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— Eu escolho o nome do que nascer primeiro — Jeonghan disse e Seungcheol riu, Jisoo abaixou a cabeça em negação.

— Príncipe, não vai ter muita diferença do que vai sair primeiro para o outro, talvez segundos — Jisoo disse e Jeonghan suspirou. — Quando eles nasceram a gente escolhe, ou quando soubermos o que cada qual vai ser.

— Acho que são meninos — Seungcheol disse e os ômegas baterem em seu peito.

Eles estavam deitados na cama de casal, o sol já tinha se posto e Jeonghan estava com dor de cabeça, Jisoo ainda com sono e Seungcheol só estava ali para apoiar seus ômegas.

— É, pode ser.  — Jeonghan disse.

— Então Jisoo vai nos dar meninas — Seungcheol disse e sentiu o ômega do seu lado direito travar — Anjo? Falei algo errado?

Jeonghan se sentou na cama e olhou para o ômega, Jisoo ficou calado e pensativo.

— Shua?

— Ah? — Jisoo olhou para os maridos — Sim, vou dar meninas, isso.

— Anjo... — Seungcheol repreendeu o ômega que suspirou, Jeonghan voltou a deitar no peito do alfa.

— Eu não acho que vou engravidar — Jisoo disse — Nem agora e nem no meu cio, eu acho que sou estéril.

— Não diga besteira — Jeonghan disse — Você é totalmente saudável, qual o seu medo Jisoo?

— Nenhum.

Os dois maridos do menor se entreolharam.

— Anjo, se você acha que não vai ser um bom pai... Não se preocupe, você será ótimo — Seungcheol disse e Jisoo se assustou com o alfa, ele se lembrou que depois de ligados eles sentem e sabem do que o outro precisa.

— Eu não s-

— Meus filhotes vão te chamar de pai, Shua. — Jeonghan disse e sorriu — E me chamar de pai, agora imagine os seus... Jisoo, você é um ser humano lindo pare de se colocar para baixo. Se quiser ter filhos, tenha, se não quiser, não vamos forçar.

— Certo — Jisoo disse e Seungcheol beijou sua cabeça.

— Nós temos o seu cio para tentar se estiver de acordo, e se não quiser, tudo bem... Normal e fim. — Seungcheol disse e Jeonghan concordou.

— Agora mudando de assunto — Jeonghan disse fazendo os maridos rirem — Podemos ir ver coisas para bebês quando voltarmos para casa?

— Você ainda está com dois meses — Jisoo disse.

— Quase três — Jeonghan respondeu — Podemos, Choi?

— Sim, mas só os móveis. Roupas eu não acho necessário agora — Seungcheol respondeu — Ah, e você precisa comprar roupas, Jisoo.

Jisoo virou para olhar o alfa, e tentou entender.

— Agora como esposo do príncipe, as pessoas falam de suas roupas, vamos ter que mudar seu guarda-roupa — Jeonghan disse e Jisoo choramingou — Veja o lado bom, podemos comprar peças bem legais sabe, sensuais...

Jisoo riu e Seungcheol gemeu.

— Não vejo a hora de ter vocês dois — Seungcheol disse de olhos fechados — Ou ver vocês juntos.

— Uh, mexemos com o alfa — Jisoo disse e Jeonghan gargalhou — É um caso a se pensar.

— Pensar? — Seungcheol praticamente gritou — Como assim pensar?

Jeonghan começou a gargalhar, tanto que só faltou cair da cama e Jisoo se segurou para não rir. Mexer com os sentidos de um alfa não é tão legal para eles, agora para os ômegas era super engraçado.

— É, tipo... Eu não sei se Jeonghan vai estar disposto — Jisoo dizia e Seungcheol o olhava com descrença — Ou se eu vou querer, sabe?

— Choi Jisoo — Seungcheol disse e Jisoo segurou a risada e Jeonghan que gargalhava parou, mesmo que Seungcheol não estivesse falando com ele, o alfa usa a voz de alfa e todos param. — Não brinque com meus sentidos.

Os ômegas queriam rir, mas fingiram estarem sérios.

