Pitomba ainda estava sentado no muro com os pés balançando; olhando para o outro lado da rua, afinal nós viemos por aquele caminho. Zéquinha sempre foi mais rápido que eu então ele foi na frente correndo em direção aos pés de pitomba e...
- VAI PASSA TUDO RAPA!!!!- DESCULPA MOÇO, EU NÃO TIVE NADA A VER COM ISSO É SERIO E...... - disse pitomba gritando - e zéquinha rindo da cara dele continuou:
- Larga a mão de ser frouxo bunda mole, hehe atiçou e foi o primeiro a sair correndo que nem uma moça!!! - Pitomba pulou daquele muro e gritando de ódio disse a Zéquinha:
- CARA ONDE JA SE VIU ASSUSTAR, DIGO CHEGAR NAS PESSOAS DESSA MANEIRA!! DESSA VEZ FUI EU MAS E SE FOSSE UMA SENHORA? HUM?
- Deixa de dar desculpinha, eu vi que você se borrou todo hehehehe - enquanto Zéquinha zombava da cara dele deixando ele nervoso, vi que alguém tinha nos seguido e, estava nos observando, quando se tocou que eu iria me virar... já não estava mais ali. Pra parar aquilo tudo eu entrei no meio jogando tudo oque tinha pego no peito de Pitomba e disse com um tom de arrogância :
- Eu avisei que tinha coragem, e nunca mais me subestime como fez hoje! - Zéquinha enxugou as lagrimas da sua crise de riso e continuou:
- Vamos aproveitar e comer isso tudo logo, antes que alguém descubra a gente. - e aquela tarde foi a tarde mais perigosa e bizarra que ja tínhamos tido.
Comemos tudo e com as barrigas todas cheias fomos cada um para sua casa. Zéquinha e eu iamos pelo mesmo caminho e enquanto íamos ele parecia querer perguntar oque eu também queria falar.
- Vamos Zéca pode perguntar, eu já sei que você ouviu e também te conheço mais que você mesmo... - ele sorriu mas rapidamente seu sorriso sumiu.
- Ele disse que nos deixaram ir porque você era sobrinho do Marcelo, oque será que seu tio é de tão importante para gente daquela laia??... - eu continuei:
- E não foi só isso, disseram que eu também era filho de um certo alguém, e se nem eu conheço meu próprio pai, como aquelas pessoas conhecem?? a gente ainda vai descobrir isso Zéca!!!
- Sabe que você é como um irmão pra mim cara, sempre vou estar com você pra qualquer coisa. - Zéquinha percebeu que eu estava meio tenso e eu reparei nisso. Respirei fundo, sorri e disse:
- Finalmente chegamos, não aguentava mais olhar pra essa sua cara hehehe, até amanha Zéca
- Até amanha irmão.
Entrei avisando a minha vó que ja tinha chegado e, corri para meu quarto descansar. Deitei e a unica coisa que conseguia pensar era naquela cena, dos dois tiozinhos conversando sobre eu ser filho de uma certa pessoa. E o porque meu tio tinha tanta moral a ponto de dois traficantes deixarem a gente ir cientes do lugar que entramos e roubamos. Tentei esquecer tudo aquilo e fui dormir.
No outro dia, bem cedo ja acordei com Zéquinha me pertubando me chamando para empinar pipa, minha Avó nos chamou para tomar café primeiro antes de sair por aí na rua. Comemos e ainda estava um clima meio tenso entre nos dois. Nos despedimos da Vovó e saímos e, antes de passar pelo portão Zequinha me olhou e disse:
- Cara relaxa, não precisamos resolver isso agora, vamos e você jaja esquece tudo isso - Zéquinha me conhecia mais do que ninguém e assim fomos. No meio do caminho encontramos o Pitomba já com sua pipinha do alto. Antes mesmo de subirmos a nossa a linha, a dele havia estourado, e no mesmo instante começamos a correr atrás da dela sem ver para onde estávamos indo.
A pipa começou a ir em direção aquela rua que tinhamos fugido no dia anterior, e sem percebermos entramos lá. Conseguimos apanhar a pipa do Pitomba e, quando paramos Zéquinha me cutucou e disse: