{ Introdução }

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Quando uma estrela morre a sua luz demora milhares de anos a chegar à Terra, as estrelas que vemos quando olhamos para o céu não existem aqui e agora mas existiram há mil anos atrás.
Quando a minha mãe morreu a minha luz apagou-se em instantes, não houve uma transformação cósmica mas houve uma explosão de horrores dentro de mim, quis ser e deixar de ser, respirar e deixar de respirar como forma de luto. O luto não te muda, não realmente, apenas mostra ao resto do mundo que contínuas cá, infeliz mas... ainda cá. No entanto por mais grandiosas que possam ser as minhas ideias, tem-me faltado ser, tem-me faltado respirar e viver, tem-me faltado seguir em frente. Suponho que seja assim mesmo e que aos poucos não me falte tanto quanto em tempos me faltou.
Viver com o meu irmão, ou melhor, a falta de viver com ele tem sido a razão pela qual ainda falo com o grande azul, constantemente e para mal de mim fazer uma limpeza das redes sociais não me agrada nem de longe nem de perto. Ah, sim estava a falar do twitter... O passarinho azul? que te consome e que te cospe de volta deixando-te viver nesse mesmo ciclo constantemente? É, ele não é assim tão mau quando queres reclamar sobre víveres sozinha com um jovem de 26 anos, fresco da universidade (com a licenciatura, vamos ser realistas; ele não é assim tão esperto para fazer tudo em três anos) e com pelo menos cinco amigas diferentes, pelo menos que eu tenha visto. Mas nem tudo é mau, desde que vivo com o meu irmão vou a festas, todos os fins-de-semana e... sextas-feiras e também... algumas quintas.
Muitos de vocês vão pensar em como eu me devia sentir grata por estar viva e a viver a minha melhor vida, para vocês tudo o que tenho a dizer é: vão para a puta que vos pariu. Simples, eficaz, grosseiro e por vezes até o melhor remédio para os sabichões que se metem muita na minha vida, como o meu irmão.
A minha vida porém não é tão má quanto aquilo que faço transparecer: tenho duas melhores amigas maravilhosas desde que me mudei para esta cidade com o meu irmão, a Annalise e a Isabella. Parecem quase coladas à cintura, são basicamente siamesas e para a frustração de Isabella, os dois lados opostos de uma moeda. Onde a Annalise é delicada, a Isabella é selvagem, se a Annalise é branco então a Isabella é preto, vermelho, dourado e todas as outras cores que vos possam chamar à atenção.
Porém apesar de gostar da Isabella, há uma tensão enorme desde que cheguei e me inseri no seu ambiente, há respeito mútuo e tolerância mas não sei se é o suficiente para ser-se considerado uma relação de amizade como dizemos...
Tenho também um ótimo namorado, quando estamos juntos e de momento, não estamos... É quase como uma rotina e já ninguém acha estranho a nossa relação off and on again. E é por isso que eu tenho um segundo namorado de ocasião, que nunca me deixa pendurada e que faz tudo por mim mas... em segredo. Temos reputações já meio distintas e a Darcy não seria a Darcy sem o Jake, e o Dylan não seria o Dylan sem todas as outras, o que provavelmente pode ser dito sobre o Jake também.
Todos os meus segredos começaram com a verdadeira razão pela qual a minha mãe morreu mas nada me tinha preparado para o que ai vinha, a situação da qual tomei parte apenas por existir e que mudou a minha vida por inteiro. O meu nome é Darcy Dustin Jones, ou como a minha mãe me chamava Dust e este é o meu testemunho do que aconteceu naquele ano.

Passaram seis anos e eu decidi reescrever aquilo que deixei para trás, acho que como escritora amadureci e tornei-me mais dimensional naquilo que quero transparecer na minha escrita. A Darcy é uma personagem muito importante para mim sendo que é uma parte simbólica da minha vida como uma jovem adolescente e espero que desta vez lhe consiga fazer justiça. Uma boa leitura e votos de uma ótima semana, vemo-nos em breve.
Grata, darkstchild.

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⏰ Última atualização: Mar 18, 2020 ⏰

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