— Me desculpe — Jisoo pediu e riu. — Foi apenas uma brincadeira, Seungcheol.

— Sim, tudo bem — ele disse por fim — Mas que não se repita, eu acabei de sair de um cio, e mexer com meus sentidos depois disso não é bom. Poderia ser grosso com vocês.

— Desculpe — Jeonghan disse e beijou o marido.

— Hannie-ah? — Jisoo chamou o marido depois de uns minutos em silêncio — Você nunca me contou muito sobre seus pais.

Jeonghan congelou e Seungcheol apertou o ômega em seu peito.

— Esse é um assunto delicado, meu anjo — Seungcheol falou e Jeonghan suspirou — Não é bom falar nisso.

— Me desculpe, Jeonghan — Jisoo disse sincero, ele queria saber sobre os pais de Jeonghan, ele se sentia ferido por não saber do passado do agora, marido.

— Não Shua, você quer saber? Eu vou te contar, não pode se esconder nada de alguém que você se casou.

O ômega suspirou novamente e respirou fundo para começar a mexer no passado.

[ Jeonghan x]

Me aconcheguei mais no corpo do Seungcheol e olhei para Jisoo que estava deitado do outro lado me olhando.

— Eu tenho um irmão, o nome dele é Minho, você se lembra dele não lembra? — Perguntei a Jisoo.

— Sim, ele ia às vezes com sua mãe lá em casa.

— Então... Ele é um alfa —  respirei fundo e Seungcheol passou a mão pelas minhas costas, eu sei que ele não vai abrir a boca para falar nada, ele não gosta desse assunto. — Meu pai sempre quis filhos alfas. Quando eu nasci ele queria um alfa também, mas eu tive um cio e não era o cio que ele esperava.

Jisoo me olhou triste e Seungcheol continuava passando a mão pelas minhas costas.

— Meu pai sempre me tratou como diferente, eu era um ômega e era sujo por precisar de um nó, era sujo por precisar de outro homem, porque para ele, homens ômegas só precisam de homens alfas, mas é mentira, podemos ter alfas mulheres, eu bem que queria tentar com uma. — Seungcheol riu baixinho e Jisoo sorriu. — Minha mãe sempre me tratou com o maior amor que pôde, me ensinou o que ômegas precisam, o que tem que fazer e como fazer — Jisoo me olhava atentamente — Eu vivia pensando que não acharia ninguém, meu pai sempre colocou na minha cabeça que eu era um nada, então eu me sentia um nada.

— Ele que é um nada — Jisoo disse e Seungcheol riu junto comigo — Me desculpe.

— Tudo bem — eu falei — Eu me sentava na frente de casa ou perto de uma árvore na rua e ficava lendo livros, alfas passavam e sempre ficavan falando do meu cheiro, ou às vezes me observavam. Até que um deles era bem estranho, um certo dia ele ficou me observando e eu puxei conversa com ele, morrendo de medo é claro e olha só, hoje estamos casados.

Seungcheol balançou a cabeça em negação e riu, Jisoo olhou para mim e para Seungcheol com um sorriso no rosto.

— Você não tem raiva do seu pai?

— Não querido, não consigo.

— Eu também não tenho — Seungcheol falou pela primeira vez — Mesmo que no nosso casamento ele tenha virado as costas para nós e não ter entrado com Jeonghan na igreja. No fim das contas eu tenho pena.

— Pena? — Jisoo perguntou.

— Pena porque ele não soube dar valor a um filho maravilhoso como Jeonghan — Seungcheol disse e eu sorri — A pessoa que pensa sempre nos outros em primeiro lugar, sempre é a alegria de qualquer lugar por onde passa.

— Sim, a pessoa perfeita — Jisoo pegou na minha mão que estava em cima do peito de Seungcheol.

— O passado não importa sabe? O nosso futuro é o que vale — Eu disse e eles concordaram — Tipo, qual vai ser o nome dos nossos filhos.

— Jeonghan! — Seungcheol disse rindo e Jisoo gargalhou — Já falamos sobre isso.

— Vocês são chatos.

Fiancé • JIHANCHEOLWhere stories live. Discover now