futura profissão.

Bom, já que a galera de humana é maioria na população mundial ... eu apenas queria falar que a exatas também precisa de amor. É para isso que eu estou aqui, para dar amor a matemática.

Sou herdeiro dos Bancos Gonçalves, uma grande rede de bancos cujo a direção está na minha família à gerações. Basicamente eu fui criado com a cabeça mais aritmética possível para assumir tudo futuramente e confesso que isso me deixa empolgado e ansioso.

Então nada de jogos ou TV, no tempo livre eu leio ou informo sobre algo de economia.

Eu sei que isso é um absurdo para um menino de apenas quatorze anos, mas eu realmente quero que meu pai tenha orgulho de mim e vou fazer o possível para que isso aconteça.

O Senhor Mariano Gonçalves é um homem de negócios mas é um bom pai. Ele me criou sozinho já que minha mãe morreu em um trágico acidente de carro a uns seis anos atrás.

Sinto falta da minha mãe, das histórias que ela contava pra mim ir dormir e dos passeios divertidos que fazíamos.
Queria muito que ela estivesse na minha formatura ou no dia que eu assumisse a cadeira dos negócios da família, mas infelizmente ela só vai poder assistir lá do céu.

Meu pai fez o possível para me alegrar, mas  logo notou que brinquedos e viagens não compravam a minha saudade e muito menos o meu amor, então ele simplesmente parou de tentar. Começou a ser mais presente e a jogar comigo um futebol no jardim da mansão, isso fazia meu coração ficar mais feliz.

Ele nunca se casou novamente. Disse que minha mãe era a única mulher no seu coração, mesmo eu falando que não me importaria em ter uma madrasta desde que ela fosse fazer ele feliz.

Então vivemos eu e ele e muitos empregados nessa casa gigante que chamamos de lar. Aliás, nem sei pra que uma casa tão grande se não usamos metade desses cômodos.

- Jovem Aron? - me chama Anthony, um mordomo que eu considero como tio.

- Sim ? -  olho em direção a porta onde se encontrava Anthony.

Ele sorri leve para mim, se aproxima e me entrega um prato com biscoitos de chocolate quentinhos saídos do forno.

- Maria acabou de fazer para o seu café da tarde, ela tinha certeza que você não iria descer por preferir passar o tempo com a cara enfiada nesses livros.

Maria era nossa cozinheira à anos e é minha referência de mãe. Sempre está preocupada com o meu bem estar e gosta de me ver com a barriga cheia de biscoitos e guloseimas.

Eu mordo um dos biscoitos e vou ao céu.

Não importa quantos biscoitos de marcas caras e famosas eu tenha comido, os da Maria serão sempre os melhores.

Deixo um sonoro Hmmmmmmm escapar dos meus lábios enquanto mastigo o biscoito com os olhos fechados.

Ouço a risada característica de Anthony.

- Ela vai ficar bem feliz em saber que o senhor gostou dos biscoitos, você sabe que ela adora te mimar. - diz ele bagunçando os meus cabelos que estavam tão meticulosamente arrumados.

Dou um olhar feio para ele, mas logo abro um sorriso.

- E eu adoro ser mimado por aquela mulher pode acreditar! - digo sincero.

Anthony normalmente depois de me entregar o meu café faria uma piada sobre eu ser um nerd antisocial e sairia  cantarolando uma música qualquer  porta a fora, mas dessa vez ele ficou lá o que indicava que não era apenas isso que ele veio fazer no meu quarto.

Olho pra ele atentamente e com curiosidade.

Anthony rodava a aliança de casamento no seu dedo, coisa que só fazia quando estava ansioso por algo.

Anthony era casado com Maria. É bem clichê eu sei, mas para eles foi difícil não se apaixonarem ficando quase que 24 horas juntos.
Eu apoiava os dois juntos mas confesso que não conseguia ficar dez minutos naquela cozinha sem ter vontade de vomitar.

- Tio Anthony ... - foco minha atenção total nele para passar confiança. - É... você gostaria de algo mais do que me entregar biscoitos? Quer que eu faça o seu imposto de renda de novo ? Olha de for iss...

Mas ele me olha com os olhos arregalados de surpresa e da uma gargalhada.

Sim eu fazia o imposto de renda de alguns dos empregados da casa e não cobrava nada por isso. Apenas gostava de ajudar o pessoal que tanto fazia por mim e confesso que também gostava dos elogios.

" como você é inteligente Aron "
" o banco está em boas mãos "

Verdadeira música para os meus ouvidos.
Arrogante? Talvez, mas ninguém pode me julgar.

- Não não. - ele negou. - Não é sobre o imposto de renda.

Franzi a testa em confusão.

- Então seria o que ? Não consigo entender o porquê desse suspense todo. - sou sincero e dou um sorriso debochado.

Anthony suspira.

- Não era para ser um suspense! - ele levanta as mãos em rendição. - Só estou meio preocupado por você e pelo seu futuro meu menino. - Anthony se aproxima de mim e coloca suas mãos em meus ombros me dando apoio.

Fico mais confuso.

- Seu pai está te esperando no escritório e ele quer falar algo bem sério com você.

Então entendo a preocupação de Anthony.

Engulo a seco.

Bom galera esse é o primeiro capítulo reescrito da nossa história.

Pra quem leu o Aron parece mais humano agora não é?

Para quem é leitor novo muito bem vindo ao meu livro espero que você goste e esteja curtindo muito.

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Bjs mandy continuarei

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